Rexona dá uma amostra da proposta "kamikaze" para vencer a Supercopa
Jogadora por jogadora, o Dentil/Praia Clube é melhor que o Rexona. Impulsionado pelos bons resultados na temporada passada, o time de Uberlândia aumentou os investimentos e formou um belo elenco de olho nos primeiros títulos nacionais de sua história. A esperança, porém, deu lugar a mais um vice diante da equipe do Rio de Janeiro.
Assim como já havia acontecido nas finais das últimas edições da Copa Brasil e da Superliga, o Praia não foi capaz de superar seu algoz na noite desta sexta-feira (7). Jogando diante de sua própria torcida, a equipe até reagiu depois de ser completamente dominada no primeiro set, mas a melhora não foi suficiente para evitar a derrota por 3 sets a 1, parciais de 25-12, 25-19, 25-27 e 25-20.
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Se não tinha a força individual do adversário, o técnico Bernardinho apostou no coletivo. A mão do treinador foi visível em diversos aspectos, como a incômoda variação no saque que infernizou a vida da linha de passe mineira, especialmente a da americana Alix Klineman. Sem o passe na mão, a levantadora Claudinha não conseguiu aproveitar todo o potencial ofensivo à sua disposição, ainda que a cubana Daymi Ramirez tenha tentado se impor na base da força, com relativo sucesso.
O bloqueio do Rexona também teve uma ótima atuação e foi fundamental para garantir o título quando o quarto set estava perigosamente equilibrado. Contratada para o lugar de Natália, a holandesa Anne Buijs mostrou uma boa variação de golpes antes de ter seu desempenho minado pelo saque do Praia. Destaque ainda para o rodízio de líbero proposto pelo técnico, com a jovem Vitória substituindo a consagrada Fabi nas ações de defesa.
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Ousada, a equipe carioca conseguiu se recuperar da surpreendente derrota na final do Estadual para o Fluminense e, de quebra, deu uma amostra da tática kamikaze que pretende usar no Mundial de clubes, quando novamente enfrentará adversários mais fortes. A reação do Praia ao longo do jogo mostra que essa não é uma estratégia infalível, mas é a melhor possível diante das circunstâncias. Será interessante ver até que ponto ela vai funcionar no Mundial.
Pelo lado do Praia, o recado é claro: será preciso melhorar o passe para subir mais um degrau no voleibol nacional. Mas o trabalho ainda está começando e há muito potencial disponível pela frente. Mesmo recém-chegada, a meio de rede Fabiana mostrou um entrosamento interessante com Claudinha e Ramirez parece pronta para brilhar de novo no ataque. O maior desafio, porém, continua sendo o mesmo dos últimos meses: superar o Rexona.
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