Brasil deve ter grupo mais fácil no vôlei feminino dos Jogos Olímpicos
A realização dos Pré-Olímpicos Mundiais não só nos fez conhecer todos os participantes do vôlei feminino no Rio 2016 como também deu uma boa ideia da composição dos dois grupos da competição. A menos que a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) venha com alguma mudança de última hora, a formação das chaves deve ser a seguinte:
Grupo A – Brasil, Rússia, Japão, Coreia do Sul, Argentina e Camarões
Grupo B – Estados Unidos, China, Sérvia, Itália, Holanda e Porto Rico
Sem a realização de sorteio, a distribuição dos times em dois grupos de seis seleções nas Olimpíadas é feita com base no ranking, utilizando o método serpentina. A referência é a lista de outubro de 2015, divulgada após a Copa do Mundo e os campeonatos continentais.
Como país-sede, o Brasil tem o direito de ser o cabeça de chave do grupo A, independentemente da sua classificação no ranqueamento da FIVB. A distribuição das equipes então é feita de duas em duas a partir da outra chave e segue assim até o time de pior ranking – no caso, Camarões.
Além do país-sede, os demais classificados garantiram sua presença nos seguintes qualificatórios:
– China e Sérvia como campeã e vice-campeã da Copa do Mundo 2015, respectivamente;
– Os EUA venceram o Pré-Olímpico da Norceca (Confederação da América do Norte, Central e Caribe);
– Argentina pela América do Sul;
– Rússia no Pré-Olímpico europeu;
– Camarões pela África;
– Itália, Holanda, Coreia do Sul e Japão no qualificatório mundial, que englobou ainda o Pré-Olímpico da Ásia;
– Porto Rico na repescagem entre um representante da Norceca, um da América do Sul e dois da África.
Três países fazem sua estreia no vôlei feminino nas Olimpíadas: Argentina, Camarões e Porto Rico. São as equipes mais fracas da competição e duas delas enfrentarão as brasileiras.
Russas no caminho
O Brasil, em busca do tricampeonato olímpico, terá uma primeira fase relativamente tranquila. Das equipes da elite, a única no grupo das brasileiras deve ser a Rússia, da ponta Tatiana Kosheleva e da oposta Nataliya Goncharova. Dois times do segundo escalão, Japão e Coreia do Sul, estão na chave, completada pela esforçada Argentina e a frágil equipe de Camarões. A seleção treinada por José Roberto Guimarães não deverá ter problemas para avançar às quartas de final como primeira ou segunda colocada do grupo, disputando a liderança com as russas.
Do outro lado, mais equilíbrio: duas potências e uma seleção que no ano passado mostrou que pode pensar em pódio. Estados Unidos, atual campeão mundial, e China, vice no Mundial e ouro na Copa do Mundo, serão seguidos de perto pela Sérvia, prata na Copa do Mundo e dona de um ataque potente – a instabilidade emocional é a maior inimiga da equipe do leste europeu. Embora estejam no segundo escalão, Itália e Holanda se aproximam das rivais e são, em tese, mais perigosas do que japonesas e sul-coreanas, para citar times do bloco intermediário que caíram na outra chave. Porto Rico fecha o grupo e se ganhar um set aqui e outro ali, a exemplo do que fez contra as americanas no Pré-Olímpico da Norceca, já será motivo para celebração.
Caso o Brasil passe para as quartas de final como primeiro da chave, enfrentará o quarto colocado do outro grupo, provavelmente uma das seleções europeias. Se for o segundo, vai encarar o terceiro do lado de lá. O torneio de voleibol feminino começa no dia 6 de agosto e termina no dia 20.
ATUALIZAÇÃO – 23/05, às 11h, após confirmação da FIVB
A FIVB confirmou esta manhã, em seu site, os grupos indicados acima. A tabela com a ordem dos confrontos e os horários ainda não foi divulgada. O blog apurou que o Brasil deverá jogar sempre no último horário, às 22h30.
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