Juma – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Dani Lins admite revanche contra o Barueri: “Todos estão engasgados” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/23/dani-lins-admite-revanche-contra-o-barueri-todos-estao-engasgados/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/23/dani-lins-admite-revanche-contra-o-barueri-todos-estao-engasgados/#respond Sat, 23 Nov 2019 09:00:40 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19137

Dani Lins é a capitã do time de Bauru na temporada 2019/2020 (Foto: Ricardo Bufolin)

Três semanas após a surpreendente vitória do São Paulo/Barueri sobre o Sesi Vôlei Bauru que eliminou o time comandado por Anderson Rodrigues do Campeonato Paulista, as duas equipes voltam a se encontrar neste sábado (23), às 19 horas, no ginásio Panela de Pressão, em Bauru (SP). Desta vez, a partida será válida pela Superliga feminina de vôlei e a levantadora Dani Lins admite que há um clima de revanche contra as adversárias, que acabaram posteriormente se sagrando campeãs estaduais.

“Vai ser um jogo revanche, todos estão engasgados com o nosso último encontro na quadra. Sabemos que não jogamos bem naquele jogo, e as meninas foram campeãs paulista, mostrando a força delas. Agora é a nossa chance de mostrar o nosso potencial, de colocar em prática tudo que a gente vem treinando e batalhando para fazer um ótimo campeonato”, comentou a atleta.

E mais:

 Ouça no Voleicast #13: quem são os favoritos ao título da Superliga feminina 2019/2020?

– Zé Roberto: “O Paulista foi um dos títulos mais importantes da minha vida”

Tropeços elevam a temperatura no Sesi Bauru neste início de Superliga

Os dois times possuem campanhas parecidas na competição: enquanto Barueri acumula duas vitórias em três jogos, o Sesi tem uma partida a menos, com um resultado positivo e outro negativo. O duelo é fundamental para que as equipes não se distanciem dos adversários do topo da tabela, que venceram seus três primeiros jogos na competição: Itambé/Minas, Dentil/Praia Clube, Osasco/Audax e Sesc-RJ.

“A Superliga é longa, e cada jogo é matar um leão. Não podemos nos abalar por um jogo que já foi, vamos focar no próximo e dar o nosso melhor em quadra. O objetivo é se concentrar e buscar a vitória. Contamos com a nossa torcida para agitar o Ginásio Panela de Pressão”, comentou Dani Lins.

Do outro lado da quadra, a levantadora Juma garante que sua equipe não deixou a vitória no Estadual “subir à cabeça”: “Esperamos um jogo mais difícil do que na semifinal do Paulista. O Sesi Vôlei Bauru é uma equipe forte e experiente. Elas devem estar estudando muito o nosso time. Espero que nosso grupo consiga fazer um grande jogo, independentemente do resultado final”.

O duelo entre Sesi e Barueri será transmitido em TV aberta, pela TV Cultura.

Siga o Voleicast no Instagram: @voleicast

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Sesc saca melhor, bate Barueri fora de casa e mantém 100% na Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/19/sesc-saca-melhor-bate-barueri-fora-de-casa-e-mantem-100-na-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/19/sesc-saca-melhor-bate-barueri-fora-de-casa-e-mantem-100-na-superliga/#respond Wed, 20 Nov 2019 02:12:44 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19104

Time carioca venceu a equipe sensação deste início de temporada (Foto: Marcio Mercante)

Um duelo de campeões estaduais movimentou a Superliga feminina 2019/2020 nesta terça-feira (19), colocando frente a frente os dois mais prestigiados treinadores brasileiros. O surpreendente São Paulo Barueri, de José Roberto Guimarães, recebeu o multicampeão Sesc RJ, de Bernardinho, em confronto válido pela terceira rodada da competição.

Até então com 100% de aproveitamento no torneio, os times corresponderam às expectativas e fizeram um bom jogo no ginásio José Corrêa – obviamente, dentro das possibilidades deste começo de temporada, quando as equipes ainda oscilam e buscam o melhor entrosamento. E com um desempenho mais consistente principalmente no saque, a equipe visitante acabou levando a melhor, batendo as donas da casa em sets diretos, com parciais de 24-26, 23-25 e 22-25. Foi o terceiro triunfo consecutivo do time carioca na competição.

Em um confronto bastante tenso e marcado por discussões com a arbitragem, a recepção foi o maior problema do time de Zé Roberto. Castigada pelo bom saque visitante, a linha de passe paulista sofreu muito e praticamente não conseguiu entregar as bolas nas mãos da levantadora Juma que, pressionada, não fez uma distribuição equânime do jogo.

Apesar disso e dos erros de saque, o campeão paulista, correndo atrás do placar até a metade do set, reagiu e manteve o equilíbrio até o final contando especialmente coma  eficiência na virada de bola pelas extremidades, sobretudo com a oposta Lorenne. As falhas no sideout e de combinação da armadora Fabíola com suas atacantes também colaboraram para que o adversário permanecesse vivo na parcial.

E mais:

América Vôlei “engrossa” lista de problemas da Superliga masculina

Ouça no Voleicast #13: quem são os favoritos ao título da Superliga feminina 2019/2020?

Ouça no Voleicast #11: Bernardinho e Zé Roberto não são amigos. E daí?

Em ritmo acelerado e com a mesma estratégia de saque, o Sesc abriu rapidamente 9 a 3 no segundo set. Desestabilizado em quadra, o inexperiente time da casa cometeu vários erros bobos – inclusive, na parte final da parcial -, o que favoreceu o crescimento da equipe carioca.

As donas da casa ainda esboçaram nova reação nesta etapa, mas a consistência no ataque e o volume de jogo das adversárias fizeram a diferença. Destaque para a oposta Tandara, que voltou a jogar após um problema abdominal. Mesmo longe de sua melhor forma, a jogadora cresceu e foi a bola de segurança da levantadora Fabíola a partir de então. Ao contrário do oposta de Barueri que, depois de um primeiro set inspirado, passou a ser bem marcada pelo bloqueio carioca e perdeu a efetividade no sideout.

Tentando não permitir que o experiente adversário deslanchasse no marcador, a equipe de Barueri voltou a abusar das falhas no saque, no ataque e no sistema defensivo na última parcial. Com isso, o Sesc, com o ótimo rendimento no sideout de Tandara e da central Juciely (maiores pontuadoras do jogo com 19 e 14 acertos, respectivamente), não precisou se esforçar tanto para vencer o jogo e manter a invencibilidade na Superliga.

Siga o Voleicast no Instagram: @voleicast

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Em duelo histórico, São Paulo bate Osasco e ganha inédito título paulista http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/09/em-duelo-historico-sao-paulo-bate-osasco-e-ganha-inedito-titulo-paulista/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/09/em-duelo-historico-sao-paulo-bate-osasco-e-ganha-inedito-titulo-paulista/#respond Sat, 09 Nov 2019 03:04:21 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19026

Equipe do São Paulo conquistou título inédito (Fotos: Rubiens Chiri/São Paulo FC)

Foi um jogo digno de uma grande final. Em uma batalha duríssima travada no ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), o São Paulo Barueri, jovem equipe comandada por José Roberto Guimarães – técnico da seleção brasileira feminina de vôlei -, fez história e bateu o rival em casa, em uma virada espetacular, conquistando o título do Campeonato Paulista pela primeira vez.

A equipe já havia demonstrado seu enorme potencial na competição ao vencer o até então favorito (e campeão) Sesi Bauru, em Bauru, em uma semifinal arrepiante. Não satisfeito, o time de Zé Roberto desafiou e derrotou em sets diretos mais um “grande”, o tradicional Osasco Audax, no jogo de ida da final, disputado em Barueri, na última quarta-feira (6). Acreditando que seria possível, o time voltou a vencer o adversário com autoridade, garantindo o troféu inédito. O placar foi de 3 a 2, com parciais de 25-22, 25-20, 24-26, 22-25 e 11-15.

Em um primeiro set já emocionante e disputado ponto a ponto, a inexperiente equipe do São Paulo não demonstrou o esperado nervosismo diante da barulhenta e apaixonada torcida de Osasco. O tricolor paulista jogou de igual para igual com o adversário, apresentando um bom volume de jogo e uma recepção bastante estável.

E mais:

Voleicast #12: o equilíbrio de forças na Superliga masculina 2019/2020

Fabi: “Ser comentarista é como ser atleta. É preciso treinar”

O time de Luizomar de Moura, por outro lado, cometeu muitos erros – 11 no total contra 6 do rival -, mas acabou largando na frente no confronto se valendo da eficiência no bloqueio, que tocou em várias bolas, e da cubana Casanova, jogadora que foi o desafogo da levantadora Roberta na saída de rede ao anotar 8 pontos somente nesta parcial.

O bloqueio osasquense continuou perturbando o time de Zé Roberto na sequência da partida. Com muitas dificuldades na virada de bola, especialmente pela entrada de rede com Tainara e Maira, a equipe visitante também caiu no aproveitamento dos contra-ataques e se perdeu completamente na metade do segundo set, deixando o oponente abrir 17 a 7, a maior vantagem construída até então no jogo.

Apesar do atropelamento na segunda parcial, cabe ressaltar o trabalho realizado pelo sistema defensivo de Barueri, que subiu bolas importantes principalmente com a promissora líbero Nyeme. As comandadas de Zé Roberto ainda ensaiaram uma reação no set, sobretudo através da variação do saque e das boas combinações da armadora Juma com a meio de rede Mayany. Contudo, Osasco não deu chance ao azar e ampliou a vantagem com um erro da ponteira Maira.

Depois de ter sido dominado pelo oponente no set anterior, o São Paulo retornou melhor para o jogo. Desestabilizando a linha de recepção da equipe mandante com um saque acelerado – vale o destaque para a passagem da levantadora Juma pelo serviço –, o time cresceu no sideout e colocou uma diferença de 6 pontos na terceira parcial (12 a 6). O bloqueio tricolor, até então praticamente desaparecido na partida, também passou a funcionar a contento.

Tricolor paulista fez um grande jogo coletivo

O caldeirão do Liberatti, entretanto, voltou a ferver quando as donas da casa se recuperaram e empataram o jogo em 16 a 16. Com excelentes ralis, a parcial seguiu parelha até o fim. O São Paulo, no entanto, estabelecendo boa relação entre o bloqueio, em crescimento, e a defesa, acabou fazendo 2 a 1 no confronto.

Com personalidade, o jovem time do São Paulo não perdeu o foco na etapa subsequente. Enquanto o saque de Osasco teve uma queda significativa, o adversário passou a fazer pressão no fundamento, atrapalhando a distribuição da levantadora Pri Heldes, que substituiu Roberta. O ataque também se sobressaiu principalmente com a oposta Lorenne, que, assim como a colega Casanova, fez excelente partida, virando bolas difíceis. E foi justamente com um ataque de sua principal atacante na saída de rede que Barueri deixou tudo igual no placar.

Em um tie-break de tirar o fôlego, o São Paulo sacramentou a virada contando com o brilho de Lorenne. Assumindo a responsabilidade no ataque em momentos delicados da parcial, a jogadora, muito bem acionada pela armadora Juma, que também fez um ótimo jogo, se agigantou e praticamente decidiu a partida a favor de Barueri. Assim, com uma excepcional atuação coletiva, a equipe derrubou Osasco, evitando a conquista do 15o estadual da equipe.

Siga o Voleicast no Instagram: @voleicast

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
São Paulo e Barueri firmam parceria no vôlei para a disputa da Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/19/sao-paulo-e-barueri-firmam-parceria-no-volei-para-a-disputa-da-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/19/sao-paulo-e-barueri-firmam-parceria-no-volei-para-a-disputa-da-superliga/#respond Sat, 20 Jul 2019 00:54:23 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17742

Leco, presidente do São Paulo, ao lado de José Roberto no evento desta sexta-feira (19) (Fotos: Rubens Chiri/São Paulo Futebol Clube)

A temporada 2019/2020 terá mais um clube de futebol associado a um projeto de vôlei. Nesta sexta-feira (19), o São Paulo Futebol Clube anunciou a parceria com o Barueri, equipe liderada por José Roberto Guimarães, para o Campeonato Paulista e a Superliga.

A mais importante competição nacional, que já conta com o tradicional e multicampeão Sada Cruzeiro, ainda terá a presença de América-MG (em parceria com Montes Claros) e Botafogo no naipe masculino. Fluminense, Flamengo e São Paulo/Barueri estarão na disputa no feminino.

No evento realizado no Estádio do Morumbi, na capital paulista, o são-paulino Zé Roberto falou sobre as ambições da equipe que terminou a Superliga passada na sexta colocação e perdeu diversas atletas na última janela de mercado, entre elas a central Thaisa, que retornou ao campeão Itambé Minas, a levantadora Dani Lins, reforço do Sesi Bauru, e a ponta Amanda, que voltou para o Sesc-RJ.

Leia mais:

Seleção feminina Sub-20 é eliminada do Campeonato Mundial

Como as principais equipes femininas estão montando seus elencos para a próxima temporada?

Por que a seleção feminina tem acumulado tantos pedidos de dispensa?

“É um time jovem, mas que vai lutar muito para dar alegrias ao nosso torcedor. Nós temos três jogadoras da seleção principal, mas também três da sub-20 e três da sub-18. São algumas dessas meninas que veremos nas Olimpíadas de 2024 e 2028. Queremos alçar voos mais altos e contamos com a torcida nos incentivando sempre. É uma equipe jovem, mas que dará trabalho”, destacou o treinador, que também comanda a seleção brasileira feminina de vôlei.

O plantel será composto por Juma, Thayane e Jacke (levantadoras), Tainara, Maira, Moana e Carol (ponteiras), Jheovana (ponteira/oposta), Lorenne (oposta), Mayany, Lays, Diana e Larissa (centrais) e Nyeme (líbero).

Equipe disputará o Campeonato Paulista e a Superliga feminina na temporada 2019/2020

Segundo Carlos Augusto de Barros Silva, o Leco, presidente do São Paulo, o clube busca se afirmar como um polo esportivo.

“Essa parceria nasce de uma conversa minha com o Zé Roberto há mais de um ano. Ele desenvolveu ideias que iam de encontro à filosofia do clube. Já temos um time de futebol feminino e um de basquete masculino. Queremos mobilizar nossos torcedores como fizemos na Liga Ouro, onde tivemos mais de três mil pessoas empurrando o time na final”, avaliou.

Com Zé Roberto, a equipe do Barueri iniciou suas atividades em 2016. O time levantou o troféu da Superliga B em 2017, conquistando a vaga na elite do vôlei, e foi vice-campeão paulista em 2018. Além disso, terminou na quarta e na sexta posições nas últimas temporadas do principal torneio nacional.

Ouça o Voleicast, podcast de vôlei do Saída de Rede

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Dicas de Dani Lins e condição de titular na Superliga empolgam Roberta no retorno à seleção http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/26/dicas-de-dani-lins-e-condicao-de-titular-na-superliga-empolgam-roberta-no-retorno-a-selecao/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/26/dicas-de-dani-lins-e-condicao-de-titular-na-superliga-empolgam-roberta-no-retorno-a-selecao/#respond Fri, 26 May 2017 18:00:37 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7359

No ano passado, Roberta Ratzke foi campeã do GP, mas foi cortada antes da Rio 2016 (foto: CBV)

A primeira passagem da curitibana Roberta Ratzke pela seleção brasileira principal, no ano passado, teve um gosto amargo. É que a levantadora do Rexona-Sesc sabia desde a convocação que havia grandes chances de ter que ceder o lugar para Fabíola, que deu à luz menos de três meses antes da abertura da Rio 2016. Ainda pôde participar da campanha vitoriosa no Grand Prix, como reserva de Dani Lins, mas não sentiu o sabor de disputar uma Olimpíada. Agora é diferente. Na luta a partir do começo deste ciclo, Roberta, 27 anos, 1,85m, quer entrar para valer na corrida por um lugar na equipe rumo a Tóquio 2020.

Siga @saidaderede no Twitter
Curta o Saída de Rede no Facebook

“Minha busca agora é poder ver o máximo de anos possíveis o meu nome na lista de convocadas. Vou me entregar novamente, igual ao que fiz no ano passado. Mas este ano eu volto como uma atleta diferente. É que sendo titular (no Rexona-Sesc) eu pude jogar mais, tive mais experiência. Conversei com a Dani Lins também, ela me passou bastante coisa, está super na torcida”, contou Roberta ao Saída de Rede.

Embora esteja no time de Bernardinho desde 2010, Roberta Ratzke só conseguiu a titularidade na reta final da Superliga 2015/2016, substituindo a levantadora americana Courtney Thompson durante a série semifinal. Na edição 2016/2017, teve a chance de ser titular do Rexona-Sesc desde o início do torneio.

A jogadora admite que ficou aflita com a espera pela convocação. “Estava ansiosa porque no ano passado ela saiu um dia depois da final da Superliga e este ano a gente teve que esperar mais um pouquinho, por causa do Mundial de Clubes, então o coração ficou apertado. Mas no final fiquei muito feliz em ver meu nome e estar mais um ano presente”.

Roberta conquistou em abril mais um título de Superliga com o Rexona-Sesc (Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Depois do título na Superliga (o sexto dela, todos com a equipe carioca) e do vice-campeonato no Mundial de Clubes realizado no Japão, Roberta Ratzke, que seguirá no agora Sesc RJ, se apresentou à seleção, que está concentrada em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. Juntou-se ao grupo no último domingo (21). “Sobrou pouco tempo para descansar, mas é uma honra poder vestir a camisa do Brasil novamente”, afirmou.

Ela foi convocada por Zé Roberto para o Montreux Volley Masters, torneio anual disputado na Suíça, que será realizado de 6 a 11 de junho, e também, como era esperado, está na lista ampla para o Grand Prix 2017, de 7 de julho a 6 de agosto. Na primeira competição, vai se revezar com Naiane, que jogava pelo Camponesa/Minas e irá para o Hinode/Barueri na próxima temporada de clubes. No GP, as duas ganham a companhia das levantadoras Juma, que renovou com o Bauru Vôlei, e Macris, que deixou o Brasília Vôlei e jogará pelo Minas.

Titular da seleção a maior parte desta década, Dani Lins, que ainda não definiu sua situação com o Vôlei Nestlé, tem planos de engravidar este ano e não foi chamada. Fabíola, reserva no Mundial 2014 e na Rio 2016, sofreu uma lesão no joelho, em abril, durante treino do clube suíço Volero Zurich para os playoffs da Liga dos Campeões da Europa, passou por uma artroscopia e está em recuperação – ela jogará pelo Vôlei Nestlé na próxima temporada.

]]>
0
Convocação de Zé Roberto tem o que deve ser feito em 2017: renovação http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/17/convocacao-da-selecao-feminina-tem-campeas-no-sub-23-e-11-finalistas-da-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/17/convocacao-da-selecao-feminina-tem-campeas-no-sub-23-e-11-finalistas-da-superliga/#respond Wed, 17 May 2017 09:00:59 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7261

Convocação de Zé Roberto privilegiou jogadoras mais jovens (foto: Leandro Martins/MPIX/CBV)

A lista das 24 convocadas pelo técnico José Roberto Guimarães para defender a seleção brasileira no Torneio de Montreux e de inicialmente inscritas no Grand Prix 2017 mostra que o primeiro ano do ciclo olímpico é, de fato, propício a testes. Nomes como Fernanda Garay, Thaisa, Dani Lins ou Jaqueline devem figurar noutras convocações – recordemos, inclusive, que Fabiana e Sheilla já disseram publicamente que não pretendem mais atuar na seleção, mas o treinador já deixou claro que ainda gostaria de contar com as duas. Porém, pensando que oito das 12 jogadoras do time das Olimpíadas do Rio tinham mais de 29 anos de idade, o que se impõe agora é a necessidade de dar rodagem a jogadoras mais jovens.

No plantel atual, apenas Adenizia, Tandara e Natália já têm uma medalha olímpica no currículo – o ouro de Londres 2012. A elas, juntem-se Juciely, Gabi e Léia, que disputaram a Rio 2016, e Carol, bronze junto com todas elas (exceto Juciely) no Mundial da Itália 2014. As sete são as únicas da lista que já participaram de alguma das duas principais competições do voleibol mundial.

Curta o Saída de Rede no Facebook
Siga o @saidaderede no Twitter

É bom frisar que essa lista vai sofrer alguns cortes, especialmente para o Grand Prix. Dito isso, registre-se que apenas quatro das 24 convocadas têm 30 anos de idade ou mais e que metade do elenco nem completou 26 anos ainda. É de se notar, por exemplo, que as levantadoras que conquistaram o mundial sub-23 em 2015 – as paraenses Juma e Naiane – foram convocadas e, junto com elas, outros seis nomes daquela equipe: Rosamaria, Saraelen, Paula Borgo, Valquíria, Gabi Souza e Drussyla.

Convocadas por Zé Roberto, Saraelen, Juma e Rosamaria foram campeãs mundiais no sub-23 (FIVB)

Outro aspecto próprio do período de experimentos é a posição em que algumas das jogadoras atuarão. Em Montreux, Edinara e Fernanda Tomé, de acordo com o anúncio oficial, jogarão na saída de rede, enquanto, no Grand Prix, devem figurar na entrada – nesta temporada, pelo São Cristóvão Saúde/São Caetano, Edinara, que passou boa parte do primeiro turno da Superliga na reserva, jogou mais como oposta e Tomé, ponteira. Já Gabi Souza, embora ponta do Vôlei Nestlé, é uma das três líberos inscritas para o GP.

Uma curiosidade na convocação de Zé Roberto é que, das titulares do time campeão brasileiro há algumas semanas, apenas a líbero Fabi – que não defende a seleção desde 2013 – não foi chamada: embora nenhuma jogadora do Rexona-Sesc esteja na seleção da Superliga (a CBV considera apenas as estatísticas para montar seu time ideal), o clube carioca foi o que mais jogadoras cedeu à equipe nacional, com seis atletas – uma a mais que o Osasco, o que contabiliza 11 finalistas da Superliga 2016/2017.

Dentre as jogadoras do Rio, ressaltem-se a oposta Monique, que ano passado alegou motivos pessoais para pedir dispensa da seleção às portas do Grand Prix, e a ponta Drussyla, que assumiu a titularidade da equipe comandada por Bernardinho na reta final da temporada e terminou como um dos destaques do time. Além delas, a levantadora Roberta, que enfim disputou uma Superliga completa como titular do Rexona, ganhou mais uma chance para se firmar na seleção: campeã do GP como reserva de Dani Lins, ela deu lugar a Fabíola no time olímpico.

Fora da “seleção” da Superliga, sexteto do Rexona está na seleção de Zé Roberto (Inovafoto/CBV)

Será também uma boa oportunidade para a atacante Rosamaria, do Camponesa/Minas, deslocada da saída para a entrada de rede, a levantadora Macris, a ponteira Amanda e a central Bia mostrarem na seleção o bom voleibol que apresentaram na Superliga.

Outra curiosidade na lista é que a central Saraelen e a oposta Paula Borgo perderam espaço no time titular do Vôlei Nestlé, respectivamente, para Nati Martins e Ana Bjelica, e ainda assim foram convocadas. O mesmo vale para Gabi, que passou mais tempo na reserva de Malesevic do que em quadra, mas, como já dito, com a ressalva de haver sido chamada para jogar de líbero.

Zé Roberto convida Fofão para integrar comissão técnica da seleção feminina

As três atletas que atuam o exterior, por sua vez, tiveram uma temporada muito boa. Na liga italiana, a líbero Suelen foi titular do Bergamo, quarta melhor campanha da fase classificatória, enquanto a meio de rede Adenízia, pelo Scandicci, foi a central que mais fez pontos na competição – tanto no geral, quanto de bloqueio. Na Turquia, a ponteira Natália foi campeã pelo Fenerbahçe da copa e da liga locais, sendo, inclusive, premiada como a melhor jogadora das finais do campeonato nacional.

O torneio de Montreux será disputado entre os dias 6 e 11 de junho. O Brasil está no grupo B, ao lado da Alemanha, da Tailândia e da Polônia, contra quem estreia Já no Grand Prix, que começa dia 7 de julho e vai até 6 de agosto, a caminhada brasileira começa em Ancara, na Turquia, diante da Bélgica. Antes, nos dias 30 de maio e 1º de junho, a seleção encara a Rep. Dominicana em amistosos, respectivamente, em Manaus e Belém.

]]>
0
Rosamaria renova com Minas e Macris é disputada no mercado http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/18/rosamaria-renova-com-minas-e-macris-e-disputada-no-mercado/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/18/rosamaria-renova-com-minas-e-macris-e-disputada-no-mercado/#respond Tue, 18 Apr 2017 17:00:49 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6556

Rosamaria aparece como terceira maior pontuadora da Superliga (foto: Orlando Bento/MTC)

Uma das grandes promessas do voleibol brasileiro, a ponteira Rosamaria Montibeller, 23 anos, 1,85m, renovou com o Camponesa/Minas e vai defender o clube na próxima temporada. Quem também decidiu ficar onde estava é a levantadora Juma Fernandes, 24 anos, 1,83m, que permanecerá no Genter Bauru Vôlei. Já um dos nomes de maior destaque nesta e nas três edições anteriores da Superliga, a levantadora Macris Carneiro, 28 anos, 1,78m, é prioridade para sua atual equipe, Terracap/BRB/Brasília Vôlei, e está no radar de outros três times: Hinode/Barueri, Fluminense e Vôlei Nestlé.

Siga @saidaderede no Twitter
Curta o Saída de Rede no Facebook

Rosamaria
Encerrada a semifinal da Superliga 2016/2017, a ponteira do Minas, eliminado pelo Rexona-Sesc apenas no quinto e último jogo da série, é a terceira maior pontuadora do torneio, com 403 pontos, somente atrás e bem próxima da líder Tandara, do Vôlei Nestlé, que soma 408, e da colega de equipe Destinee Hooker, 404. No início da competição, Rosamaria fazia saída de rede, mas com a chegada da oposta americana Hooker, ainda no primeiro turno, foi deslocada para a entrada, uma antiga recomendação do técnico da seleção brasileira, José Roberto Guimarães, endossada por seu técnico no Minas, Paulo Coco – assistente de Zé Roberto no selecionado nacional.

Juma seguirá no Bauru (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Juma
A levantadora Juma Fernandes jogou pelo Genter Vôlei Bauru na atual temporada, vinda do Pinheiros. Campeã mundial sub23 com a seleção brasileira em 2015, na Turquia, ela foi escolhida a melhor levantadora e também MVP do torneio. Embora tenha oscilado ao longo da Superliga 2016/2017, Juma é tida como uma das revelações na posição e recebeu elogios, além do seu próprio técnico, Marcos Kwiek, de nomes como Bernardinho e Paulo Coco.

Destaque no Brasília, Macris interessa a outros três clubes (CBV)

Macris
Melhor levantadora das três últimas edições do torneio e líder nas estatísticas do fundamento faltando apenas a final da temporada, Macris tem um jogo caracterizado pela ousadia. O leitor talvez se pergunte se a estatística reflete de fato o nível de um armador. Não, pois há limitações, inclusive um grande levantamento pode ser desconsiderado se o atacante não vira a bola, por exemplo. A estatística, da forma como é aplicada no campeonato, também não observa a distribuição. Porém Macris, apontada por Bernardinho como uma levantadora “que taticamente joga muito” e que “é diferente”, também já arrancou elogios de Zé Roberto.

Praia Clube quer Destinee Hooker para a próxima temporada
Erros de arbitragem mancham Superliga. O que pode mudar?

O Brasília Vôlei quer mantê-la, mas vivendo um dos melhores momentos de sua carreira, ela, que encerrou sua segunda temporada no time do Planalto Central, também interessa a outros três times. O Fluminense quer se reforçar para a Superliga 2017/2018 e pensa em Macris. O Hinode/Barueri, que sob o comando de Zé Roberto venceu a Superliga B, está de olho nela. Outro que sondou a levantadora foi o Vôlei Nestlé. Se Dani Lins decidir mesmo dar um tempo no voleibol para engravidar, Macris seria uma opção para a equipe de Osasco.

]]>
0
Bernardinho: “Time nasceu competitivo e seguirá sendo por outros 20 anos” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/15/bernardinho-time-nasceu-competitivo-e-seguira-sendo-por-outros-20-anos/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/15/bernardinho-time-nasceu-competitivo-e-seguira-sendo-por-outros-20-anos/#respond Wed, 15 Mar 2017 09:00:34 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5684

“Foram 20 anos incríveis, quem vai tocar o processo agora é o Sesc” (foto: Divulgação)

O momento parecia de turbulência com a saída do patrocinador Unilever, parceiro desde 1997, mas Bernardo Rezende garante que a equipe de vôlei feminino sob seu comando segue firme. “O time vai continuar sendo competitivo. Nasceu competitivo e seguirá sendo por outros 20 anos. Não há nenhuma descontinuidade, é um processo ajustado e quem vai tocar agora é o Sesc”, disse o técnico multicampeão ao Saída de Rede.

Esta é a primeira parte de uma entrevista que o treinador concedeu ao SdR. Nesta o foco é o voleibol feminino. Além da transição no Rexona-Sesc, equipe que conquistou a Superliga 11 vezes e que encerrou a fase classificatória da atual edição na liderança, com 10 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, Bernardinho fala sobre a dificuldade de enfrentar “seleções” no Mundial de Clubes, relembra que o arquirrival Osasco (atual Vôlei Nestlé) venceu a competição tendo “uma verdadeira seleção” e que depois perdeu a final da Superliga para o Rexona.

Curta o Saída de Rede no Facebook
Siga @saidaderede no Twitter

Ele aponta o Camponesa/Minas, liderado pela oposta americana Destinee Hooker e pela ponteira Jaqueline Carvalho, como favorito na Superliga e alega que vencê-lo três vezes numa eventual semifinal é uma tarefa complicada.

Fala de talentos do voleibol brasileiro, como a central Bia, as pontas Rosamaria, Gabi e Tandara, as opostas Lorenne e Paula Borgo, além das levantadoras Roberta, Naiane, Juma e Macris.

Antônio Carlos Moreno: conheça o primeiro ídolo do voleibol brasileiro
Seleção masculina perde mais uma peça-chave após saída de Bernardinho

Sobre a estrangeira de sua equipe, a ponta holandesa Anne Buijs, Bernardinho afirma que “aos poucos ela está começando a mostrar mais consistência na atuação de alto nível”.

Confira a primeira parte da entrevista que Bernardo Rezende nos concedeu:

Saída de Rede – Como fica a equipe com a saída da Unilever após 20 anos de parceria?
Bernardinho – O time vai continuar sendo competitivo. Nasceu competitivo e seguirá sendo por outros 20 anos. Foram 20 anos incríveis e não há nenhuma descontinuidade, é um processo ajustado, combinado, de prosseguimento e quem vai tocar o processo agora é o Sesc. Esse processo foi conduzido por nós, junto com o Sesc, nessa transição. A Unilever jamais nos abandonou, muito pelo contrário, sempre foi uma parceira orientadora, muito preocupada com a consistência do projeto, tanto na parte competitiva quanto nas frentes sociais.

O técnico durante Mundial de Clubes 2016, nas Filipinas (foto: FIVB)

Saída de Rede – O Rexona vai para o Mundial de Clubes em maio, no Japão. Diante dessa situação, de transição, o time já havia se programado para contratar algum reforço?
Bernardinho – Nós não temos nenhuma verba neste momento para poder buscar alguém. E também não seria justo chegar num momento como esse e sacar uma jogadora para, de repente, colocar outra. Seria muito bacana poder reforçar, tentar trazer alguém que nos desse uma condição a mais. Osasco, quando foi ao Mundial, tinha uma verdadeira seleção.

Sobre o arquirrival Osasco e seu título mundial: “Tinha uma verdadeira seleção” (foto: FIVB)

Saída de Rede – Você fala da edição de 2012, quando Osasco ganhou?
Bernardinho – Exatamente… E depois nós ganhamos delas na final aqui (na Superliga). (Osasco) Era uma seleção com das quatro titulares: Garay, Jaqueline, Thaisa e Sheilla. Tinha ainda duas reservas imediatas da seleção: Fabíola e Adenízia. O time chegou ao Mundial em condições de brigar. Hoje, as equipes turcas são verdadeiras seleções do mundo. Eczacibasi, por exemplo, o VakifBank, o Fenerbahce… Esses times são all-star, com jogadoras de várias seleções do mundo, se torna mais difícil vencê-los. No último Mundial a gente estava meio despreparado e perdeu duas vezes por 3-2, pro Eczacibasi e pro Casalmaggiore, campeão europeu. Esses dois foram os finalistas. Então faltou pouco. Quem sabe a gente não consiga depois da Superliga, mais preparado, um pouco mais? (Nota do SdR: o Rexona-Sesc terminou o Mundial 2016 na quinta colocação.)

Saída de Rede – O fato de o torneio agora ser no fim da temporada de clubes, pouco depois do encerramento da Superliga, ajuda o time? Embora esses adversários também estejam com bom ritmo.
Bernardinho – Para nós, que não temos a quantidade de talentos individuais a nível mundial que esses times têm, a questão do sistema funcionar é a única chance que a gente tem. Não dá para brigar na individualidade. Sob esse ponto de vista, a consistência de uma temporada talvez nos dê uma possibilidade a mais. Claro que esses grandes times continuam sendo os favoritos, mas talvez a gente tenha uma pequena condição a mais.

Bernardinho orienta o time durante partida da Superliga (foto: Alexandre Arruda/Divulgação)

Saída de Rede – Falando agora de Superliga, as outras equipes no top 4, Minas cresceu no segundo turno, Praia Clube caiu um pouco ao longo da competição e Osasco está se ajustando. Desses três adversários, qual seria o mais perigoso?
Bernardinho – O Minas com certeza é o mais perigoso. Na minha opinião, o Minas se tornou o favorito.

Saída de Rede – Por quê?
Bernardinho – Uma coisa é ter o Minas sem uma Hooker e sem uma Jaqueline. A Hooker é uma das grandes opostas do mundo. Veja bem, não falo só da Superliga, falo do mundo, e ela ataca como poucas. A Jaqueline é completa, arma o time de uma maneira… Que jogadora tem condições de passar como ela passa, arrumar o time, defender, fazer o jogo como ela faz? Aí você tem Rosamaria, Carol Gattaz fazendo excelente temporada, a Naiane… Pelas jogadoras que tem hoje, o Minas se tornou favorito na Superliga.

Saída de Rede – Enfrentá-las numa melhor de cinco jogos em uma possível semifinal facilita para vocês, não? Afinal, ganhar três vezes do Rexona…
Bernardinho – (Interrompendo) É, mas ganhar três vezes desse Minas aí é tão complicado quanto ganhar três vezes do Rexona.

Saída de Rede – Se você diz… E quanto ao Praia e ao Osasco?
Bernardinho – Acho que o Praia vive um momento de insegurança emocional, mas é um time com muito potencial. Na final, no ano passado, por muito pouco a coisa não fugiu da gente. Foi uma final muito dura. E Osasco é sempre Osasco, uma equipe de tradição, que vai chegar, mudou um pouco a forma de jogar: no último ano tinha mais força no meio, a cubana na ponta, agora tem a Tandara, duas estrangeiras, com muita força ali. A Bia tem jogado em altíssimo nível.

A central Bia, do Vôlei Nestlé, foi bastante elogiada por Bernardinho (foto: João Pires/Fotojump)

Saída de Rede – Você acha que a Bia subiu muito de produção em relação ao ano anterior?
Bernardinho – Ela já tinha jogado muito bem no Sesi com a Dani Lins. O fato de ter uma grande levantadora do lado dela, e ela sempre foi uma grande bloqueadora, deu uma condição… Me lembro que ganhamos grandes competições com a Dani e as centrais eram a Valeskinha e a Juciely, que são mais baixas, e a Dani as fazia jogar, mesmo sendo jogadoras fisicamente menos capazes de jogar com atletas grandes. A Dani faz isso muito bem e a Bia está se beneficiando disso. Para o voleibol é muito importante ter uma jogadora como ela, que naturalmente já é uma grande bloqueadora. É um belo trabalho feito lá e ter a Dani por perto dá uma condição ainda melhor.

“Natália foi uma jogadora fundamental” (foto: FIVB)

Saída de Rede – O Rexona sempre teve muito volume de jogo e você procura fazer o time jogar de forma acelerada na virada de bola e no contra-ataque. No ano passado, quando o passe não saía, era bola para a Natália, que descia o braço. Como está isso hoje? Conversando outro dia com o Anderson Rodrigues (técnico do Brasília Vôlei), ele dizia que o Rexona está bem, porém errando mais do que no ano passado. Você também acha isso? O que está faltando para o time?
Bernardinho – É exatamente isso. O Anderson enxerga um pouco com os meus olhos, até por termos convivido tanto tempo. Nós ainda não temos a consistência… Olha, a Natália foi uma jogadora fundamental nos últimos dois anos, dava um equilíbrio muito grande, pra gente se permitir ter um passe pior às vezes. Era uma jogadora que resolvia, ela foi excepcional. Não tê-la este ano requer um time que cometa menos erros, que desperdice menos, mas ainda estamos em busca disso, dessa consistência maior. Nos momentos importantes estamos tendo boas atuações, mas o time ainda oscila. A Anne (Buijs) tem altos e baixos, mas teve momentos muito bons, como na Copa Brasil, a final do Sul-Americano, mas não posso atribuir a ela a responsabilidade que a Natália já tinha condições de assumir. Eu tenho que ter também a calma de fazer com que ela tenha a tranquilidade de jogar sem um excesso de peso sobre ela. Quem está assumindo uma responsabilidade maior é a Gabi, o que é muito bom para ela, para o amadurecimento.

Saída de Rede – Mas ela não tem característica de força, tem outro perfil, não dá para comparar com a Natália.
Bernardinho – Não, mas você pode jogar de outra maneira. A ideia é um pouco essa, que ela jogue de uma forma com mais velocidade, para que ela consiga criar situações de dificuldades para o outro time.

O treinador orienta Anne Buijs: “Está começando a mostrar mais consistência” (foto: Marcelo Piu/Divulgação)

Saída de Rede – Quando a Brankica Mihajlovic (ponta sérvia, vice-campeã na Rio 2016), que tem um perfil parecido com o da Anne, com deficiências no passe e no fundo de quadra, jogou aqui, ela deslanchou a partir das quartas de final. Você está preparando a Anne para crescer na reta final?
Bernardinho – Aos poucos ela está começando a mostrar mais consistência na atuação de alto nível. É o que a gente espera dela: crescer fisicamente e conseguir lidar com uma situação de pressão que a Superliga exige o tempo todo.

Saída de Rede – Atualmente, no cenário internacional, temos a impressão de que existe uma carência de ponteiras passadoras. Você diria que o vôlei no Brasil reflete isso também?
Bernardinho – A Gabi é uma jovem ponteira excepcional. A Natália tem pouco tempo nessa função… Então, nós temos duas ponteiras. São pontas que às vezes não são tão boas passadoras, como a Tandara também não é, mas que você pode compor. Veja, a Sérvia jogou a Olimpíada com a Brankica na ponta, a Tandara não é pior passadora do que ela. Você tem como compor e o Zé Roberto vai saber montar isso. No Brasil há um pouco dessa carência, não só no feminino também há no masculino, mas eu diria que não estamos tão mal posicionados neste sentido. Temos algumas jogadoras interessantes para surgir, como a Rosamaria.

Saída de Rede – Nós conversamos com ela, que admitiu que não dava para ser oposta em nível internacional, até por sua altura (1,85m), mas sim ponteira. Ela pensou exatamente nisso.
Bernardinho – Ela pensou e os treinadores dela também. Na minha opinião é uma solução excepcional, ela tem plenas condições de jogar nessa posição.

Ele diz que Macris “taticamente joga muito” (foto: CBV)

Saída de Rede – Que outros destaques você vê entre as jogadoras mais jovens aqui no Brasil?
Bernardinho – Levantadoras você tem a Roberta, a Naiane, a Juma, que são jovens e boas jogadoras. A Macris é uma atleta que taticamente joga muito, ela é diferente e entra nesse rol. A Dani Lins continua sendo a principal e melhor jogadora da posição. Mas temos um leque de jogadoras interessantes para trabalhar, com boa estatura. Olhando pro futuro, eu vejo boas levantadoras. Sobre opostas, não sei se a ideia é a Tandara jogar um pouco ali, a Natália jogar eventualmente, mas eu tinha uma crença muito grande em uma menina que é a Paula Borgo, que fez duas boas temporadas e este ano está jogando menos. Claro que isso é momentâneo e é uma jogadora que tem potencial. Não temos uma quantidade grande, talvez seja o caso de pensarmos em uma estrutura um pouco híbrida.

Saída de Rede – E a Lorenne, sua jogadora até a temporada passada, foi ideia sua ela ir para o Sesi, sob o comando do Juba, que tinha sido seu assistente, para ela jogar mais?
Bernardinho – Sim, ela tinha que sair pra jogar.

“Lorenne talvez necessite mais tempo” (foto: Sesi)

Saída de Rede – Está muito verde ainda para se pensar em seleção principal?
Bernardinho – Ela está galgando, agora já joga a Superliga, tem potencial. Lorenne talvez necessite um pouco mais de tempo, assim como a Paula Borgo. Elas precisam passar por um processo de amadurecimento internacional para poder jogar.

Saída de Rede – A Lorenne joga de uma forma diferente do que historicamente as nossas opostas fazem, mais lenta, porém com mais alcance e com mais potência. Como você vê isso?
Bernardinho – É, ela vai mais alto, pega uma bola mais lenta. Temos que ver, pois a forma de jogar do Brasil não é muito esta e, lá fora, jogar com uma bola tão lenta talvez não seja o mais recomendável. Mas é uma jogadora de potencial, tem que ser trabalhada para ter condição de jogar internacionalmente. É preciso testá-la lá fora. Já jogou Mundial sub23, ou seja, está começando a ganhar essa experiência.

]]>
0