Com patrocínio forte, Pirv entra na Superliga B para desafiar Zé Roberto
Jogadoras com passagem pela seleção, finanças asseguradas por uma grande empresa e técnico de qualidade inquestionável no banco. Comandado por José Roberto Guimarães, o Hinode/GRB Barueri tinha todos os elementos para fazer uma participação tranquila na próxima Superliga B e assegurar um lugar na elite do voleibol nacional na temporada 2017/2018. Mas a equipe paulista ganhou um desafiante de peso nesta jornada: o BRH-Sulflex/Curitibano.
Contando com outro grande nome do vôlei em sua gestão, a ex-jogadora Cristina Pirv, o Curitibano já estava confirmado na disputa, mas faltava um parceiro que proporcionasse um maior fôlego na briga pela vaga. Pois o impulso foi dado: o acordo com a empresa de importação e distribuição de componentes hidráulicos está confirmado e pode ser considerado um "presente de Natal" para os fãs do voleibol paranaense, esperançosos em rever uma equipe feminina de alto nível na região desde que o Rexona trocou o estado pelo Rio de Janeiro, em 2004.
Assessora técnica do Curitibano, Pirv trabalhou ao lado da ex-tenista Gisele Miró na captação de recursos para o projeto – em boa forma física aos 44 anos, ela chegou a ser convidada para jogar, mas preferiu se dedicar apenas a treinos eventuais. "Eu estou no dia a dia do time e com o técnico Jorge Edson (campeão olímpico em Barcelona 1992) e também ajudando no planejamento e contratações das meninas. Voltar ao vôlei é espetacular para mim", destacou a romena.
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Diretor de marketing da BRH-Sulflex, Rafael Delibo ressaltou que a presença de Pirv foi fundamental para que o acordo se concretizasse.
"Ficamos muito felizes com o anúncio de um novo time de vôlei em 2017 para a cidade de Curitiba. Isso vira mais um pouco os holofotes para a cidade, que já é referência em muitas coisas, principalmente no esporte e qualidade de vida com os parques que a contemplam. Quando descobrimos que por traz do novo time teríamos o Clube Curitibano dando todo o suporte e estrutura e a Cris Priv coordenando o restante do projeto, não pensamos duas vezes em apoiar. Mais do que isso: seremos o patrocinador master do time nesta temporada", afirmou o executivo. "Associar a BRH-Sulflex ao Clube Curitibano e à Cris Pirv é um orgulho para nós, que atuamos há quase 15 anos em todo território nacional levando produtos de alta qualidade, profissionalismo, respeito aos nossos clientes e parceiros", complementou.
Apesar das dificuldades econômicas e política do Brasil, Pirv se mostrou otimista com o projeto. "Realmente não é uma situação fácil, mas acredito que o esporte pode trazer muitas alegrias para as pessoas e dar oportunidades para que crianças e jovens não se envolvam com drogas e outras coisas do tipo. No esporte, você aprende a lidar com vitória, com derrotas, o seu caráter pode se formar… Seria uma pena deixar isso acabar. Estou super feliz e quero lutar com a experiência dos vários países onde joguei. Tudo pode ser somado ao desenvolvimento", comentou.
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O grupo do Curitibano para a Superliga B ainda está em formação, mas já é certo que também contará com uma atleta de renome no cenário internacional: Valeskinha, campeã olímpica com a seleção brasileira em Pequim 2008. Outros nomes já confirmados no projeto são Caroline Mattos, Marieta Brito, Mariana Leite, Raquele Lenartowicz, Ana Moreira, Verena Bortolanza e Nina Romano.
Pirv reconhece que o Curitibano não é o principal candidato ao título. "Realmente o time de Barueri é o favorito. Todo mundo sabe e isso será grande desafio pra gente, mas eu gosto de desafios", avisou a romena. "Estamos trabalhando duro e o tempo é curto para apresentarmos o melhor trabalho, mas faremos tudo para ter essa vaga na Superliga A", encerrou.
Com sete participantes, a Superliga B feminina tem início previsto para 21 de janeiro, dia em que o Curitibano vai enfrentar em casa o Abel Havan Brusque em casa. Os times se enfrentam no sistema "todos contra todos", com o primeiro colocado avançado direto às semis e os times que ficarem entre segundo e sexta disputando as quartas de final em melhor-de-três partidas. Somente o campeão assegura um lugar na elite nacional, com o vice e o medalhista de bronze disputando um torneio contra os dois últimos colocados da atual Superliga A para a definição das vagas restantes.
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