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Gangorra da Superliga tem favoritos em alta e público pequeno no Rio

João Batista Junior

07/11/2016 06h00

Wallace: 23 pontos contra Maringá (foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Wallace: 23 pontos contra Maringá (foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Se não apresentou grandes novidades, a segunda rodada da Superliga trouxe algumas constatações: os favoritos aos troféus em disputa ainda não correram nenhum sério risco de derrota no campeonato, o vôlei masculino do Paraná e o feminino de São Paulo precisam melhorar na competição e o torcedor carioca ainda não se animou com a temporada.

Veja os principais destaques da segunda rodada do nacional:

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SOBE

FAVORITAS E FAVORITOS
Nes
te início de Superliga, os principais candidatos ao título nos dois naipes passaram incólumes pelas duas primeiras rodadas. No feminino, Rexona-Sesc, Dentil/Praia Clube e Vôlei Nestlé (já com três partidas disputadas), não perderam ponto para ninguém. O mesmo vale para Taubaté Funvic, Sesi e Sada Cruzeiro, que só estreou no último sábado, no masculino.

GABRIEL E RENAN
Embora seus times ainda não tenham vencido nenhuma vez, o ponteiro Gabriel, do Lebes/Gedore/Canoas, e o oposto Renan, do JF Vôlei, começaram bem a competição – pelo menos, em termos individuais – e deixaram boa impressão nesta rodada.

Contra o Sesi, Gabriel teve 69% de aproveitamento nas cortadas e acabou complicando a vida do time da Vila Leopoldina no terceiro set.

Já Renan liderou o time de Juiz de Fora contra o Sada Cruzeiro, que estava desfalcado do ponteiro Leal e do central Simón. Apesar do placar de 3-0 para os cruzeirenses, foi graças em muito à eficiência do oposto, vice-campeão mundial em 2014 com a seleção brasileira, que o JF Vôlei só perdeu as duas primeiras parciais por contagem mínima.

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Paula Borgo comemora contra o Pinheiros (João Neto/Fotojump)

Paula Borgo comemora contra o Pinheiros (João Neto/Fotojump)

PAULA BORGO E TANDARA
A dupla do Vôlei Nestlé foi arrasadora contra o Pinheiros. Perdendo por 1 set a 0 a reedição da decisão estadual, as duas conduziram o time de Osasco à virada: Paula, com 25 pontos, foi a maior anotadora do jogo e Tandara, com 19, ganhou o troféu VivaVôlei. As duas tiveram mais de 60% de aproveitamento no ataque.

BRASÍLIA
Vindo de São Paulo com uma importante vitória sobre o Pinheiros na bagagem, o Terracap/BRB/Brasília não aliviou a barra do jovem time do Sesi e emplacou,
no sábado, mais um 3 a 0 na Superliga. Comandada pela ponteira campeã olímpica Paula, a equipe brasiliense não permitiu que as visitantes ultrapassassem os 18 pontos em nenhuma das parciais. Aliás, só a oposta Lorenne, com 15 acertos, obteve mais do que cinco pontos pelo lado sesista.

MONTES CLAROS
Se Brasília larga bem no feminino, Montes Claros faz o mesmo no campeonato masculino. A equipe do norte de Minas jogou duas partidas em casa e tem 100% de aproveitamento. Nesta segunda rodada, a vítima foi o Minas Tênis Clube
: com direito a oito pontos de bloqueio do central Robinho, o time da casa bateu a equipe da capital por 3 sets a 1.

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DESCE

PÚBLICO NO RIO
Mesmo com o Rexona-Sesc defendendo o título nacional e o Fluminense voltando à divisão principal do voleibol brasileiro, o torcedor carioca não parece muito empolgado. Pelo menos, não o bastante para ir ao ginásio.

Na quinta-feira, no Tijuca Tênis Clube, 416 espectadores assistiram à fácil vitória do time comandado pelo técnico Bernardinho sobre o Renata Valinhos/Country. Na sexta, 390 torcedores foram ao Clube Hebraica para ver o Fluminense bater o Rio do Sul em sets diretos. Foram os dois menores públicos registrados até aqui na Superliga feminina 2016/17.

(Na competição masculina, o menor público é do jogo entre Juiz de Fora e Brasil Kirin, na abertura da competição, que teve presença de 358 pessoas na arquibancada.)

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Minas não teve dificuldade para superar São Caetano (Orlando Bento)

Minas não teve dificuldade para superar São Caetano (Orlando Bento)

PAULISTAS
A rodada da Superliga feminina foi especialmente complicada para as equipes do estado com maior número de representantes na competição. Dos sete times paulistas no campeonato das mulheres, só o Vôlei Nestlé venceu – ainda assim, contra o Pinheiros, que é de São Paulo e entra também na conta dos vencidos.

O Renata Valinhos/Country caiu para o Rexona-Sesc, no Rio, sem marcar mais do que 15 pontos em nenhum set. Em Belo Horizonte, o Camponesa/Minas bateu o São Cristóvão Saúde/São Caetano em sets diretos, assim como o Dentil/Praia Clube, em Uberlândia, encontrou pouca resistência no Genter Vôlei Bauru. E o Sesi, em Brasília, não teve melhor sorte nem muita chance diante do time da casa.

PARANAENSES
Derrotados na primeira rodada, os times do Paraná voltaram a perder no último sábado.

No interior paulista, o Copel Telecom Maringá até conseguiu equilibrar as parciais, mas perdeu por 3 sets a 1 para o Taubaté Funvic. Aos 21 pontos marcados pelo oposto Marcílio, o time da casa respondeu com 23 anotações de Wallace e um placar de 8 a 2 em aces.

Já em Campinas, o novato Caramuru Vôlei/Castro enfrentou o Brasil Kirin. Numa jornada inspirada do ponteiro Diogo, com 20 pontos no total e 70% de aproveitamento no ataque, o time campineiro venceu em sets diretos.

Ressalte-se, no entanto, que a tabela não deu refresco aos paranaenses nesse início de campeonato: na terceira rodada, Maringá vai receber o Brasil Kirin, enquanto Caramuru/Castro terá a visita do Sada Cruzeiro.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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