Luizomar: "Nunca fiquei tão feliz com uma final em jogo único"
O adversário só será definido na noite desta sexta-feira (14), mas para Luizomar de Moura não importa: tenha que encarar o Rexona-Sesc ou o Camponesa/Minas na final da Superliga feminina, o técnico do Vôlei Nestlé acredita que sua equipe será o "azarão". Tanto é que ele confessou ao Saída de Rede estar agradecido pela existência de uma regra que indiretamente já o prejudicou em edições anteriores.
"Nunca fiquei tão feliz com um jogo único", admitiu o treinador, que perdeu cinco finais e ganhou duas desde que o título passou a ser decidido desta forma, na temporada 2007/2008. "Com todas as mudanças que foram feitas, a gente não era uma aposta certa de estar brigando pelo título. Algumas vezes eu saí da final falando 'Puxa, podia ser um playoff de três ou de cinco partidas para termos uma chance de reverter esse jogo em que estivemos mal'. No caso específico deste ano, porém, o jogo único é uma vantagem pra gente contra qualquer um dos dois rivais que vier", afirmou.
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As mudanças às quais Luizomar se refere no Vôlei Nestlé são uma reformulação no elenco que manteve em Osasco apenas quatro atletas que estiveram no elenco da Superliga anterior. Enquanto isso, o Rexona sofreu apenas uma grande perda, Natália, ao passo que o Minas investiu alto para trazer Jaqueline e a americana Destinee Hooker – curiosamente, Hooker foi o grande destaque na última vez que a equipe paulista foi campeã brasileira.
"O Minas cresceu demais e o Rexona, mesmo perdendo esses dois jogos da semi e na fase classificatória pra gente, é a equipe mais regular da competição, com um conjunto muito forte", avaliou o técnico.
Quem não concorda com a definição de "azarão", dada pelo próprio Luizomar, é a levantadora Dani Lins. "Azarão, não: temos que jogar pra ganhar e ponto", afirmou a atleta, que também afirma preferir uma série mais longa para a definição de quem fica com a taça. "Eu, particularmente, gostaria de uma melhor de três em uma final porque você tem que estar muito no dia em um jogo único. E se você não tiver? Se minha jogadora de segurança não está no dia, eu perdi minha opção de força", justificou.
Esperar até a final: bom ou ruim?
O Vôlei Nestlé vive uma situação curiosa nesta Superliga: por ter fechado a semifinal contra o Dentil/Praia Clube em apenas três jogos, o time está há uma semana esperando a definição do adversário, que sairá da desgastante série entre Rexona e Minas, atualmente empatada em 2 a 2. Mas seria isto uma vantagem?
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Depende do aspecto analisado, comenta Luizomar. "Neste final de temporada, a equipe está no ápice físico, então acabamos tendo a tranquilidade de dosar um pouco mais nos treinos com aquelas que estão mais desgastadas, aquelas que jogaram mais na semi final… Mas, ao mesmo tempo, é preciso estar atento para não perder o foco. E tem a ansiedade, já está todo mundo perguntando pro nosso supervisor que dia vamos pro Rio, quando poderemos treinar lá", contou.
Na parte tática, a solução tem sido ficar de olho no que os dois possíveis adversários tem feito na semifinal, além de estudar todo o material já produzido sobre eles ao longo da Superliga. E, claro, se atentar para os próprios defeitos. "Estamos treinando muito o nosso, só que no meio do treino também tentamos imaginar a Hooker, a Monique, a Gabi, a Rosamaria… estamos trabalhando os dois times, mas temos pensado mais na gente", afirmou Dani Lins.
Com mais de duas semanas de preparação para a final, Luizomar ressalta que surpresas também podem vir. "Não tem como mudar muito as características do que está dando certo, mas de repente dá pra preparar alguma coisa, afinal será um jogo único…", comentou, misterioso.
O título da Superliga feminina será definido no dia 23 de abril, às 10 horas, na Jeunesse Arena (antiga Arena da Barra), no Rio de Janeiro.
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