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Nas finais do circuito mundial, festa dos campeões olímpicos da praia

João Batista Junior

21/09/2016 06h00

Alison e Bruno repetiram em Toronto o resultado da Rio 2016 (fotos: FIVB)

Alison e Bruno repetiram em Toronto o resultado da Rio 2016 (fotos: FIVB)

O World Tour Finals, no último fim de semana, em Toronto (Canadá), premiou as melhores parcerias do mundo em cada naipe, rendendo título às mesmas duplas campeãs na Rio 2016.

Alison e Bruno Schmidt não foram os líderes do ranking mundial (posição que coube a Samoilovs e Smedins, da Letônia). Numa temporada marcada por muito equilíbrio e 13 duplas conquistando o titulo de alguma etapa no circuito masculino, eles venceram o Open de Vitória (ES), em março, e o Major de Porec (Croácia), em julho, e estão, pelo ranking FIVB atualizado em 12 de setembro passado, na 13ª posição.

É necessário lembrar, porém, que a temporada 2015 de Alison e Bruno foi arrasadora e que, em 2016, quando participaram de apenas oito das 22 etapas do circuito, a preparação foi toda voltada às Olimpíadas – o que deu certo, diga-se de passagem. O fato é que a dupla vai chegar ao ciclo olímpico para Tóquio 2020 credenciada com o ouro no Rio, um título mundial na Holanda e dois troféus de World Tour Finals no currículo (eles venceram também a edição do ano passado), dando mostra de que esse é o time a ser batido.

Digna de nota, também, a participação de Evandro e Pedro Solberg no Canadá. Depois da fraca campanha olímpica – eliminação nas oitavas de final, com três derrotas em quatro partidas –, eles se recuperaram de um mau começo no World Tour Finals: saltaram de dois reveses nos dois primeiros jogos para o vice-campeonato, perdendo para os compatriotas na final em duplo 21-19. Ressalte-se que a parceria chegou a Toronto depois de conquistar o título do Grand Slam de Long Beach, no final do mês passado.

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Ludwig e Walkenhorst conquistaram o sexto troféu no ano

Ludwig e Walkenhorst conquistaram o sexto troféu no ano

Recuperação igual à de Pedro e Evandro foi a experimentada por Ludwig e Walkenhorst. Diferentemente da campanha perfeita no Rio, as alemãs foram batidas nos dois primeiros compromissos em Toronto, mas tiveram força para se recuperar: superaram na semifinal a única dupla brasileira no torneio feminino, Larissa/Talita (Ágatha e Bárbara se separaram logo após a prata nos Jogos Olímpicos), e bateram, na decisão, as suíças Heidrich e Zumkehr – esta última, de acordo com o site da FIVB, despediu-se do vôlei de praia profissional, com apenas 31 anos de idade.

Campeã no World Tour Finals, a parceria alemã manteve a ponta no ranking mundial e, com o sexto troféu nesta temporada do circuito, foram também as mulheres que mais vezes subiram ao topo do pódio. O título conquistado no sábado só corroborou com o status alcançado por Ludwig e Walkenhorst no Rio: num momento de grande ascensão do vôlei de praia feminino europeu, elas marcaram território como a dupla mais vitoriosa da história do Velho Continente.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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