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Brasília, Bauru, Juiz de Fora e Montes Claros em alta na Superliga

Sidrônio Henrique

29/11/2016 06h00

Brasília em alta: time de Paula, Macris e Andreia vem de duas vitórias em sets diretos (fotos: CBV)

 

Times de porte médio estão em ascensão; deslize dos mesários, decepção carioca e briga no Paraná entre o que não vai bem na Superliga. Confira o sobe e desce da competição:

SOBE

Interior de Minas Gerais
Depois de começar a Superliga Masculina 2016/2017 com duas derrotas, o time de Juiz de Fora, que quase foi rebaixado para a Superliga B ao final da temporada passada, engrenou e venceu suas últimas quatro partidas. O destaque do JF Vôlei é o oposto Renan Buiatti, 26 anos, 2,17m, disparado o maior pontuador do torneio após seis rodadas, com 128 pontos. A equipe está em sexto na classificação.

O outro time do interior mineiro, o Montes Claros Vôlei, aprontou nesta segunda-feira (28): quebrou a invencibilidade do Funvic Taubaté na casa do adversário. De nada adiantou o elenco estelar do Taubaté, que conta com os campeões olímpicos Wallace, Lucarelli e Éder, além de selecionáveis como Raphael, Lucas Loh e Mário Jr. O Montes Claros, liderado pelo eficiente oposto Luan, venceu por 3-1, chegou aos 12 pontos e agora é o quinto na tabela, com quatro vitórias.

Brasília Vôlei
"Brasília Vôlei, eu acredito" é o verso que ecoa no pequeno ginásio do Sesi, em Taguatinga, no Distrito Federal, quando o time da MVP olímpica Paula Pequeno joga diante da sua torcida. Tem valido a pena acreditar. PP4 tem motivo de sobra para abrir aquele sorrisão famoso. Aliás, as meninas do Terracap/BRB/Brasília Vôlei podem sorrir bastante. O time está em terceiro lugar, atrás apenas do undecacampeão Rexona-Sesc e do estrelado Dentil/Praia Clube, deixando para trás, ao menos momentaneamente, o Vôlei Nestlé e seu orçamento parrudo. Nas duas últimas rodadas, a equipe treinada pelo campeão olímpico Anderson Rodrigues não perdeu sets. Primeiro, em casa, despachou exatamente o Vôlei Nestlé. Depois, foi a Belo Horizonte e passou pelo Camponesa/Minas.

Com 1,74m, Thaisinha é uma das maiores pontuadoras da Superliga

Genter Vôlei Bauru
Três vitórias seguidas e o quinto lugar na Superliga deixam leve a atmosfera no clube do interior paulista. A última vítima foi o modesto São Cristóvão Saúde/São Caetano, mas mesmo nesse esperado triunfo o time do técnico Marcos Kwiek mostrou consistência, não deu chance ao adversário. Conhecido por seu competente trabalho à frente da seleção feminina da República Dominicana, na qual se mantém como técnico, Kwiek assumiu o Bauru no meio da temporada passada, para apagar um incêndio. Nesta, tendo a chance de fazer suas contratações, ele repatriou a veterana ponta/oposta Mari Steinbrecher e trouxe duas dominicanas, a ponteira Prisilla Rivera e a líbero Brenda Castillo. Esta última, por sinal, é um dos destaques da Superliga. Aos poucos, o Bauru vai mostrando a cara e promete incomodar os grandes. Olho também na ponta Thaisinha, que mesmo com apenas 1,74m é a quarta maior pontuadora da competição, somando 89 pontos em seis rodadas.

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DESCE

Mesários na Hebraica
Neste sábado (26), mais um erro envolvendo a mesa e outra vez em um jogo em que o mando de quadra era do Fluminense, no ginásio da Hebraica, no Rio de Janeiro. No terceiro set da partida entre o time da casa e o Vôlei Nestlé, a mesa deu um ponto a mais para a equipe de Osasco. O erro foi corrigido, mas provocou certo tumulto. A falha lembra algo ocorrido na primeira rodada, quando o Rexona-Sesc encarou o Flu. No primeiro set, a mesa deu um ponto a mais para o tricolor, enlouquecendo o técnico adversário, Bernardinho, que com o punho crispado berrava impropérios. Ficou por aquilo mesmo. Erro bisonho!

Fluminense pressiona, mas ainda não decolou no torneio

Fluminense
Não que a equipe carioca, que voltou à elite do vôlei feminino brasileiro após mais de 30 anos, estivesse entre os favoritos. Longe disso. O time é "jogueiro", como se diz na gíria do esporte, pressiona os adversários, a exemplo do que se viu diante do favorito Vôlei Nestlé, mas até agora não fez nada demais. Inclusive deixou escapar sets que poderia ter ganhado, como as duas últimas parciais contra a equipe de Osasco – depois de um bom momento na partida, no final do terceiro set a levantadora Pri Heldes desperdiçou uma bola de xeque concedendo match point ao adversário e em seguida encaixotou a central Letícia Hage diante do bloqueio paulista. O Fluminense, que surpreendeu ao vencer o Rexona no estadual, ainda está devendo na Superliga. Um time que tem potencial para chegar aos playoffs, mas que por enquanto amarga o nono lugar na tabela, com somente duas vitórias em seis jogos.

Briga no Paraná
A partida entre São Bernardo Vôlei e Caramuru Vôlei/Castro teria passado despercebida não fosse pelo clima belicoso que quase culminou numa troca de sopapos, como o SdR mostrou na semana passada, depois de ouvir os dois lados. A rivalidade vem desde a Superliga B. São Bernardo, do ABC paulista, e Caramuru, da cidade de Castro, no interior do Paraná, lutam para evitar o rebaixamento. Os paulistas estão em décimo lugar, com apenas uma vitória, justamente nessa partida, por 3-2. O estreante Caramuru segura a lanterna, com apenas aqueles dois sets vencidos em vinte disputados.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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