NBB dá o dobro de audiência e ensina lição à Superliga
Na comparação com o basquete no Brasil, o vôlei costuma sair na frente: medalhas, mídia, fãs, trabalho de base… Não por acaso, o vôlei costuma ter vários de seus aspectos como um exemplo a ser seguido por demais esportes. Mas nem sempre é assim: na questão dos clubes, pouco a pouco estamos sendo superados pela competente gestão que comanda o NBB (Novo Basquete Brasil) nos últimos anos.
Tomemos como exemplo a abertura das atuais edições do torneios nacionais de cada modalidade. Enquanto a Superliga masculina começou com um escondido JF Vôlei x Brasil Kirin na noite de uma quarta (horário associado ao futebol), o NBB voltou à ativa com o melhor que poderia disponibilizar: Gocil/Bauru Basket x Flamengo, a reedição da final das últimas duas temporadas. O duelo, emocionante, teve duas prorrogações antes de terminar com vitória dos cariocas.
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Com todo respeito ao JF Vôlei e ao Brasil Kirin, que não têm nada a ver com isso, mas… será que a Superliga 2016/2017 não poderia ter começado com um jogo mais atraente para o público que não acompanha vôlei com frequência? Nada menos do que dez dos 12 campeões daquela campanha épica da Rio 2016 estão jogando o torneio, além do tricampeão mundial Sada Cruzeiro. Dava pra ser mais atraente, não?
Curioso notar que a partida de abertura sequer teve transmissão para a TV, seja aberta ou fechada. No feminino, a situação não foi diferente, com o Renata Valinhos/Country recebendo o promissor Dentil/Praia Clube, em jogo que, embora com transmissão do SporTV, teve pouco apelo. Difícil chamar atenção assim.
(Aproveito para fazer um adendo: algumas partidas do NBB que não são transmitidas contam com transmissão via Facebook, algo que não acontece na Superliga)
Para piorar, os duelos programados para as primeiras rodadas da Superliga colocam os times mais fortes diante de equipes sabidamente mais fracas. Os favoritos Sada, Taubaté/Funvic, Sesi, Brasil Kirin, Rexona, Praia e Vôlei Nestlé só começam a jogar entre si a partir da sétima rodada. É muito tempo. Ao menos no primeiro turno, para "esquentar" a disputa, tais partidas deveriam acontecer mais cedo.
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O resultado desse deslize na hora de montar a tabela foi visto nos números: jogando ao mesmo tempo que Sada Cruzeiro e JF Vôlei no último sábado (5), Flamengo e Bauru conseguiram mais que o dobro de audiência na tela da Band do que a RedeTV! obteve passando o vôlei. Foi 0,9 contra 0,4 ponto de média, segundo o site TV Foco. Todos sabemos que promover esporte olímpico é uma tarefa complicada no Brasil (os números de audiência deixam isso claro), mas é preciso que os dirigentes do vôlei também façam a parte deles. Caso contrário, será cada vez mais difícil.
* Atualizado às 11h15
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