Reencontro de ótimas perspectivas para Jaqueline e Camponesa/Minas
A novela acabou nesta quinta-feira: Jaqueline vai jogar no Camponesa/Minas. O repórter Leandro Carneiro, do UOL, foi quem noticiou em primeira mão. Um pouco mais tarde, o clube divulgou uma nota informando que ainda não há data definida para a apresentação oficial da ponteira e exaltando o empenho dos patrocinadores para trazer a atleta, a quem o técnico Paulo Coco chama de "uma das jogadoras mais completas do Brasil" – com o que é bem difícil discordar.
Perto de completar 33 anos de idade e com uma passagem pelo Sesi na temporada passada, a bicampeã olímpica volta ao clube que a recebeu num dos momentos mais conturbados de sua carreira.
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Uma das principais jogadoras do Brasil no bronze conquistado no Mundial da Itália 2014, Jaqueline havia ficado a temporada 2013/2014 longe das quadras para ser mãe.
De volta ao mercado do vôlei, ela esbarrou, naquela ocasião, no ranking da CBV, que atribui pontuação aos atletas e estabelece limite de pontos para o elenco dos clubes. Apesar de ficar um ano afastada, a ponteira estava valorizada no ranking e quase teve de escolher entre jogar no exterior ou ter mais um ano sabático. Quase – porque foi para o Minas.
O time tinha jogadoras como a central Walewska e a ponteira Carla, hoje ambas no Dentil/Praia Clube, além da ponteira Mari Paraíba, que atualmente defende o Volero Zürich, da Suíça, e que já contava a levantadora Naiane e a meio de rede Carol Gattaz. Um bom time, mas que demorou a engrenar. Aliás, que precisou de Jaqueline para engrenar.
A ponteira estreou, naquele 29 de novembro de 2014, com vitória na sexta rodada do campeonato, contra o São José, quando o time vinha de cinco derrotas. Apagou o incêndio do mau começo e só caiu nas semifinais, para o Rexona-AdeS.
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Desta feita, a atacante vai encontrar uma equipe com outro astral, numa situação bem melhor na tabela. O Camponesa/Minas está na sexta posição, com três vitórias, duas derrotas e oito pontos na conta.
Além disso, Jaqueline jogará com uma Naiane dois anos mais madura, estará no fundo de quadra ao lado de Léia, líbero que defendeu o Brasil na Rio 2016, contará com atacantes como Rosamaria, que hoje é a maior pontuadora da Superliga, e terá novamente a companhia da oposta norte-americana Destinee Hooker, "coroada" pela torcida mineira na última sexta-feira, com quem conquistou, pelo Sollys/Nestlé, a Superliga 2011/2012.
Se Jaqueline conseguir superar a fraca passagem que teve pelo Sesi e reviver as boas atuações do ano retrasado, ninguém duvide de que a torcida minastenista, que tanto sonhou com a volta dela, possa sonhar mais alto nesta Superliga. Ainda mais, se Hooker jogar como jogou naquele título que as duas conquistaram pelo Osasco. Lembra como foi?
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