Primeiro contra quarto? Brasil tem na China adversário de alto risco
A campanha da China na Rio 2016 decepciona. Quem chegou com status de vice-campeã mundial, campeã da Copa do Mundo e candidata ao ouro se arrastou na primeira fase. As chinesas foram surpreendidas pelas holandesas, atropeladas pelas sérvias, batidas pelas norte-americanas, além da sorte de ter no grupo a seleção da Itália, que vive uma transição de gerações, e o fraco time de Porto Rico. Passou na quarta posição, com sete pontos conquistados em 15 possíveis, nove sets ganhos e nove perdidos. E nesta terça-feira, às 22h15, enfrenta o Brasil no Maracanãzinho.
A trajetória brasileira no Rio é diametralmente oposta à das asiáticas. Foram cinco vitórias por 3 a 0 em cinco jogos, numa curva ascendente na competição que levou o time de uma atuação em marcha lenta contra Camarões até uma apresentação quase irretocável contra a Rússia. O momento das duas equipes aponta o time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães como favorito, mas, para enfrentar a China, é preciso mais do que apenas ser favorito.
Pontos zerados, tudo recomeça a partir desta terça-feira. O jogo eliminatório sem vantagem para qualquer uma das campanhas desafia previsões e sorri das estatísticas. Assim são os mata-matas. Todo mundo sabe disso, mas, entusiasmado com a campanha brasileira, pode esquecer solenemente que a China tem tradição no voleibol feminino e, com a equipe titular, venceu com sobras a seleção brasileira no Grand Prix.
Além disso, Londres ensinou que uma partida nessas circunstâncias é tudo de que precisa o time desacreditado para reencontrar o voleibol que parecia perdido.
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Ponto forte
Embora isso não tenha ficado muito evidente ainda no Rio, o time chinês tem um ótimo bloqueio. Na fase classificatória do Grand Prix deste ano, por exemplo, o placar do jogo contra o Brasil neste fundamento foi de 13 a 5 em prol das chinesas. Nesse quesito, é bom prestar atenção na central Yunli Xu.
Ponto fraco
A juventude do elenco chinês é notável. Seis das 12 jogadoras têm menos de 25 anos de idade e nenhuma atleta tem mais do que 29 anos. Nove atletas são estreantes em Olimpíadas. Quando o nó aperta numa competição como essa, experiência conta muito, e isso falta ao time.
Qual a chance de ganhar do Brasil?
O Brasil está jogando melhor, é favorito, mas não absoluto. Se falta experiência às chinesas, não falta qualidade ao elenco, que tem atacantes como Ting Zhu e Changning Zhang.
Brasil está pronto para o tri, mas não pode perder o foco
Fique de olho
Ting Zhu talvez seja a maior revelação do voleibol feminino neste ciclo olímpico. A ponteira de 22 anos de idade e 1,95m pode não ter um passe primoroso, mas tem uma cortada que impõe respeito. Tanto que é a melhor atacante do torneio, com 45% de eficiência nas cortadas. Na próxima temporada de clubes, ela vai atuar no VakifBank, da Turquia, time que Sheilla defendeu até este ano.
Elenco (em negrito, o provável time titular):
Levantadoras: Qiuyue Wei (camisa 7) e Xia Ding (16)
Opostas: Fangxu Yang (3) e Xiangyu Gong (6)
Centrais: Xinyue Yuan (1), Yunli Xu (11) e Ni Yan (17)
Ponteiras: Ting Zhu (2), Changning Zhang (9), Xiaotong Lui (10) e Ruoqi Hui (12)
Líbero: Li Lin (15)
Desempenho no ciclo olímpico
Sem a menor cerimônia, a China desdenhou completamente o Grand Prix nos últimos dois anos. Depois de atuar com as titulares na fase classificatória, mandou times B para as finais, e fechou o ciclo olímpico tendo como melhor resultado na competição o vice-campeonato de 2013. Por outro lado, conquistou um brilhante vice-campeonato mundial na Itália, em 2014, e venceu a Copa do Mundo 2015 com autoridade.
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