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Líbero baixinho e com cara de criança chama a atenção no Mundial de clubes

Carolina Canossa

21/10/2016 06h00

Li-Yi Tung tem, segundo a FIVB, 1,65m, mas parece ser ainda menor (Fotos: Renato Araujo/Sada Cruzeiro)

FIVB diz que Tung tem 1,65m, mas ele parece ser ainda menor (Fotos: Renato Araujo/Sada Cruzeiro)

Betim (MG) – Estar no Mundial masculino de clubes em 2016 é o ponto alto da história do Taichung Bank. Oriundo de Taiwan, um país sem tradição no vôlei, o time chegou a Minas Gerais graças ao surpreendente título asiático conquistado em 2015 e quer aproveitar a oportunidade de jogar com times do porte de Trentino, Sada Cruzeiro e Zenit para se desenvolver em nível internacional.

Esforço à parte, o que chama mesmo a atenção na equipe é o líbero. Não pela habilidade e sim pelas feições infantis e baixa estatura: aos 22 anos, Li-Yi Tung tem, segundo a informação disponibilizada pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), apenas 1,65 m. Na comparação com os demais atletas, porém, ele aparenta ser ainda menor.

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Jogador diz que nunca havia estado em um torneio de nível tão alto

Li-Yi Tung: "Nunca tinha visto fãs tão animados antes"

A singularidade faz com que Tung seja assediado pela torcida e receba pedidos para tirar fotos mesmo estando longe de ser um astro do vôlei. "Estou um pouco assustado, pois nunca tinha visto fãs tão animados antes", admitiu o atleta, com a ajuda de um tradutor, já que fala apenas mandarim. "As pessoas aqui são bem apaixonadas por voleibol", comentou.

O taiwanês joga vôlei desde os 12 anos. Na escola, chegou a atuar como levantador, mas inevitavelmente teve que virar um especialista em defesa – quando está de pé, por pouco não passa por debaixo da rede sem tocar a fita inferior. No Brasil, Tung só quer desfrutar do grande momento de sua carreira. "Estou muito animado, pois é a primeira vez que jogo em nível tão alto". Ele destacou que, ciente das próprias limitações, ainda não pensa em atuar por um time fora de Taiwan. "Preciso aprender um pouco mais antes disso".

Se, ao menos por enquanto, não tem a menor chance de disputar o título mundial, Li-Yi Tung pelo menos teve um motivo para sorrir em sua passagem pelo Brasil: depois de ser derrotado por 3 a 0 para o Sada Cruzeiro na estreia, o Taichung Bank se recuperou com uma vitória sobre o Tala'Ea El-Geish (Egito) por 3 a 1 (23-25, 25-20, 25-14 e 25-23). Em teoria, o time asiático até possui chances de classificação à semifinal, mas para isso precisará vencer ninguém menos que o Zenit Kazan (Rússia), bicampeão europeu, nesta sexta (21), às 17h30 (horário de Brasília).

A repórter Carolina Canossa viajou a Betim para a cobertura do Mundial de clubes a convite da Federação Internacional de Vôlei (FIVB)

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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