Qual time leva mais público aos ginásios da Superliga? Descubra
Medalhistas olímpicos (incluindo 21 campeões), estrangeiros de alto nível, técnicos gabaritados e jogos emocionantes. Motivos não faltam para o torcedor assistir pessoalmente a partidas da atual edição das Superligas masculina e feminina de vôlei. Mas quem será que consegue atrair a maior quantidade de pessoas?
O Saída de Rede foi atrás desta resposta e chegou a conclusões surpreendentes. Após analisarmos o público de todos os jogos da competição disputados até a última sexta-feira (17), descobrimos que o time que mais recebe apoio quando tem o mando do jogo é o Copel/Telecom/Maringá, que provavelmente nem vai disputar os playoffs. Atualmente 10º colocado na tabela, o time presidido pelo levantador Ricardinho (que também continua atuando) costuma atrair 2933 pessoas cada vez que joga no ginásio Chico Neto.
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Em seguida aparece outro time sem grandes estrelas, o Montes Claros Vôlei. Com uma média de 2813 presentes a cada duelo em casa, a torcida do norte de Minas mostra que a fama de "fanática" é real. Em terceiro lugar, está o Vôlei Brasil Kirin, cuja média acabou impulsionada pelas 7450 pessoas que compareceram ao ginásio Mangueirinho, em Belém (PA), para ver o duelo contra o Sesi, maior público da disputa até o momento.
Norte também impulsiona o campeão de público feminino
Programar partidas para cidades que dificilmente recebem jogos de vôlei também se revelou uma estratégia eficaz na Superliga feminina. Já sem chances de ir ao mata-mata, o São Cristóvão Saúde/São Caetano lidera a média de pessoas por jogo na competição graças à iniciativa de levar os confrontos contra Dentil/Praia Clube, Vôlei Nestlé e Rexona-Sesc para Manaus. Ao todo, são 1854 torcedores por jogo da equipe, média que desaba para 388 se consideramos apenas os confrontos que foram realizados na cidade do ABC Paulista.
Técnico de São Caetano, Hairton Cabral é só elogios para a iniciativa que foi liderada pelo vice-presidente do clube, Marcel Ferraz Camilo, após eventos com o ginasta Arthur Zanetti na região. "Pra gente foi muito bom. Percebemos um público carente de voleibol, mas que gosta muito do esporte. Me surpreendeu como as pessoas lá acompanham, conheciam todos nós. Fomos muito bem recebidos lá e esperamos ter outras parcerias como esta nas próximas temporadas", destacou o experiente treinador. "A gente só tem uma ideia da grande dimensão da Superliga quando saímos de São Paulo", complementou.
Se levarmos em conta somente as partidas realizadas nas proximidades em que o clube está sediado, Camponesa/Minas e Vôlei Nestlé aparecem praticamente empatados na primeira posição, com respectivamente 1641 e 1640 pessoas por jogo – o time de Belo Horizonte, aliás, viu o interesse do público aumentar gradativamente após a contratação de duas estrelas de porte mundial, a oposta americana Destinee Hooker e a ponteira brasileira Jaqueline Carvalho.
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Outras conclusões interessantes:
– Vencedor das últimas quatro temporadas, o Rexona-Sesc tem uma média de público baixa quando joga em casa, no Tijuca Tênis Clube: 828 pessoas em um espaço em que oficialmente cabem 2300. Curiosamente, porém, o time atrai muito público quando é visitante: esteve em quadra no maior público registrado por Renata Valinhos/ Country, Genter Vôlei Bauru, Rio do Sul e Dentil/Praia Clube, por exemplo.
– Ciente do interesse que desperta, a diretoria do Rexona já anunciou que jogará as três últimas partidas da fase classificatória e as quartas de final em um espaço maior, a Arena da Barra. Para estas partidas, serão abertos dois níveis do ginásio, disponibilizando uma capacidade para 4700 pessoas
– Fenômeno parecido com o do Rexona ocorre com o Sesi, no masculino. O quarteto formado por Bruno, Murilo, Lucão e Serginho atrai muita gente para as partidas em que a equipe paulistana joga fora de casa, mas em seus próprios domínios a média é baixa: 692 pessoas por jogo. A explicação aqui, porém, tem a ver com o espaço: o ginásio da Vila Leopoldina abriga somente 800 pessoas
– Os jogos do masculino, em geral, tem atraído mais público que os do feminino: reflexo do fato de mais jogadoras badaladas estarem atuando fora do Brasil que entre os homens?
– Os excelentes públicos nas partidas realizadas na região Norte do país mostram que a iniciativa deveria ser repetida mais vezes. Aliás, boa parte dos Estados brasileiros sequer contam com times na competição. Público para prestigiar o vôlei há, basta trabalhar para levar a modalidade até as pessoas.
Confira as médias de público de cada um dos times da Superliga:
Masculino
2933 pessoas por jogo – Copel/Telecom/Maringá
2813 – Montes Claros
2548 – Vôlei Brasil Kirin (sem a partida realizada no Pará, o número cai para 1847)
1907 – Funvic Taubaté
1641 – Sada Cruzeiro
1325 – Bento Vôlei/Isabela
937 – Minas
760 – Caramuru/Vôlei Castro
692 – Sesi-SP
642 – São Bernardo
460 – Lebes Gedore Canoas
388 – JF Vôlei
Feminino
1854 pessoas por jogo – São Cristóvão Saúde/São Caetano (sem os duelos de Manaus, a média vai para 388)
1641 – Camponesa/Minas
1640 – Vôlei Nestlé
1439 – Dentil/Praia Clube
1136 – Rio do Sul (sem o jogo contra o Rexona, que teve 4278 torcedores, a média cai para 743)
1246 – Genter Vôlei Bauru
1121 – Terracap/BRB/Brasília
982 – Renata Valinhos/Country
828 – Rexona-Ades
595 – Sesi
529 – Pinheiros
488 – Fluminense
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