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Saída de Rede

Nem pedido de dispensa de Monique faz Tandara se sentir na Olimpíada

Carolina Canossa

03/06/2016 06h00

Tandara será a

Tandara será a "bola de confiança" do Vôlei Nestlé na próxima temporada (Foto: João Pires/Fotojump)

O pedido de dispensa feito por Monique à seleção brasileira parecia ter uma consequência lógica: Sheilla e Tandara, as outras duas opostas do grupo, estariam garantidas na Olimpíada do Rio. Restaria saber quem é a titular e quem é a reserva, mas a nova contratada do Vôlei Nestlé não está tão confiante assim. Em entrevista exclusiva ao Saída de Rede, Tandara ressaltou que só vai se sentir no grupo que vai tentar o tricampeonato olímpico quando sair a convocação final.

"Não tem cadeira cativa e não acredito que alguém tenha conquistado uma vaga, mesmo com a Monique pedindo dispensa. A Natália, por exemplo, é uma jogadora versátil que pode jogar na saída e estamos com cinco ponteiras", lembrou a atleta, ciente das alternativas que o técnico José Roberto Guimarães pode buscar nas próximas semanas. "Vou brigar até saírem as 12 convocadas", prometeu.

Natália jogando como oposta na seleção? Zé Roberto diz que é possível

Assim como a citada Natália, Tandara também se destaca pela versatilidade: desde 2009/2010, quando passou a treinar passe a pedido de William Carvalho no extinto Vôlei Futuro, ela joga como ponteira nos clubes e como oposta na seleção. Bem-humorada, até brinca com suas limitações. "Sei que vou errar alguns passes, mas vou fazer o meu melhor. É como falo com as meninas: 'Tudo bem, meu passe não é o melhor, mas compenso no ataque"', brinca.

Nos atuais treinamentos da seleção, inclusive, Tandara tem feito uma carga extra de trabalho ao lado das ponteiras. "Gosto muito de treinar, então para mim é tranquilo, inclusive fisicamente", garante a atleta.

Nova (velha) casa

De volta ao Vôlei Nestlé, clube pelo qual conquistou a Superliga 2011/2012, Tandara também diz ainda não saber qual função vai exercer. "Vai depender do que o time precisar. Estou aqui para ajudar, seja na ponta ou saída. Não tenho preferência, sou versátil e me sinto feliz só de estar na quadra jogando", garantiu.

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Quatro anos depois, a atacante garante estar mais madura. "Antes era uma Tandara muito afobada, com um desespero de ter que rodar a bola com excelência. Estou mais tranquila, pois não tenho nada a provar para ninguém. Descobri, depois de algum tempo, que ser paciente e conseguir esquecer um erro te faz melhor do que ficar remoendo", contou.

É possível então ser mais feliz que na passagem anterior? "Com certeza. Essa é uma equipe jovem e que vai trabalhar bastante. Mesmo com a saída de duas centrais excelentes como a Thaísa e Adenízia, quem chegou vai fazer toda a diferença. As peças de reposição vão suprir bem quem saiu. Mudará a forma de jogar, mas o torcedor não deve esperar menos que o máximo de cada uma", assegurou.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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