Depois de "vaquinha virtual", Modena começa temporada com mais um título
Disputada desde 1996, a Supercopa da Itália é uma competição que inaugura a temporada de clubes no país. Ela reúne num jogo (ou num quadrangular, como foi no fim de semana passado) os melhores times do ano anterior. Dito assim, mais parece um torneio de exibição do que competitivo de fato, um certame em que clubes que mal tiveram tempo para treinar e jogadores que talvez nem tenham sido pessoalmente apresentados aos novos companheiros discutem um troféu. Pode ser verdade, mas é preciso dizer também que se trata de um evento muito bem promovido, com cobertura televisiva e ótima presença de público nas arquibancadas.
O fato é que, na Supercopa deste ano, independentemente da importância que tenha essa disputa, há uma boa história por trás do sorriso dos jogadores do Modena enquanto exibem para a foto a taça título conquistado no último domingo.
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Vencedor de todas as competições oficiais da temporada 2015/16 do voleibol masculino italiano (Supercopa, Copa Itália e Liga Italiana), o Modena Volley foi acometido por uma severa crise financeira. Nem mesmo a galeria de troféus evitou que o clube perdesse seu patrocinador master, não conseguisse manter os dois brasileiros titulares da equipe – nada menos que os campeões olímpicos Bruno e Lucão, que foram para o Sesi – e estivesse a ponto de fechar as portas.
A situação era tão dramática que a presidenta do clube, Catia Pedrini, criou um crowdfunding (uma espécie de "vaquinha virtual") com o intuito de conseguir um milhão de euros para manter o time em ação. A empreitada, por um lado, não deu certo, já que o valor obtido ficou aquém do esperado, mas, por outro, chamou a atenção do público e da mídia e acabou evitando o pior. Mais do que isso: a partir da repercussão da campanha na internet em prol do clube, a sorte do Modena melhorou radicalmente.
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Primeiro, no fim de junho, cerca de um mês e meio depois de levantar o scudetto da Liga Italiana, o time – para alívio dos fãs – finalmente foi inscrito para participar da Série A do campeonato nacional de 2016/17. Em agosto, a cidade e o clube comemoraram a escolha de Modena para receber a Supercopa. E, no último dia 5, foi anunciada uma empresa do ramo de investimentos financeiros como patrocinadora principal do time para esta temporada.
Com a manutenção de alguns dos mais importantes jogadores da equipe, como os ponteiros Earvin N'gapeth (francês) e Nemanja Petric (sérvio), o oposto Luca Vettori, e a chegada dos centrais Max Holt (norte-americano) e Kevin Le Roux (francês), o Azimut Modena venceu, pela terceira vez na história, a Supercopa da Itália (havia sido campeão também em 1997 e 2015).
Nas semifinais, a equipe passou pelo Diatec Trentino (que vai disputar o Mundial de Clubes de Betim, em outubro) por 3 a 1 (25-19, 25-23, 21-25, 25-23). Na final, venceu o Sir Safety Conad Perugia, que contratou o oposto Ivan Zaytsev este ano, por 3 a 2 (25-22, 19-25, 25-22, 24-26, 17-15).
Para completar, com a saída do levantador Bruno, o atacante Petric, que perdeu boa parte da reta final da temporada passada por conta de uma lesão, ganhou status de capitão da equipe e estreou no novo cargo levantando dois troféus: o de campeão da Supercopa e o de melhor jogador do torneio.
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