Diante de rival perigoso, seleção masculina mostra poder de reação
Equipe marcada por altos e baixos ao longo do último ciclo olímpico, o Canadá havia dado uma demonstração de força aos demais times do grupo A fazendo 3 a 0 sobre os Estados Unidos na estreia da Olimpíada. E, por alguns minutos, deu a sensação que poderia repetir o feito contra o Brasil ao vencer o primeiro set esta noite diante de um Maracanãzinho lotado. Mas ficou por isso mesmo: mostrando um grande poder de reação, a seleção comandada por Bernardinho fechou o jogo em 3 sets a 1, parciais de 24-26, 25-18, 25-22 e 25-17.
Se o nível técnico ainda não voltou ao que vimos durante a maior parte da Liga Mundial, a solução é ir no "fórceps" mesmo. Vacilante nas extremidades, o ataque brasileiro se beneficiou da inspiração dos centrais Lucão e Éder nos momentos de sufoco – foi só na metade final que os ponteiros Lucarelli, perseguido na recepção, e Maurício Borges passaram a se sentir mais à vontade em quadra. Wallace, por sua vez, teve uma noite para esquecer, com apenas 15% de aproveitamento em suas cortadas.
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A variação no saque demonstrada no Maracanãzinho também foi um dos aspectos positivos da seleção: entre pancadas e flutuantes, foram 17 pontos cedidos desta forma, mas o estrago foi bem maior com sete aces e a confiança dos canadenses se abalando pouco a pouco, já que o bloqueio passou a chegar mais, assim como a defesa. No fim, o levantador Sanders não conseguia mais usar seu principal atacante, Gavin Schmitt, que foi para o banco.
O quarto set, aliás, foi o melhor do Brasil nestas duas rodadas no Rio de Janeiro. Jogando atrás, o Canadá voltou a ser aquela equipe vacilante de todo o ciclo olímpico e se desmontou. Com a vitória encaminhada, os brasileiros cresceram em confiança e garantiram mais três pontos, além dos 100% de aproveitamento.
O embalo adquirido no quarto set será importante para enfrentar a desesperada seleção americana na próxima rodada – além do Canadá, os Estados Unidos foram derrotados pela Itália e vão para o "tudo ou nada" na quinta (11). A expectativa é que o público possa acompanhar outro grande duelo, onde o Brasil terá a chance de matar um de seus principais rivais ao ouro.
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