Bernardinho recusa convite para dirigir a seleção do Irã
O técnico Bernardinho continua sendo o sonho de consumo de diversas seleções mundo afora. Desta vez foi o Irã quem tentou levar o treinador para comandar sua ascendente seleção masculina, mas ouviu não como resposta. "Jamais deixaria a seleção brasileira por outra", disse ao Saída de Rede o bicampeão olímpico e tricampeão mundial. Bernardinho confirmou que a Federação Iraniana de Vôlei procurou pessoas ligadas a ele para sondá-lo, mas negou qualquer interesse em sair do Brasil.
Técnico argentino diz que "ganhar do Brasil é um sonho"
O blog recebeu a informação de que Mohammad Reza Davarzani, presidente da Federação Iraniana, tinha interesse em contratar Bernardinho. Não é a primeira vez. Em 2011, antes de assinar com o argentino Julio Velasco, os iranianos procuraram o brasileiro, que não se interessou pela proposta. Na Rio 2016, o Irã, eliminado nas quartas de final, foi treinado pelo argentino Raul Lozano, cujo contrato terminou no final de agosto.
"Amigos indo lá para fora"
Em setembro deste ano, após a partida de despedida do líbero Serginho da seleção, em Brasília, Bernardinho havia afirmado: "Eu vejo amigos indo lá para fora e isso me incomoda muito. Muitas pessoas bacanas e do bem que podem contribuir estão indo embora. Se todos começarem a ir embora, vão entregar as chaves para pessoas que não deveriam tomar conta da nossa casa".
Antes da Rio 2016, o treinador carioca havia sido sondado pela Federação Japonesa para dirigir sua seleção masculina. Mais tarde, ele confirmou que havia recebido uma proposta do Japão e também de outros países, sem revelar quais, mas enfatizou que não quer sair do Brasil. "Houve uma sondagem e algumas propostas formais, me querem no exterior, mas não tenho nenhuma vontade de sair daqui".
CBV aguarda
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) aguarda resposta de Bernardinho sobre sua continuidade ou não à frente da seleção masculina, que dirige desde 2001. Nesse período, ele levou o time ao pódio 39 vezes em 42 competições, a maioria delas no primeiro lugar. Sob o comando dele, o Brasil foi finalista nas últimas quatro Olimpíadas e quatro Mundiais, conseguindo cinco ouros e três pratas. Conquistou ainda oito títulos da Liga Mundial, dois da Copa do Mundo e três da Copa dos Campeões.
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Bernardinho enfrenta oposição da família para seguir no cargo, segundo ele mesmo conta. A mulher, a ex-levantadora Fernanda Venturini, e as duas filhas gostariam que ele passasse mais tempo com elas. Além da seleção, Bernardinho é também o treinador do time feminino Rexona-Sesc, do Rio de Janeiro, 11 vezes campeão da Superliga e líder da atual temporada.
Na seleção feminina já foi feita a renovação do contrato de José Roberto Guimarães, que está no cargo desde 2003 e comandará o time rumo a Tóquio 2020.
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