Ainda há desafios para Bernardinho na seleção?
Quando Bernardinho assumiu o comando técnico da seleção masculina de vôlei, em 2001, fazia oito anos que o Brasil havia vencido a Liga Mundial pela até então única vez, havia uma medalha de prata em Los Angeles e uma de ouro em Barcelona para enfeitar a estante e o longínquo vice-campeonato mundial de 1982 para a CBV ostentar.
Dali até Lipe bloquear Zaytsev, domingo passado, no Maracanãzinho, o treinador transformou suor em ouro, viu seus capitães erguerem troféus e seus comandados colecionarem medalhas, sobreviveu a um jejum de seis anos sem conquistas de relevo e sofreu críticas porque havia acostumado mal a quem não aceitava mais um vice-campeonato mundial e duas pratas olímpicas como comprovação de êxito.
Tudo o que um técnico de seleção de voleibol poderia conquistar na carreira, ele conquistou mais de uma vez. Com Bernardinho, o Brasil ganhou oito Ligas Mundiais, dois ouros em Pan-Americanos, três Copas dos Campeões, duas Copas do Mundo, três Campeonatos Mundiais, duas Olimpíadas. E agora? Ou melhor, e de agora em diante?
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O feito de Lang Ping e a necessidade de valorizar as mulheres no vôlei
Fosse Bernardo Rezende um funcionário público, bastaria a obrigação de sentar-se à escrivaninha e cumprir diligentemente as atividades de seu encargo para saber que amanhã ele bateria o ponto na repartição. Mas, no esporte, para quem atingiu seu nível de excelência (e que, provavelmente, veja o lado financeiro como apêndice), esse não é o caso.
Ele sentirá urgência em disputar a Liga Mundial do ano que vem? A ideia de viajar mundo afora conhecendo ginásios e fusos horários é desafiadora ou cansativa? Será que reconquistar o título mundial lhe abre o apetite? E a Copa do Mundo: ele quer o troféu ou a vaga olímpica basta? E o Pan de Lima 2019? E quanto a convocações para a seleção e cortes que eventualmente precise fazer? Bernardinho aceita a laboriosa missão de preparar por quatro anos um time que irá a Tóquio atrás de outra medalha de ouro?
O plantel campeão no Rio teve sete entre 12 jogadores com 30 anos de idade ou mais – em Atenas 2004, apenas quatro atletas estavam nessa faixa etária e só um destes jogou em Pequim 2008. Como ele enxerga a tarefa de renovar a seleção: com paciência ou com olheiras?
A chave para essas questões e outras tantas que Bernardinho deve estar se fazendo talvez esteja num pedido de seu filho e capitão Bruno. Em entrevista ao programa Tá Na Área, do SporTV, na terça-feira, o levantador admitiu que gostaria que o pai escolhesse entre o trabalho na seleção brasileira e o comando do Rexona-SESC
A escolha, se tiver de fazê-la, e as respostas são dele. Mas o que você acha?
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