Após decepção no 1º turno, Bárbara quer levar o Pinheiros à semifinal
Depois de um primeiro turno irregular, encerrado na sétima posição, o Pinheiros quer recuperar seu melhor jogo, fechar o returno da Superliga 2016/2017 na quinta colocação e avançar à semifinal. "Sabemos da nossa condição e até onde podemos ir. Olha o que o time fez no Paulista, estava bem, a gente tem que recuperar a confiança pra chegar nas quartas de final como quinto colocado e dali seguir adiante", disse ao Saída de Rede a principal jogadora da equipe, a oposta Bárbara Bruch, 29 anos, 1,88m, terceira maior pontuadora do torneio até aqui, com 190 pontos – ela é a oitava mais eficiente no ataque e a quarta no bloqueio.
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A referência ao Campeonato Paulista não foi à toa. Na ocasião, o Pinheiros surpreendeu o Bauru na semifinal e chegou à decisão diante do Vôlei Nestlé. Para surpresa do adversário, o clube da capital paulista venceu a primeira partida. O time de Osasco ganhou a segunda e levou a decisão para o golden set, quando confirmou seu favoritismo.
Expectativa
Diante das boas exibições do Pinheiros no Estadual, esperava-se mais da equipe na Superliga. "Foi um baque. Começamos perdendo em casa de 3-0 para o Brasília Vôlei. Antes da metade do primeiro turno, a gente teve que encarar Osasco, Rio (Rexona-Sesc) e Praia (Dentil/Praia Clube). Foi pedreira atrás de pedreira, só pancada. Até colocar as coisas nos eixos, a gente demorou um pouco, começou a se perguntar se tínhamos essa bola toda pra jogar", comentou.
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O primeiro passo foi dado. O Pinheiros foi até Brasília no início do returno e, numa partida decidida pela diferença mínima no tie break, bateu as anfitriãs por 3-2, recuperando dois dos três pontos perdidos na abertura da Superliga. "Precisamos melhorar, aumentar o nosso ritmo e há tempo para isso", afirmou Bárbara. Nesta sexta-feira (13), às 19h30 (horário de Brasília), em seu ginásio, o Pinheiros enfrentará o Vôlei Nestlé – no primeiro turno, a equipe de Osasco venceu por 3-1.
Volta à semifinal
A meta de terminar o segundo turno em quinto e encarar o quarto colocado nos playoffs dá ao clube paulistano a esperança de chegar à semifinal, fase que não alcança desde a Superliga 2010/2011, quando foi eliminado pela Unilever (hoje Rexona-Sesc). "Não é só chegar às quartas de final e basta. Quem disse que não podemos ir mais longe?", indagou a atacante, que na temporada passada jogou pelo Brasília Vôlei e já passou por Sesi, Minas, o próprio Pinheiros, Osasco e São Caetano.
Para ela, que assume a responsabilidade de ser a principal referência da equipe baseada em sua experiência, falta outra jogadora para ajudar naquela hora em que a recepção não funciona. "Nossa linha de passe é muito boa, jogamos com velocidade, nossas centrais são bastante acionadas, nossas ponteiras atacam bola acelerada, eu também. Mas se o passe quebra, a gente precisa de mais uma atacante para dividir essa responsabilidade, sabe, nos pontos decisivos".
De central a oposta
Após jogar a maior parte da carreira como central, há dois anos Bárbara voltou a ser oposta, algo que não fazia desde os tempos de infantojuvenil. O retorno à saída de rede foi uma solução emergencial, diante da contusão de uma colega quando jogava no Sesi, sob o comando do técnico Talmo de Oliveira.
"A Monique, que era a oposta titular, tinha torcido o tornozelo. Pensaram em colocar a Bia na saída, mas como o ritmo dela estava muito forte no meio, então eu fui. Aquilo foi uma loucura. Tínhamos um jogo em Osasco, partida com televisão, e eu numa nova posição com um treino de oposta. Eu dizia pra mim mesma, 'Deus, me ajuda, só não quero dar badá, o resto eu me viro'. Foi assim, eu não tinha nem bola do fundo, mas a gente vai melhorando, acabei me tornando uma oposta", contou Bárbara, que hoje em dia ri do ocorrido e curte a função.
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