Antigos rivais, Vôlei Nestlé e Sesi agora têm abismo entre si
A partida entre Vôlei Nestlé e Sesi, disputada na noite deste sábado (12) em São Paulo, pela terceira rodada do primeiro turno da Superliga 2016/2017, mostrou o abismo que há hoje entre dois times que até recentemente se enfrentavam em igualdade de condições ou quase. O que se viu no ginásio da Vila Leopoldina foi uma equipe montada para disputar o título contra um time recheado de juvenis pensando em sobreviver ao rebaixamento. O resultado, previsível, foi a vitória do time de Osasco por 3-0 (25-9, 25-23, 25-15), numa partida de baixo nível técnico.
As limitações do adversário não permitiram avaliar muito o Vôlei Nestlé, pouco exigido. A equipe de Osasco teve a partida nas mãos o tempo todo – o Sesi encostava quando o Vôlei Nestlé errava, a exemplo da segunda parcial. Chamou a atenção a falta de sintonia entre a levantadora Dani Lins e a ponteira Tandara na pipe, mas nada que não possa ser corrigido em breve, sem maiores preocupações para o técnico Luizomar de Moura. O que deve deixá-lo apreensivo, pelo menos na hora de encarar times de ponta como Rexona-Sesc e Dentil/Praia Clube, são as oscilações na sua linha de passe e a atuação irregular do bloqueio.
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A ponteira sérvia Tijana Malesevic, prata na Rio 2016 com a sua seleção e uma das principais contratações do Vôlei Nestlé para a temporada, foi considerada a melhor da partida na votação via internet e ficou com o troféu Viva Vôlei. Mas a maior pontuadora foi a também ponteira do Osasco Tandara Caixeta, que marcou 13 vezes (12 de ataque e uma no bloqueio), seguida da oposta Lorenne Geraldo (Sesi), com 12, e da oposta Paula Borgo (Osasco), 10 pontos.
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Foi a quarta vitória consecutiva da equipe do treinador Luizomar de Moura, que está invicta e havia antecipado o confronto da quarta rodada com o Rio do Sul. O Vôlei Nestlé voltará à quadra somente na terça-feira da próxima semana (22), às 20h, contra o Brasília Vôlei, como visitante. Já o Sesi, que perdeu as três partidas que disputou na Superliga, tenta a reabilitação contra o Camponesa/Minas nesta sexta-feira (18), às 20h, na Arena Minas, em Belo Horizonte.
Futuro
A oposta juvenil Lorenne Geraldo, 20 anos, 1,85m, principal nome do Sesi, tem bastante potencial, mas precisa ser lapidada. Até a temporada passada, ela estava sob o comando de Bernardinho, no Rexona. Um dos destaques do Mundial sub20 disputado no ano passado na República Dominicana, quando o Brasil perdeu a decisão para o time da casa, Lorenne tem braço pesado, mas ainda poucos recursos. Neste sábado, em 35 ataques, colocou apenas 11 bolas no chão. Mas há que se dar um desconto: além da pouca experiência da oposta, uma em cada três bolas levantadas por Giovana Gasparini, a armadora titular do Sesi, foi para Lorenne, o que fez com que ela atacasse quase sempre bem marcada. Do outro lado, além de ter mais cancha, a eficiente oposta Paula Borgo recebeu menos bolas de Dani Lins e tinha a ajuda de Tandara e Malesevic pela entrada de rede – Tandara foi a atacante mais acionada do Vôlei Nestlé, 28 vezes.
O Sesi, que já esteve entre os melhores do país, reduziu consideravelmente seu investimento para a equipe feminina nesta temporada. Sob o comando do técnico Giuliano Ribas, o Juba, um dos assistentes de Bernardinho na seleção masculina, o time é, sem dúvida, um meio de dar rodagem a atletas jovens, mas deixa a desejar quando se pensa na competitividade da primeira divisão da Superliga. Até aqui, ao lado do Renata Valinhos e do São Caetano, integra o bloco das equipes mais frágeis da competição. Os dois últimos colocados entre os doze participantes são rebaixados à Superliga B na temporada seguinte.
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