CBV diz que desconhece relatório que aponta irregularidades na entidade
Em meio a denúncias envolvendo diversas modalidades esportivas, os problemas na gestão do voleibol brasileiro voltaram à tona. Conforme veiculado no final da tarde desta segunda-feira (10), pelo Blog do Juca Kfouri, aqui no UOL, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, apontou irregularidades em transações da S4G, empresa de Fábio Azevedo, que prestava serviços para a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) durante a gestão de Ary Graça, atual presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
Fábio Azevedo era o braço direito de Graça na CBV e segue com o mesmo prestígio na FIVB, onde ocupa o cargo de diretor-geral.
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Procurada pelo Saída de Rede, a CBV informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "não foi contatada pelo COAF e desconhece o relatório mencionado". Também ressaltou que a S4G não presta serviços à CBV desde 2013.
Saques seguidos
O relatório do COAF, segundo o blog de Kfouri, indicam "indícios de atipicidade", "movimentação de recursos incompatível com o patrimônio do proprietário" e "recebimento de recursos com imediata compra de instrumentos para realização de pagamentos ou de transferências a terceiros sem justificativa".
Chamaram a atenção do COAF saques seguidos, em espécie, no valor de R$ 100 mil. Houve um saque de R$ 386 mil, também em espécie, feito pela secretária de Azevedo. O relatório detectou ainda pagamentos realizados, assim que foram recebidos depósitos da CBV, para empresas da mulher de Azevedo ou de uma sobrinha de Ary Graça. Estão sendo verificados pagamentos para diretores da CBV e para empresas prestadoras de serviço.
Dossiê Vôlei
Ary Graça renunciou à presidência da Confederação em março de 2014, em meio a uma série de denúncias. Em seu lugar, assumiu Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca. Ele já era o presidente interino da entidade, pois Graça estava licenciado para ocupar a presidência da FIVB desde setembro de 2012. Ary Graça ocupava o cargo de presidente da CBV desde 1997.
A renúncia ocorreu logo após denúncias veiculadas pela ESPN Brasil de que duas empresas de pessoas ligadas a Graça, também dirigentes do alto escalão da CBV, haviam recebido R$ 10 milhões cada uma, como forma de comissão para intermediar contratos de patrocínio com o Banco do Brasil. Entre os dirigentes estava Fábio Azevedo.
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O escândalo revoltou jogadores e técnicos de vôlei. "Tem gente ficando rica às custas de ossos, joelhos, ombros e tornozelos", escreveu à época o ponteiro Murilo Endres, em seu perfil no Twitter.
A série de reportagens da ESPN Brasil, intitulada Dossiê Vôlei, de autoria do jornalista Lúcio de Castro, revelou relações estreitas entre a CBV e empresas abertas poucos meses antes de serem firmadas as parcerias. Os acionistas dessas empresas, segundo mostraram as apurações, eram ex-dirigentes da CBV.
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