A 52 dias da Olimpíada, quem sobe e quem desce no vôlei feminino?

Com boa defesa e aproveitamento alto nos contra-ataques, China se impôs sobre os EUA (fotos: FIVB)

Encerrado o primeiro fim de semana de disputas na elite do Grand Prix, que tal fazermos um panorama do que de melhor aconteceu no vôlei feminino mundial? A 52 dias do início das Olimpíadas, elencamos os destaques e as decepções do momento:

SOBE

China
Apontado como um dos favoritos ao ouro olímpico, o time de Lang Ping deixou claro boa vitória por 3-1 sobre as americanas que não virá ao Rio de Janeiro para brincar. Com um sistema defensivo bem estruturado e alto aproveitamento nos contra-ataques, as chinesas ainda contam com a inspiração de Ting Zhu – mesmo neutralizada pelos EUA em boa parte do duelo, a atacante saiu de quadra como a maior pontuadora, com 17 bolas no chão. Olho nelas!

Brasil passa sem sustos no primeiro fim de semana do GP

Centrais do Brasil
Qualquer time que vai jogar contra o Brasil sabe que a vitória passa por anular as jogadoras de meio de rede. O problema é que isso está cada vez mais difícil: Thaísa, por exemplo, já deixou claro que a cirurgia nos dois joelhos foi superada, enquanto Fabiana segue incontestável na seleção. Juciely e Adenízia, por sua vez, prometem uma boa disputa pela terceira vaga. Com todo esse arsenal à disposição, o técnico José Roberto Guimarães se deu ao "luxo" de não esperar a recuperação de Carol, cortada por problemas físicos

Canal da FIVB no YouTube
Show de bola! Eis algo pelo qual a polêmica e nem sempre transparente Federação Internacional de Vôlei (FIVB) merece os parabéns. Aquela overdose de voleibol que tivemos recentemente nos pré-olímpicos se manteve nas três divisões do GP, com imagem quase sempre em alta qualidade e diferentes ângulos. Não pôde ver o jogo? Sem problemas, pois as partidas são disponibilizadas na íntegra minutos após o encerramento. Ainda falta narração em todos os jogos, mas a evolução é inegável.

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DESCE

Linha de passe americana
Sem o passe na mão da levantadora, a equipe americana é apenas um bom time, longe daquele poderio calcado na velocidade exigida pelo técnico Karch Kiraly. Os adversários certamente vão procurar brechas na linha de passe dos EUA. E elas existem, especialmente através de Kim Hill – para piorar, Jordan Larson, que é a melhor passadora da equipe, apresentou contra a China erros que geralmente não comete.

Thaísa se destacou na rodada do GP no Rio

Tecnologia
O desafio, nessa primeira semana de GP, mostrou-se ainda mais lento do que o visto, por exemplo, no Pré-Olímpico Mundial no Japão. Além de só estar disponível na primeira divisão, chegou ao absurdo de não detectar um toque claro no bloqueio, como na partida entre Itália e Sérvia, no Rio de Janeiro. Vexames desse tipo durante as Olimpíadas não seriam nada bons para a imagem da modalidade.

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Tandara
É verdade que a oposta reserva da seleção teve poucas oportunidades. Porém, não fazer nenhum ponto nos 15 ataques que teve na série de jogos no Rio de Janeiro é um péssimo cartão de visitas. Ou a atacante entra no ritmo logo ou a vaga que parecia certa após o corte de Monique ficará comprometida. Afinal, em tempos no qual Sheilla claramente não tem apresentado a mesma potência do passado, é fundamental ter uma reserva à altura.

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