Sada Cruzeiro toma susto, mas vai à quarta final de Mundial em cinco anos
O Sada Cruzeiro tomou um susto, mas venceu e segue rumo ao tricampeonato. Depois de um primeiro set abaixo da crítica, a equipe mineira, bicampeã mundial, virou o jogo para cima do Bolívar, da Argentina, por 3-1 (21-25, 25-15, 25-15, 25-19), na semifinal do Mundial masculino de Clubes, disputado em Betim (MG). Será a quarta final do Sada Cruzeiro em cinco anos, sempre sob a batuta do treinador argentino Marcelo Mendez.
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Neste domingo (23), a partir das 16h15, o time brasileiro enfrenta o atual bicampeão europeu, o russo Zenit Kazan, numa reedição da final do ano passado. Mais cedo, a constelação comandada pelo técnico Vladimir Alekno triturou o italiano Trentino em sets diretos (25-18, 25-23, 25-18) – confronto que foi uma repetição da última final da Liga dos Campeões da Europa.
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Na primeira parcial o Sada Cruzeiro esteve irreconhecível, especialmente no ataque – o ponta Leal marcou apenas um ponto e o oposto Evandro, nenhum. O Bolívar sacava bem, dificultando o passe brasileiro e, consequentemente, a armação do levantador William. A partir do segundo set o que se viu foi outro jogo. Destaque para o central cubano Simon, que foi o maior pontuador, com 16. Se Evandro não foi tão bem no ataque (7/22), Leal definitivamente entrou no jogo (10/19), embora tenha ficado abaixo do habitual. William melhorou, mas não estava em um dos seus melhores dias. O saque do Cruzeiro começou a entrar, limitando as ações do campeão argentino. A equipe mineira passou a neutralizar a principal arma ofensiva do adversário, o oposto australiano Thomas Edgar – após marcar seis vezes no ataque no primeiro set, ele somou apenas outros quatro pontos no fundamento nas parciais seguintes (marcou ainda três de saque nos quatro sets).
"O importante agora é descansar. O cansaço acumulado ao longo da semana começa a pesar e precisamos estar bem para a final amanhã", disse William, lembrando que o Sada Cruzeiro jogou um set a mais do que o Zenit na semifinal, além de ter jogado mais tarde, opção do próprio clube, como coorganizador do evento, ao lado do Minas Tênis Clube e da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
O líbero Serginho comentou o desempenho do oposto australiano Edgar. "No vôlei de alto nível ganha quem joga melhor a maior parte do tempo. O Edgar fez um primeiro set muito bom, mas depois caiu. Não adianta você fazer um set nota oito e depois cair para um quatro no restante do jogo. O ideal é ficar entre nove e seis, digamos", observou o veterano.
O técnico Marcelo Mendez destacou o saque da equipe a partir do segundo set, o que de acordo com ele foi fundamental para garantir a vitória sobre o Bolívar.
Zenit Kazan vs. Trentino
O clube russo entrou em quadra como favorito diante do italiano Trentino e não decepcionou, com ampla superioridade no ataque, no saque e no bloqueio. Uma simples comparação entre os atacantes de bolas altas dos dois times dá uma ideia da diferença. Pelo Zenit, o cubano naturalizado polonês Wilfredo León, o americano Matt Anderson e o russo Maxim Mikhaylov. Do outro lado, o italiano Filippo Lanza, o esloveno Tine Urnaut e o tcheco Jan Stokr. Com mais facilidade até do que o esperado, enfrentando resistência apenas no segundo set, o Zenit Kazan está mais uma vez na final do Mundial de clubes. No ano passado, no mesmo cenário, perdeu para o Sada Cruzeiro por 3-1. Este ano, na primeira fase, vitória dos brasileiros também em quatro sets, com atuação destacada de Leal.
"Foi muito bom ganhar em três sets, pois assim podemos nos recuperar melhor para a final. Mas preciso sacar melhor, não posso esperar que o time vença se eu continuar sacando do jeito que estou", afirmou o ponta/oposto americano Matt Anderson.
O levantador do Trentino, Simone Giannelli, admitiu a superioridade do adversário. "Eles são muito fortes e nós cometemos muitos erros. A diferença hoje foi o saque e o ataque. Eles sacam muito, muito forte. Porém ainda temos outra partida, queremos conquistar a terceira colocação", comentou Giannelli.
Às 14h deste domingo, Trentino e Bolívar se enfrentam na disputa da medalha de bronze. O Trentino é a equipe que mais venceu o torneio, acumulando quatro títulos de forma consecutiva, de 2009 a 2012, além de ter um bronze, conquistado em 2013. O Bolívar tenta sua primeira medalha no Mundial – o arquirrival UPCN, eliminado na primeira fase, tem dois bronzes, obtidos nas duas últimas edições. O Bolívar já foi quarto colocado em 2010.
Colaborou Carolina Canossa, que está em Betim a convite da FIVB
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