Zé Roberto mantém 500 vídeos para ajudar na caça de medalhas na seleção
Por Denise Mirás
Em um cálculo rápido, são pelos menos 500 vídeos de jogos nacionais e internacionais, guardados na casa de José Roberto Guimarães desde que ele assumiu o cargo de técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, em 2003. Essa "filmoteca" é fundamental, diz Zé Roberto na batalha por medalhas olímpicas – duas, com as garotas (Pequim 2008 e Londres 2012) e uma com os homens (Barcelona 1992).
Técnico que adora "ser professor" e que agora tem pela frente mais uma transição de ciclo olímpico, com jogadoras menos experientes chegando, Zé Roberto tem na conta que "derrotas marcam muito, são doídas, sofridas, mas são importantes para análises de como as adversárias venceram". Vencer, para os brasileiros, pode parecer normal, mas não é, diz. "O equilíbrio é cada vez maior e importante mesmo é estar entre os primeiros."
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Para o novo ciclo, Zé Roberto acompanha as seleções sub-17 e sub-19 e se diz contente pela média de altura das equipes, por olhar "de baixo" as garotas. Que, claro, estão na filmoteca, assim como as estrelas – brasileiras e internacionais.
Segundo o treinador, a filmoteca tem jogos, mas também treinamentos… "E não só jogos nossos, mas de nossas adversárias. Jogos da Europa, por exemplo que peço a técnicos amigos para me enviar. Trocamos muitas informações", diz.
"Quem organiza os vídeos são o Boni e o Wendell (ex-jogadores, agora da comissão técnica da seleção feminina). Posso pedir a eles tal jogo, ou um apanhado de tal jogadora, algo individual. Eles vão lá e procuram. Pode ser uma jogadora chinesa de 2013, 2014, ou posso querer ver um jogo do ciclo 2004-2008 para ver a evolução da equipe. Mas normalmente a busca é por vídeos mais recentes."
As russas Gamova e Sokolova estão entre as jogadoras que Zé Roberto mais procurou e analisou: "Mas também porque foram mais longevas de seleção, né?"
Um quebra-cabeças para Renan
Se Zé Roberto já tem tudo à mão, para mais um ciclo olímpico da seleção feminina, Renan Dal Zotto está chegando à masculina. Mesmo com toda a estrutura deixada por Bernardinho, o que "facilita o trabalho", diz que precisa de um tempo para se organizar e começar o planejamento para o grupo.
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De toda forma, "a função do técnico é extrair o melhor de cada atleta, para que peças de um quebra-cabeça se encaixem". Se não for assim, assinala, não se forma um time. "E é esse o maior desafio", diz.
Para Renan, não é uma questão de ser mais ou menos rígido, no cargo. "É preciso, sim, que haja um acordo entre técnico e jogadores, e que todos sejam fieis a esse acordo, construindo, aprendendo e melhorando, nos moldando. Porque o vôlei, antes, era União Soviética e Brasil, era Estados Unidos. Agora, são seis, oito países disputando medalhas. É preciso estar muito mais atento…", afirma.
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