Sada Cruzeiro põe hegemonia à prova e conquista Supercopa
Dominante no cenário nacional, o Sada Cruzeiro nem estreou ainda na Superliga 2016/17 e já levantou três troféus nesta temporada. Além do Campeonato Mineiro e do Mundial de Clubes, o time celeste conquistou, na noite do sábado, o bicampeonato da Supercopa. No imponente ginásio do Centro de Formação Olímpica (CFO), em Fortaleza, a equipe mineira venceu o Brasil Kirin, atual vice-campeão nacional e da Copa Brasil, por 3 sets a 1, com parciais de 18-25, 25-18, 25-21, 25-20.
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Embora valha troféu, a Supercopa tem mais caráter festivo do que competitivo. Era para ser uma partida que marcasse o começo da temporada ou, pelo menos, anunciasse o início do campeonato nacional, e que poderia (ou deveria) contar com ações promocionais dos organizadores que aproximassem o torcedor dos jogadores envolvidos na disputa – sonhando alto, sei lá, poderia ser um fim de semana que LEMBRASSE VAGAMENTE (repito: LEMBRASSE VAGAMENTE) um daqueles "jogos das estrelas" das ligas norte-americanas ou, ao menos, a supercopa italiana – da qual o blog já falou (clique aqui).
Contudo, apesar da ótima de ideia de levar a partida para Fortaleza, uma praça que não costuma receber voleibol de alto nível, o confronto deste sábado ficou espremido pelo calendário – realizou-se com a primeira rodada da Superliga já em andamento – e não recebeu grande destaque da mídia nem da própria CBV. Talvez por isso o público tenha ficado visivelmente aquém da lotação do CFO, que tem capacidade para 17,1 mil espectadores. Ressalte-se também que o ingresso mais barato custava R$ 40 (R$ 20 a meia entrada), um preço salgado, ainda mais levando-se em conta ser um jogo disputado num sábado à noite sem equipes da casa envolvidas.
O jogo
Vindo de um terceiro lugar no Campeonato Paulista e de uma vitória na última quinta-feira sobre o JF Vôlei, em Juiz de Fora, na estreia da Superliga, o Brasil Kirin perdeu vários titulares da temporada passada. Ainda com o central Mauricio Souza e o líbero Thiago Brendle, mas sem os ponteiros Lucas Lóh e Olteanu, o levantador Demián Gonzalez e o oposto Wallace Martins, ficou claro que o poderio ofensivo da equipe não é mais o mesmo.
Com Rivaldo na saída de rede e Ygor Ceará e Diogo pela entrada, o time campineiro só conseguiu sair-se bem quando quebrou o passe do Sada Cruzeiro. Apostando no saque flutuante, a equipe castigou a recepção de Leal no primeiro set, o que até levou o técnico Marcelo Mendez a substituir o cubano pelo ponteiro Filipe – recuperado de uma lesão sofrida na estreia do mundial.
Contudo, quando os campeões mundiais se ajustaram no passe e diminuíram a quantidade de pontos concedidos em erros, o sexteto do técnico Horácio Dileo se viu obrigado a mudar de estratégia. Os vice-campeões nacionais passaram a arriscar no saque, os erros apareceram e o jogo fugiu da mão dos paulistas.
Ele era o sucessor de Giba, mas ombro o impediu de chegar lá
Filipe se manteve em quadra para o segundo set, mas no lugar de Rodriguinho. De volta à quadra, mesmo sem jogar tudo o que jogou na conquista do tricampeonato mundial há uma semana, Leal comandou o ataque da equipe cruzeirense.
Melhor no passe e na virada de bola, o time dirigido pelo técnico Marcelo Mendez também começou a apresentar maior volume de jogo no fundo de quadra e passou a controlar a partida. Com efeito, William pôs-se a acionar mais o meio de rede, embora esteja claro que ainda busque a bola ideal para o central cubano Simón, contratado nesta temporada.
Foi assim, quase em ritmo de treino, que o time mineiro virou o jogo, segurou um bom começo de quarto set do Brasil Kirin e manteve a rotina de levantar troféus.
Com o favoritismo testado e mantido, o Sada Cruzeiro estreia na Superliga no próximo sábado, às 14h, pelo horário de Brasília, contra o JF Vôlei, em Juiz de Fora, em partida a ser transmitida pela RedeTV! Já o Brasil Kirin, no mesmo dia, recebe o Caramuru Vôlei/Castro, às 18h.
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