“Nipodependente”, FIVB leva Mundial feminino de Clubes 2017 para Kobe
A poucas semanas do Mundial feminino de Clubes 2016, nas Filipinas, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou que Kobe, em 2017, será a primeira cidade japonesa a receber uma edição do torneio. A competição será disputada entre os dias 8 e 14 de maio.
(Aqui, um parêntese: de acordo com a tabela anunciada pela CBV, na segunda-feira, a final da Superliga feminina 2016/17 será no mesmo dia da decisão do Mundial. Dessa forma, é bem capaz de que a entidade brasileira reveja sua programação.)
O Campeonato Mundial feminino de Clubes 2017, a exemplo deste ano, deverá ter oito participantes. O Hisamitsu Springs Kobe, quinto nos mundiais de 2014 e 2015, já tem vaga assegurada como representante da cidade sede. Outro time já qualificado é o NEC Red Rockets, também do Japão, que venceu o Campeonato Asiático de Clubes deste ano.
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O Japão já hospedou quatro mundiais femininos de seleções, todas as Copas do Mundo desde 1977, todas as seis edições da Copa dos Campeões, seis finais de Grand Prix. O mundial de clubes era a última fronteira para os japoneses nos grandes eventos do voleibol feminino.
Neste ciclo olímpico (para Tóquio 2020, bom lembrar), além desse Mundial em Kobe, o país será sede do Campeonato Mundial feminino de Seleções de 2018 e receberá a Copa do Mundo de 2019, o que inclusive mudou o caráter pré-olímpico do torneio – o blog já falou sobre isso.
A "nipodependência" do voleibol é evidente e o lado financeiro pesa bastante. O próprio presidente da FIVB, Ary Graça, já deixou isso bem claro em entrevista à Folha de S. Paulo, há alguns meses, quando declarou que o Japão é quem "sustenta" a modalidade. Além de depor contra a expansão internacional do voleibol, essa confissão deixa transparecer uma visão míope e imediatista da federação.
Não há dúvida de que o país possua estrutura, tradição e ginásios suficientes para receber tantos campeonatos quanto a FIVB queira promover, mas e se a fonte secar? Haverá outros parceiros e mercados para bancar a modalidade, se os japoneses, um dia, se saturarem de tantos torneios de vôlei no quintal de casa? E como ampliar as fronteiras do esporte, se as competições quase não passeiam por outros logradouros?
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