Brasil Kirin resiste, mas Sada Cruzeiro faz a lógica prevalecer
O Brasil Kirin fez o que estava ao seu alcance, resistiu o quanto pôde, jogou uma de suas melhores partidas esta temporada, mas do outro lado da quadra estava simplesmente o time tetracampeão nacional e tri mundial, Sada Cruzeiro, uma máquina de jogar voleibol comandada pelo argentino Marcelo Mendez. Vitória mineira por 3-1 (25-20, 18-25, 25-22, 25-21) na primeira partida de uma das séries semifinais da Superliga 2016/2017, em Contagem (MG), na noite deste sábado (8). Foi apenas o 12º set perdido pelo Sada em 26 jogos disputados nesta edição.
Em jogo repleto de erros, arbitragem confusa ofusca vitória do Taubaté
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Reedição da final da última Superliga, a partida no ginásio do Riacho teve quase duas horas de duração e o grande número de erros pode ser creditado a agressividade das equipes no saque. As falhas, embora muitas, não ocorreram em uma proporção tão elevada quanto a de quinta-feira (6), pela outra série, em que o Taubaté venceu o Sesi por 3-0 no primeiro confronto.
O serviço foi arma essencial para o Brasil Kirin tentar equilibrar o duelo diante de um adversário do porte do Sada. O time comandado pelo também argentino Horacio Dileo sabia que teria de forçar o erro da recepção cruzeirense para que a bola ficasse longe das mãos do habilidoso levantador William Arjona. Conseguiu ótimas passagens no saque, principalmente com o veterano ponta Diogo e com o central campeão olímpico Maurício Souza – este fechou o segundo set com uma sequência de três aces.
O problema para a equipe de Campinas (SP) é que manter o saque em um nível tão alto por um período longo é missão quase impossível e, além disso, teria de contar com o relaxamento do oponente. É que o Sada havia vencido a primeira parcial com relativa facilidade, apesar de ter cometido 11 erros – foram 35 no jogo. Escaldado após a derrota no segundo set, o time multicampeão tratou de acelerar a partir do terceiro. Não que o Brasil Kirin tenha desistido da partida, pelo contrário, continuou lutando, mas a superioridade cruzeirense era nítida.
Destaques
O oposto Evandro e o ponta cubano naturalizado brasileiro Leal, que recebeu o troféu Viva Vôlei, foram os maiores pontuadores do Sada Cruzeiro e do jogo, tendo marcado 21 e 17 vezes, respectivamente. Evandro virou 18 de 27 tentativas no ataque (66,6%). Pelo adversário, o oposto Rivaldo foi quem mais pontos fez, somando 14. Segundo a assessoria de imprensa do Sada, o ponteiro Filipe teve 71% de aproveitamento no ataque, fundamento no qual marcou 10 pontos – fez ainda dois de bloqueio e um de saque. A estatística na página da competição, fornecida pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), infelizmente não traz informações mais detalhadas.
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É difícil imaginar que o time de Dileo possa tirar o Sada Cruzeiro de mais uma final, mas está de parabéns, mesmo se deixar a competição uma etapa antes da edição anterior. Para quem não se lembra, o Brasil Kirin esteve ameaçado de desmanche e perdeu atletas importantes, que ajudaram o time a chegar ao vice-campeonato no ano passado, como o ponta Lucas Lóh e o levantador argentino Demián González. O patrocinador segurou Maurício Souza e o líbero Tiago Brendle, entre outros, e apesar das oscilações a equipe terminou a fase de classificação em quarto lugar.
Favoritismo
O fato de a final ser em jogo único – marcado para o ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte, no dia 7 de maio – parece ser o maior problema para o pentacampeonato do Sada. É que em um dia ruim o time poderia (veja bem, "poderia") cair diante de Sesi ou Taubaté, que duelam na outra semifinal. Em condições normais de temperatura e pressão, o título vai para o Cruzeiro de Evandro, William, Leal, Filipe, Simon, Isac e Serginho. Esta temporada, a equipe sofreu apenas duas derrotas – 2-3 para o Sesi na semifinal da Copa Brasil e 0-3, com os reservas em quadra, para o Taubaté na décima rodada do returno da Superliga.
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Brasil Kirin e Sada Cruzeiro fazem a segunda partida da melhor de cinco nesta quinta-feira (13), às 22h, no ginásio Taquaral, em Campinas, com transmissão da RedeTV e do SporTV. No sábado (15), às 21h30, no ginásio Lauro Gomes, em São Caetano (SP), com SporTV, Sesi e Taubaté se enfrentam pela segunda vez na série – o jogo não será na quadra do time da capital paulista, na Vila Leopoldina, porque o local conta apenas com 800 assentos, quando a competição exige número mínimo de 2 mil lugares a partir das semifinais.
SUPERLIGA FEMININA B
O SporTV confirmou a transmissão da final da Superliga B feminina nesta segunda-feira (10), às 20h. A decisão será entre Hinode/Barueri, equipe treinada pelo tricampeão olímpico José Roberto Guimarães, e o BRH-Sulflex/Curitibano, que tem como técnico Jorge Edson, ex-central campeão olímpico em Barcelona 1992 sob o comando daquele que agora é seu adversário. O time de Zé Roberto, que teve a melhor campanha na fase de classificação, jogará em casa, no ginásio José Corrêa. A equipe paranaense tem como dirigente a ex-ponta romena naturalizada brasileira Cristina Pirv.
A campanha dos finalistas não poderia ser mais distinta. Enquanto o Barueri está invicto no torneio, o Curitibano precisou de superação: depois de perder os primeiros seis jogos, ganhou as quatro partidas do mata-mata e chegou à final.
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