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EUA usam "veneno sérvio" para ressuscitar contra o Brasil

Carolina Canossa

12/08/2016 01h20

Ace dos Estados Unidos: cena se repetiu nove vezes na noite desta quinta (11) (Fotos: FIVB)

Ace dos Estados Unidos: cena se repetiu nove vezes na noite desta quinta (11) (Fotos: FIVB)

Antes de qualquer coisa, é preciso dizer que foi um grande jogo. Dos melhores da Rio 2016 até agora. Em um duelo de alto nível, com muitos ralis, a seleção americana masculina de vôlei ressuscitou na Rio 2016 ao bater o Brasil por 3 sets a 1, parciais de 25-20, 25-23, 20-25 e 25-20. Independentemente do resultado, valeu ficar acordado até tarde para ver a partida.

O principal motivo de lamentação é a chance desperdiçada de praticamente eliminar uma das seleções favoritas à medalha de ouro. Batido por Canadá e Itália nas duas primeiras rodadas, os Estados Unidos estariam em situação muito complicada em caso de nova derrota. Diante de uma pressão enorme feita pela torcida que lotou o Maracanãzinho, a equipe do técnico John Speraw jogou muito e saiu de quadra merecidamente com a vitória. Veremos no Rio uma história de redenção semelhante à das meninas de Zé Roberto em Londres 2012?

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Dois motivos foram fundamentais para a vitória americana: um excelente saque e Matt Anderson espetacular. Pode-se dizer que o primeiro fator tem inspirações sérvias, já que foi assim que o time do leste europeu bateu os brasileiros duas vezes na Liga Mundial. Ao todo, foram nove aces, com destaque para o levantador Micah Christenson. Bruninho precisou correr muito para levantar uma série de passes quebrados.

Principal alvo do serviço adversário, Lucarelli rendeu menos no ataque e isso não foi compensado pelos demais jogadores do time. Já do outro lado, havia um matador: Anderson, que terminou o duelo com 24 pontos, sendo 23 em cortadas. O oposto, que vinha apagado nesta temporada de seleções, resolveu jogar tudo o que sabe e
foi praticamente imparável.

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Oposto Anderson foi o terror do sistema defensivo do Brasil

Oposto Anderson foi o terror do sistema defensivo do Brasil

O banco de reservas brasileiro também não foi capaz de mudar o jogo. O oposto Evandro, por exemplo, tomou dois bloqueios no pé no fim do segundo set – os lances foram ainda mais dolorosos porque permitiram a permanência de Christenson no saque e a consequente virada. Já Lipe ameaçou dar um fôlego no time após um horrível começo coletivo de quarto set, mas não conseguiu liderar a reação.

Vale destacar que mesmo nas vitórias contra México e Canadá, a seleção masculina não mostrou seu melhor vôlei. Agora, com dois adversários fortíssimos pela frente (Itália e França), o time precisará se recompor rápido para não se complicar na Olimpíada.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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