Em jogo de muitos erros, Brasil avança na raça e no embalo da torcida
Não foi uma apresentação dos sonhos, mas foi o suficiente. Em uma partida com uma carga enorme de dramaticidade, a seleção brasileira masculina de vôlei bateu a França por 3 sets a 1 (25-22, 22-25, 25-20 e 25-23) e garantiu sua sobrevivência na Olimpíada do Rio de Janeiro. De quebra, mandou os Bleus, um dos mais fortes candidatos ao pódio, mais cedo de volta pra casa.
Curioso é que o Maracanãzinho lotado, aquele mesmo que o craque Earvin Ngapeth não temia, teve papel importante na vitória. Pressionados e com um ginásio inteiro torcendo contra, os europeus erraram demais: 33 vezes, sendo 22 no saque. A estratégia era clara: desestabilizar a hesitante recepção brasileira. Mas, alçado à condição de titular no jogo mais importante do ciclo olímpico, Lipe correspondeu à altura, em que pese algumas falhas eventuais. O ponteiro ainda se destacou no saque, sendo a principal arma do Brasil no fundamento.
Seleção feminina está pronta para o tri, mas não pode perder o foco
Não podemos deixar de também falar de Wallace, que provavelmente fez seu melhor jogo com a camisa amarela. Com quase 60% de aproveitamento no ataque, ele foi o desafogo do time brasileiro e impediu a França de escapar no placar nos momentos em que Ricardo Lucarelli saiu do jogo. Lucarelli, aliás, precisa encarar a partida desta segunda (15) como lição de amadurecimento: só de toques bobos na rede, foram cinco. Sou capaz de dizer que ele só não foi para o banco porque nem Maurício Borges nem Douglas Souza inspiram confiança. Bruno, por sua vez, cansou de alçar bolas coladas à rede, mas fez uma boa distribuição entre os atacantes à disposição.
Erros à parte, a França fez sua melhor (ou menos pior) apresentação no Rio de Janeiro. Ainda que Ngapeth tenha enchido os olhos dos fãs com jogadas espetaculares, quem brilhou mesmo foi o oposto Rouzier, responsável por nada menos que 26 pontos. Mas, numa grande ironia do esporte, coube justamente a ele o erro que encerrou o duelo.
Curta o Saída de Rede no Facebook!
Se quiser pelo menos beliscar o pódio, a seleção masculina ainda tem muito a melhorar. Mas os rivais que se atentem: o time de Bernardinho sobreviveu. E ainda tem um duelo teoricamente favorável contra a Argentina nas quartas – na Liga Mundial 2016, que psicologicamente parece ter sido disputada há dez anos, a vitória foi por 3 a 0. É um rival treinado por um grande técnico, Julio Velasco, e, por isso, perigoso, especialmente se assumir a condição de franco-atirador. Porém, é a melhor notícia possível para Bernardinho nesse momento. Teria a sorte virado de lado?
————-
Receba notícias de vôlei pelo WhatsApp
Quer receber notícias no seu celular sem pagar nada? 1) adicione este número à agenda do seu telefone: +55 11 94546-6166 (não esqueça do "+55″); 2) envie uma mensagem para este número por WhatsApp, escrevendo só: giba04
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.