Novato na campanha do ouro, Douglas Souza conta o maior aprendizado no Rio
Aos 20 anos, ele já ostenta uma medalha de ouro olímpica no currículo. Principal beneficiado com o surpreendente corte de Murilo às vésperas da Olimpíada, o ponta Douglas Souza não se importa com o fato de praticamente não ter sido aproveitado pelo técnico Bernardinho durante a Rio 2016. O jogador do Sesi sabe que a experiência vivida no mês de agosto pode ser única na vida e tenta aproveitar o aprendizado para se firmar como um dos grandes nomes da nova geração do voleibol brasileiro.
Em entrevista ao Saída de Rede, Douglas contou que o companheirismo formado entre os atletas da seleção foi a maior lição que recebeu. "A gente virou uma família, onde todo mundo se ajudava. Olimpíada é um torneio muito difícil, mas estávamos juntos, especialmente nos momentos complicados. Independentemente do que acontecesse, ia ficar entre a gente, continuaríamos a ser um time. Quando um confia no outro, as coisas ficam mais fáceis", afirmou o jogador, que citou o discurso feito pelo líbero Serginho antes da partida contra a França como o momento mais marcante. "Ali, todo mundo conseguiu acender uma chama", destacou.
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Douglas ainda confessou que sentiu um misto de felicidade e tristeza quando soube que Bernardinho havia optado por ele em detrimento de Murilo na convocação da Olimpíada.
"Logo depois da final da Liga Mundial, em Cracóvia, voltamos pro hotel e a comissão técnica foi para a sala de reunião, enquanto os jogadores ficaram no restaurante. Estavam todos ansiosos, ninguém tinha certeza de nada. Eram duas horas da manhã e eu já estava no quarto arrumando as malas para voltar ao Brasil, quando nos chamaram e o Bernardinho fez os cortes", descreveu Douglas, que se disse surpreendido. "Na hora eu fiquei meio sem reação de ele ter tirado um cara muito experiente para me colocar no lugar, mas infelizmente naquele momento o Murilo não tinha condições de ir. Sentimos muito a saída dos três cortados, o time chorou, mas lembro que também fiquei feliz", completou o atleta, que já na madrugada daqui acabou despertando a mãe com a novidade.
Agora campeão olímpico, Douglas tenta se acostumar com o assédio: "Fui para minha cidade (Santa Bárbara d'Oeste) depois dos Jogos e não parava em casa. Era desfile em Carro de Bombeiro, entrevista… aproveitei bastante".
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Sesi
Passada a euforia pelo título, Douglas tenta focar suas atenções ao clube. "Aprendi desde pequeno que o campeonato mais importante é sempre o que você está jogando", respondeu o atacante, ao ser perguntado sobre suas ambições para o futuro.
No caso de Douglas, tal futuro significa a Superliga, já que atualmente se recupera de uma torção no pé esquerdo que o tirará das partidas decisivas do Campeonato Paulista. "Não fico pensando nessa coisa de pressão, de o Sesi ter o melhor elenco da Superliga (além dele, o time paulista conta com outros três campeões olímpicos, no caso Bruno, Lucão e Serginho, e ainda o próprio Murilo e o central Sidão, campeões mundiais). Não ganhamos o ouro à toa, trabalhamos para isso e aqui vai ser a mesma coisa", garantiu.
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