Brasil em alta e técnico trapalhão em baixa: veja o sobe e desce do vôlei
Nossa quinta edição do "sobe e desce" do vôlei é pra lá de especial: depois de uma fase classificatória irregular de Grand Prix, a seleção brasileira feminina de vôlei cresceu na hora certa e conquistou a competição pela 11ª vez. Ou, se preferirem uma palavra diferente, somos undecacampeões. É óbvio que o time de José Roberto Guimarães apareceria na lista, mas optamos por colocá-lo um jeito diferente. Quer saber mais? A 25 dias da Rio 2016, confira como está o termômetro do vôlei.
SOBE
José Elias de Proença – Na falta de um grande destaque individual brasileiro, já que, de uma maneira geral, a equipe inteira se portou bem, chamemos a atenção para um personagem pouco conhecido por quem não acompanha vôlei regularmente. Preparador físico da seleção brasileira, Zé Elias é referência mundial na área e o principal responsável por deixar o time "voando" em quadra, algo especialmente desafiador em um grupo em que muitas atletas rondam a casa dos 30 anos. Se no Grand Prix as jogadoras se soltaram e passaram a render bem no momento mais importante, reconheça-se o trabalho deste profissional, que também esteve nas conquistas do ouro em Pequim 2008 e Londres 2012. Detalhe: o trabalho dele ainda não chegou ao auge, que será justamente em agosto, na Olimpíada.
Competência de Zé Roberto leva Brasil ao 11º título no Grand Prix
Centrais da final – Fabiana, Thaísa, Foluke Akirandewo e Rachael Adams estavam imparáveis naquela que, até agora, foi a partida mais importante que disputaram em 2016: juntas, as quatro somaram 64 pontos na grande decisão, o que corresponde a mais de 31% do total. Trata-se de um índice fantástico para uma posição que não tem o ataque como primeira função. E olha que elas excepcionalmente ainda pontuaram pouco no bloqueio, mérito das levantadoras em quadra… craques de bola!
Léia – Aos 31 anos, ela fez uma excelente Superliga pelo Camponesa/Minas e agarrou com tudo a chance que lhe foi dada na seleção brasileira principal. Segura no fundo de quadra, também conseguiu defesas importantes e não se intimidou nem quando foi alvo constante dos saques russos. No grande teste a que foi submetida, a final contra as americanas, voltou a corresponder, criando uma dor de cabeça para a comissão técnica: levar Léia ou Camila Brait para a Olimpíada? Como a defensora do Vôlei Nestlé é experiente e também teve boas atuações na fase final, a possibilidade de o Brasil contar com duas líberos na Rio 2016 não pode ser descartada.
DESCE
Yuri Marichev – A fase final do Grand Prix foi desastrosa para o técnico russo. Atropelos de Brasil e EUA, virada da Holanda e dificuldades contra a apenas esforçada Tailândia. Sem contar com Kosheleva, machucada, o treinador parecia perdido em quadra: não conseguiu encontrar alternativas nos momentos de dificuldades, viu seu time naufragar com um passe horroroso e um saque bem abaixo do potencial físico de suas atletas. Até nos desafios ele mandou mal, com um índice de acertos baixíssimo, o que o fez frequentemente ficar sem o direito de contestar a arbitragem em lances que, de fato, eram duvidosos. Apesar dos dois títulos europeus que possui no currículo, Marichev é, de longe, o pior técnico da elite do voleibol feminino de seleções na atualidade.
Curta o Saída de Rede no Facebook!
Premiação – A cerimônia até começou interessante ao valorizar a cultura da sede Tailândia, mas logo se tornou arrastada e palco de bizarrices. A oposta brasileira Sheilla, por exemplo, nunca participa da linha de passe, mas levou o prêmio de segunda melhor passadora do torneio (!!!). Já a levantadora tailandesa Tomkom foi eleita a melhor de sua posição mesmo com sua equipe perdendo todos os jogos da fase final e sendo reserva na partida contra o Brasil. Menos politicagem e mais cuidado nas escolhas não fariam mal a ninguém…
Inversão brasileira – Eis aí um item que Zé Roberto precisa trabalhar duro nos dias que restam até os Jogos Olímpicos, visto que ninguém ainda se fixou como reserva de Sheilla: convocada inicialmente para a função, Tandara não fez um bom Grand Prix e ainda deu o azar de se machucar às vésperas da fase final, para a qual sequer foi relacionada. Improvisada na função, Gabi teve poucas chances e, na maior delas, entrou mal no quarto set contra os EUA. Já a central Adenízia, que chegou a ser testada assim durante as rodadas anteriores, dessa vez nem entrou em quadra. Por sua vez, a levantadora Roberta apresentou dificuldades para acertar a bola com as atacantes titulares e provavelmente será substituída por Fabíola na Olimpíada. Se a inversão 5-1 continuar não funcionando, o Brasil vai passar por apertos na busca pelo tri olímpico.
————-
Receba notícias de vôlei pelo WhatsApp
Quer receber notícias no seu celular sem pagar nada? 1) adicione este número à agenda do seu telefone: +55 11 94546-6166 (não esqueça do "+55″); 2) envie uma mensagem para este número por WhatsApp, escrevendo só: giba04
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.