Pilates e análise de urina: a preparação da seleção que você não vê
Em um cenário tão competitivo como o do vôlei de seleções na atualidade, qualquer detalhe pode fazer a diferença. Treinos com bola, academia e ajustes táticos podem não ser suficientes por si só. É preciso ir além. No caso da seleção brasileira feminina de vôlei, por exemplo, o trabalho feito conta com sessões de pilates, controle da respiração e até mesmo análise da urina das jogadoras.
Responsável pela preparação física da seleção desde que o técnico José Roberto Guimarães assumiu o cargo, em 2003, José Elias de Proença tem o pilates como uma de suas colunas profissionais. Atualmente, todas as jogadoras fazem ao menos duas sessões por semana, chegando a quatro no caso das levantadoras. "Trata-se de um treino híbrido do ponto de vista do corpo, pois ajuda na força, resistência e flexibilidade", explica o profissional.
Entenda os cortes da seleção feminina
Os benefícios da técnico criada na década de 1920 não param por aí. "O pilates ajuda na parte mental, com muita consciência corporal, o que resulta em movimentos precisos", destacou Zé Elias. Nem mesmo durante as viagens impostas pelo calendário do Grand Prix o método ficou fora. A diferença é que, no exterior, priorizava-se o trabalho no chão (mat pilates) devido à ausência dos equipamentos adequados que estão instalados em Saquarema.
Até mesmo a respiração entra no radar da comissão técnica brasileira: neste ciclo olímpico, a seleção feminina passou a ter o apoio do psicólogo Hermes Balbino, que trabalha técnicas de respiração para manter as jogadoras focadas e calmas, especialmente em momentos de grande pressão, como veremos neste mês de agosto com a Olimpíada do Rio de Janeiro.
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Nesta reta final de preparação, outro ponto que merece mais atenção dos profissionais é o da reposição hídrica. Segundo Zé Elias, esse trabalho vai muito além da simples ingestão de água. "Tem também análise do suor, da urina e a reposição de sais minerais e carboidratos. Se uma jogadora começa a ter muita perda, aumenta o risco de lesão", exemplifica o preparador físico. "São coisas preventivas, pois a solicitações serão cada vez mais intensas dentro da quadra", completa.
Com um grupo de idade média alta (Dani Lins, Fabíola, Juciely, Fê Garay, Fabiana, Jaqueline, Léia e Sheilla já passaram a casa dos 30 anos, enquanto Adenízia e Thaísa têm 29), os cuidados precisam ser redobrados. Aumenta, por exemplo, a atenção individual baseada no histórico de cada atleta, assim como é preciso evitar ao máximo os desgastes. "A gente tira muitos exercícios de impacto, deixando isso para dentro da quadra", afirma Zé Elias. Apesar disso, ele está otimista: na comparação com o time que chegou ao título olímpico de Pequim 2008, ele vê o atual grupo em um patamar melhor que o esperado. "Hoje as atletas têm uma disponibilidade mental e experiência maiores do que naquela época", destacou.
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