Espetacular! O santo milagreiro do vôlei brasileiro reaparece em casa
Há uma semana, quando a seleção brasileira masculina de vôlei vivia situação complicadíssima na Olimpíada e com sério risco de eliminação ainda na primeira fase, escrevi aqui que nosso santo milagreiro precisaria reaparecer. À ocasião, o time de Bernardinho não estava apenas com resultados negativos, mas também jogava mal, longe do que vimos durante a Liga Mundial. Na base da raça, porém, o time sobreviveu e passou a jogar cada vez melhor para chegar ao terceiro ouro olímpico de sua história. Depois de Londres 2012 com as meninas, desta vez vivemos uma ressurreição espetacular entre os homens.
A decisão deste domingo (21) foi mais uma amostra da genialidade de Bernardinho. Ciente de que não dava para competir na potência com a Itália no saque, conseguiu destruir a recepção rival apostando no flutuante. Sem a bola na mão, o jovem levantador Giannelli não fez boas escolhas na armação, mas o talento de Zaytsev e Juantorena seguraram as ações ofensivas na final, equilibrando o duelo. Só que os erros também se acumularam e a Azzura segue sem o sonhado título olímpico.
China é campeã com viradas e semelhanças com Brasil de 2012
Quero chamar a atenção ainda para Lipe. Alçado à condição de titular no meio da Rio 2016, ele foi bem demais em uma função não rende tantos flashes, a recepção. O ponteiro, porém, fez aquela que talvez tenha sido a sua melhor partida nesse sentido, além de ter virado algumas no ataque e sacado muito bem. Errou uma defesa fácil que quase comprometeu a vitória no apertado segundo set, mas pelo conjunto da obra considero o melhor em quadra hoje.
E o que dizer de Wallace? Principal opção ofensiva desse time, foi crescendo ao longo da partida e no terceiro set colocou ataques fundamentais no chão. Ressalte-se também Serginho, um mito do esporte que faz uma final olímpica em alto nível às vésperas de completar 41 anos. Não é pra qualquer um.
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O ouro também servirá para calar de vez aqueles que insistem em dizer que Bruno só está na seleção por ser filho de Bernardinho. O levantador pode não ser tão genial quanto Ricardinho, mas faz seu trabalho direito e ainda contribui com o time no saque e com boas defesas. Neste domingo, conseguiu ainda uma distribuição espetacular, chamando os centrais nos momentos certos para desafogar Wallace. Ousado, ainda acertou um ataque de segunda lindíssimo na metade do terceiro set.
Fosse apenas pela força mental demonstrada no Maracanãzinho, esse título já seria maravilhoso. Mas não: depois de anos batendo na trave, essa geração finalmente chega ao topo. Foi difícil porque não estamos mais tão à frente dos rivais como na década passada. Justamente por isso, a grande lição do dia é que é possível chegar lá mesmo tendo limitações. Parabéns a Bernadinho, comissão técnica e jogadores. Murilo, que participou do ciclo inteiro, e a torcida também devem ser exaltados.
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