Aos 41, Valeskinha quer continuar jogando: "Ainda não penso em parar"
Versatilidade é a marca da carreira de Valeskinha. Com apenas 1,80 m de altura, a carioca superou as limitações físicas para constituir uma carreira de respeito no voleibol. Jogou como central e ponteira, mas diz que poderia até ser líbero, se precisasse. Tamanha dedicação se reflete em longevidade: com 41 anos recém-completados no último 23 de abril, ela ainda pretende continuar atuando.
O último desafio foi na Superliga B: principal estrela do BRH-Suflex/Curitibano, foi vice-campeã da competição à frente de um grupo formado essencialmente por jovens atletas. Questionada se pararia de jogar, deixou clara sua decisão, sem data para mudar: "Ainda não, mas daqui a pouco…".
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A ideia é permanecer no time paranaense pelo menos para a Taça Ouro, disputa que dará uma vaga na divisão principal da Superliga a ser jogada provavelmente em agosto. Sabe, porém, que nem sempre as coisas acontecem como o planejado, especialmente no instável mundo do esporte. "Vamos ver o que vai acontecer com essa equipe e com o voleibol para a minha pessoa", comentou.
Foi justamente essa imprevisibilidade que fez Valeskinha parar no Curitibano. Depois de uma passagem pela equipe de Bauru, ela pretendia jogar no exterior, mas o convite da equipe comandada pela ex-jogadora Cristina Pirv a convenceu a ficar no Brasil. "Quando me ligaram e perguntaram se eu estava a fim de entrar neste projeto, cheio de jovens, não pensei duas vezes: eu gosto de desafios, coisas novas!", lembrou.
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Como líder da equipe não conseguiu evitar que o nervosismo minasse as chances na final diante do Hinode/Barueri, de José Roberto Guimarães. Ainda assim, o sentimento de todas era de alegria ao receber a premiação pelo segundo lugar no torneio.
"Elas sentiram a final, então não é legal ficar triste ou chorando. Temos que ter orgulho do que nós fizemos, de onde chegamos e saber que só isso não basta, é preciso querer mais e mais. Que sirva de lição pra gente", destacou a atleta.
Falando em "mais e mais", Valeskinha não sente o lado físico pesar depois de tanto tempo jogando em alto nível? "Doer faz parte, não tem jeito. As artrites, tedinites e todas "ites" da vida sempre vão acompanhar a gente mesmo depois de parada", sorriu, bem humorada.
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