Mineiras começam mal e Rio e Osasco atropelam
As equipes mineiras frustraram quem esperava dois jogos parelhos na rodada inaugural das semifinais da Superliga feminina. Na noite da sexta-feira, o Camponesa/Minas e o Dentil/Praia Clube sucumbiram com espantosa facilidade: nem parecia que as minastenistas jogavam em casa contra o Rexona-Sesc, nem que o time de Uberlândia havia saído à frente no marcador, em Osasco.
Os confrontos realçaram a vantagem das duas principais camisas do vôlei feminino nacional, que, graças à campanha na fase classificatória, contam com o fator casa para chegarem à decisão. No caso das cariocas, a distância em relação ao Minas aumentou consideravelmente.
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Contra um sexteto que não perdeu nenhuma vez em seu reduto em toda a temporada da Superliga e só conheceu um revés na competição, o time de Belo Horizonte precisará de, ao menos, duas vitórias em terreno adversário para continuar sonhando com um triunfo na série melhor de cinco. Contudo, os problemas das mineiras diante das atuais campeãs nacionais vão além do mando de quadra.
Sólido como uma rocha, o bom voleibol apresentado pelo Rexona-Sesc na vitória por 3 a 0 se refletiu na progressão aritmética de sua vantagem nas parciais – 25-20, 25-19, 25-18. As cariocas não se importaram com o barulho dos 3,6 mil torcedores no ginásio e jogaram bastante à vontade.
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Não adiantou, para o time do técnico Paulo Coco, alternar as levantadoras Naiane e Karine durante o jogo: o bloqueio da equipe dirigida por Bernardinho fez boa leitura da estratégia ofensiva das mineiras e pontuou em 13 ocasiões.
Nem mesmo Destinee Hooker teve sossego. No duelo contra bloqueadoras e defensoras do Rio, a oposta norte-americana, como de costume, até foi a maior anotadora do Minas, sendo responsável por 42% das ações de ataque de seu time (percentual bem parecido com o dos jogos contra o Genter/Bauru, nas quartas), mas terminou o confronto com 15 pontos e eficiência de 32% nas cortadas. Os números são razoáveis, mas frustram uma equipe que depende tanto de sua produção.
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Pelo lado carioca, a situação foi bem diferente. A armadora Roberta foi precisa nos levantamentos e generosa na distribuição: tanto a oposta Monique quanto a ponteira Gabi receberam 25 bolas para atacar e nisso o time driblou a marcação adversária.
Gabi, inclusive, teve mais uma atuação de destaque. Eleita a melhor jogadora em votação pela internet, a ponteira mostrou potência e boa visão de jogo no ataque, assinalando 16 pontos nesse quesito – aproveitamento de 64%.
Os dois próximos jogos entre Rexona-Sesc e Camponesa/Minas serão no Rio.
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Virada do Osasco
Numa partida em que o Vôlei Nestlé atuou desfalcado da levantadora Dani Lins, que não jogou por problemas particulares, e em que o Dentil/Praia Clube não contou com as duas centrais titulares, já que Fabiana há três semanas tenta se recuperar da lesão no pé e Walewska sentiu dores no joelho, a vitória foi para quem conseguiu se adaptar às ausências.
Levantadora substituta, a experiente Carol Albuquerque sofreu com a linha de passe do Osasco no primeiro set. A sérvia Malesevic deu lugar a Gabi na ponta, mas nada parecia dar jeito na recepção do time da casa. Numa passagem de Claudinha pelo saque, as anfitriãs chegaram a conceder três bolas de xeque consecutivas à norte-americana Alix Klineman.
A partir do segundo set, no entanto, o jogo mudou e o Vôlei Nestlé, com o requinte de sofrer apenas 25 pontos nas duas últimas parciais, venceu por 3 sets a 1 (25-27, 25-17, 25-12, 25-13).
O ataque local encontrou brechas no bloqueio e no sistema defensivo das visitantes e foi inapelável. Conquistando 60 pontos em cortadas, Osasco teve aproveitamento quase inacreditável de 58% nesse fundamento.
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Para coroar a vitória paulista, além dos 26 pontos totais efetuados por Tandara, a central Bia anotou dez pontos no bloqueio, um a mais do que todo o time rival somado.
O jogo 2 será em Uberlândia. A segunda rodada da fase será disputada na terça-feira: Dentil/Praia Clube e Vôlei Nestlé entram em quadra às 19h e, às 21h30, Rexona-Sesc e Camponesa/Minas fecham a jornada.
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