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De volta ao vôlei, Cimed faz investimento de R$ 10 mi e parceria com a CBV

Carolina Canossa

21/04/2017 11h30

Hoje técnico da seleção masculina, Renan comandou o projeto da Cimed em Florianópolis (Foto: Luiz Pires/Vipcomm/Divulgação)

Numa época em que as vacas emagreceram bastante no esporte olímpico brasileiro, e que atletas e entidades se queixam da queda brusca de investimentos, o voleibol nacional encontrou um parceiro de peso na iniciativa privada. Ou melhor, reencontrou.

Trata-se do Grupo Cimed, que até as Olimpíadas de Tóquio, em 2020, pretende investir R$ 10 milhões na modalidade. O montante inclui também o valor que a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) receberá da empresa do ramo farmacêutico em uma parceria que substitui a recém-encerrada união com a Nivea.

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"A Cimed é um parceiro que vai fornecer toda a parte de suplementos e remédios para todas as seleções em Saquarema, da base ao adulto", afirma o diretor comercial e de marketing da CBV, Douglas Jorge. "A gente está fechado com eles para todos os eventos de quadra e acertando para a praia. Assim, eles vão pegar o guarda-chuva completo", explicou o dirigente.

Entre as temporadas 2005/2006 e 2011/2012, a Cimed patrocinou a equipe mais premiada do vôlei masculino do Brasil naquele período. O time de Florianópolis, que na primeira metade do projeto teve como técnico e dirigente Renan Dal Zotto (treinador da seleção masculina desde janeiro), conquistou quatro Superligas e o Sul-Americano de Clubes de 2009. Dentre os atletas que passaram por aquela equipe estão os campeões olímpicos Bruno e Lucão, além dos medalhistas de prata Sidão e Thiago Alves.

Afastada da modalidade desde então, a empresa já havia dado sinais de que estaria novamente interessada no vôlei em fevereiro, quando fechou um acordo para estampar sua marca nas camisas de líbero, backdrops e placas de quadra do Sada Cruzeiro, atual campeão brasileiro e tricampeão mundial. Para a CBV, o retorno ajuda a minimizar parte da perda do aporte financeiro oriundo de seu maior patrocinador, o Banco do Brasil.

Levantador Bruno engrenou na carreira jogando pela Cimed (Foto: Divulgação/CBV)

"Com relação aos nossos patrocínios, apesar de sofrermos uma redução de valores com nosso principal apoiador (o Banco do Brasil), conseguimos manter um plano até Tóquio 2020. Não diria que estamos em uma posição confortável, mas realmente vamos conseguir ter um projeto para brigar por medalhas", garantiu Douglas Jorge, obedecendo à política da CBV, não diz o valor injetado na confederação pelos patrocinadores.

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Além da Cimed, a CBV terá como parceiros, até 2020, Gatorade, Mikasa, Asics e, apesar da redução dos valores, o Banco do Brasil. A Gol tem contrato com a entidade até 2018. Já a Delta e a Sky, cujos contratos vencem neste ano, podem renová-los com a confederação até 2019. E o rol dos patrocinadores não deve parar por aí.

"Ainda temos uma cota livre, que são os 'naming rights' da Superliga, algo que conseguimos retomar agora e que antes não podíamos usar devido a contratos com TV", afirmou Douglas Jorge. "Assim que vendermos, vamos fazer várias benfeitorias na Superliga", prometeu o dirigente.

* Colaborou João Batista Jr.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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