Quem surpreendeu e quem desapontou no início do Pré-Olímpico
Apesar do dia de folga no Pré-Olímpico Mundial masculino, o Saída de Rede segue atento ao que se passa no torneio que dá quatro vagas para a Rio 2016. Depois de apenas duas rodadas, de um total de sete, muita coisa pode mudar, mas nós apontamos quem surpreendeu e quem decepcionou até aqui.
Earvin N'gapeth
Decepção. Você, leitor, pode achar que enlouquecemos, afinal ele deu demonstrações da sua genialidade nos jogos contra China e Polônia, inclusive sendo o maior pontuador (22) na derrota diante dos rivais europeus. Veja bem, o cara é fora de série, talvez o melhor do mundo na atualidade, mas contra a esforçada China foi tão bem marcado que saiu de quadra do terceiro set e sequer voltou para a quarta parcial. Já contra os poloneses, tinha o jogo nas mãos, brincava com a câmera no final do terceiro set, mas se desconcentrou e, sendo a referência do time, falhou mais do que o usual no passe e perdeu a efetividade no ataque em um momento crucial. O final você já sabe. Menção honrosa à bola de dois tempos no primeiro ponto do segundo set contra a China, fazendo lembrar o voleibol das antigas, emulando craques como o brasileiro Bernard Rajzman. Mas vamos lá, N'gapeth, não se esqueça de jogar até o final da partida.
Austrália
Abaixo da expectativa. OK, ninguém esperava que o matador Thomas Edgar aparecesse no Japão com estiramento abdominal, mas supunha-se que a seleção australiana fosse capaz de ao menos jogar voleibol em um nível razoável sem seu oposto titular. Parece que o time se encontrou no aeroporto. Nem mesmo o central Aidan Zingel, o melhor jogador da equipe tecnicamente falando, esteve bem nas duas primeiras rodadas, um claro sinal da falta de entrosamento. Os levantadores Grigory Sukochev and Benjamin Bell são sofríveis. O oposto reserva, o veterano Paul Carroll, bem que tentou algo na estreia contra o Irã, mas a Austrália foi massacrada quando deveria oferecer resistência. Os "Aussies" ganharam de virada da Venezuela na segunda partida, com Edgar jogando no sacrifício, mas a partida teve baixíssimo nível técnico. Se não derem sinais de melhora, será "tchau, Rio!".
China
Agradável surpresa. A China, ao lado da Venezuela, era o patinho feio do Pré-Olímpico. Quarta colocada da terceira divisão da Liga Mundial 2015, sem resultados relevantes ou mesmo algum jogador mais expressivo, a seleção chinesa, que desde 2013 está sob o comando do técnico Xie Guochen, deu ênfase ao jogo coletivo e pegou todo mundo de surpresa – inclusive este blog, afinal não apostávamos um yuan no time. Que o digam franceses e, principalmente, japoneses – estes últimos derrotados em sets diretos diante da sua fanática torcida. A China, longe de ser uma potência, vem executando bem as jogadas, aproveitando os contra-ataques e, para espanto geral, bloqueando bem. Está na briga por uma vaga na Rio 2016. Canadenses e iranianos que se cuidem!
Gavin Schmitt
Retorno para valer. O torcedor do Funvic Taubaté que tiver acompanhado as duas primeiras partidas do Canadá no qualificatório, apesar das derrotas no quinto set para Polônia e Irã, deve ter lamentado que o oposto Gavin Schmitt não tivesse condições de jogo na Superliga 2015/2016. A vida do time paulista contra Sesi, Brasi Kirin e Sada Cruzeiro teria sido menos difícil. Já era. Gavin, que vai jogar na liga polonesa no período 2016/2017, passou por uma cirurgia em janeiro, ficou três meses em tratamento para acelerar a recuperação (como mostramos na sexta-feira) e definitivamente está de volta. Deu muita dor de cabeça a poloneses e iranianos. Marcou 17 pontos contra os europeus e 27 contra o time do Oriente Médio. É um dos melhores do mundo na posição e, após três temporadas convivendo com problemas físicos, parece ter reencontrado a boa forma.
Tecnologia
Desapontamento. Tablets que não funcionam direito, desafios em vídeo que demoram uma eternidade… Fala sério! A tecnologia tem ajudado a diversas modalidades esportivas e com o voleibol não seria diferente, com câmeras estrategicamente posicionadas, mas ninguém vai negar que a verificação de um toque na rede ou no bloqueio poderia ser mais rápida. É de se esperar que a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) esteja tomando providências. No Mundial 2014, na Liga Mundial 2015, na Copa do Mundo 2015 e nos Pré-Olímpicos feminino e masculino já houve desafios que levaram mais de um minuto até o anúncio do resultado. E os tablets… Quem se esqueceu do incidente com o técnico da seleção feminina da Tailândia, no tie break contra o Japão, no Pré-Olímpico? No masculino, na partida entre Polônia e Canadá, a arbitragem alegou que o técnico canadense Glenn Hoag não havia solicitado uma substituição e sua equipe acabou ficando sem o levantador em quadra quando recebia o saque. Mais adiante, ele pediu um desafio e lhe negaram, dizendo que havia gastado os dois, quando na verdade tinha pedido apenas um. Bola fora da FIVB.
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