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Aos 41, Valeskinha quer continuar jogando: "Ainda não penso em parar"

Carolina Canossa

30/04/2017 06h00

Mesmo com o vice, Valeskinha era só sorrisos na premiação da Superliga B (Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV)

Versatilidade é a marca da carreira de Valeskinha. Com apenas 1,80 m de altura, a carioca superou as limitações físicas para constituir uma carreira de respeito no voleibol. Jogou como central e ponteira, mas diz que poderia até ser líbero, se precisasse. Tamanha dedicação se reflete em longevidade: com 41 anos recém-completados no último 23 de abril, ela ainda pretende continuar atuando.

O último desafio foi na Superliga B: principal estrela do BRH-Suflex/Curitibano, foi vice-campeã da competição à frente de um grupo formado essencialmente por jovens atletas. Questionada se pararia de jogar, deixou clara sua decisão, sem data para mudar: "Ainda não, mas daqui a pouco…".

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A ideia é permanecer no time paranaense pelo menos para a Taça Ouro, disputa que dará uma vaga na divisão principal da Superliga a ser jogada provavelmente em agosto. Sabe, porém, que nem sempre as coisas acontecem como o planejado, especialmente no instável mundo do esporte. "Vamos ver o que vai acontecer com essa equipe e com o voleibol para a minha pessoa", comentou.

Foi justamente essa imprevisibilidade que fez Valeskinha parar no Curitibano. Depois de uma passagem pela equipe de Bauru, ela pretendia jogar no exterior, mas o convite da equipe comandada pela ex-jogadora Cristina Pirv a convenceu a ficar no Brasil.  "Quando me ligaram e perguntaram se eu estava a fim de entrar neste projeto, cheio de jovens, não pensei duas vezes: eu gosto de desafios, coisas novas!", lembrou.

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Como líder da equipe não conseguiu evitar que o nervosismo minasse as chances na final diante do Hinode/Barueri, de José Roberto Guimarães. Ainda assim, o sentimento de todas era de alegria ao receber a premiação pelo segundo lugar no torneio.

"Elas sentiram a final, então não é legal ficar triste ou chorando. Temos que ter orgulho do que nós fizemos, de onde chegamos e saber que só isso não basta, é preciso querer mais e mais. Que sirva de lição pra gente", destacou a atleta.

Falando em "mais e mais", Valeskinha não sente o lado físico pesar depois de tanto tempo jogando em alto nível? "Doer faz parte, não tem jeito. As artrites, tedinites e todas "ites" da vida sempre vão acompanhar a gente mesmo depois de parada", sorriu, bem humorada.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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