Com bom desempenho no ataque, Brasil supera a frágil seleção sul-coreana
Janaína Faustino
05/06/2019 20h03
A seleção brasileira superou as sul-coreanas com facilidade nesta quarta-feira (5) (Foto: Divulgação/FIVB)
Até o momento sem convencer nesta Liga das Nações, a seleção feminina de vôlei entrou em quadra nesta quarta-feira (5), na cidade de Lincoln, nos EUA, mais uma vez necessitando se reabilitar após sofrer o terceiro revés consecutivo para a Alemanha, equipe que vive uma fase ruim no torneio e que, assim como Polônia e República Dominicana – times que também venceram o Brasil nesta competição -, faz parte do segundo escalão no cenário internacional.
O adversário, desta vez, foi a frágil equipe sul-coreana comandada por Stefano Lavarini, talentoso treinador italiano que se sagrou campeão da Superliga com o Itambé Minas nesta temporada. Assim como as brasileiras, as asiáticas também não vivem um bom momento: enquanto o Brasil iniciou a partida ocupando o 7o lugar na tabela com 4 vitórias e 3 derrotas, a Coreia do Sul começou a rodada na 14a posição com apenas 1 triunfo em 7 jogos.
Por isso, as brasileiras não poderiam ter adversário melhor para buscar uma recuperação na competição. E o septeto brasileiro aproveitou a oportunidade, conquistando a sua 5a vitória na Liga das Nações em sets diretos, com parciais de 17-25, 16-24 e 11-25.
No jogo de paciência em que a bola tradicionalmente custa a cair em função da eficiência oriental no sistema defensivo, as brasileiras tiveram um bom começo. Com uma recepção mais equilibrada do que tem apresentado, a seleção venceu a equipe sul-coreana quase em ritmo de treino. A levantadora Macris, com o passe nas mãos, driblou o bloqueio rival e encontrou em Gabi (com 8 pontos) e Natália (com 6) o seu desafogo no ataque no primeiro set.
Leia mais:
– Aposentada das quadras, Fabi apoia projeto para desenvolver coordenação motora de jovens
– Kwiek, após surpreendentes vitórias da República Dominicana: "um degrau por vez"
– Por Tóquio-2020, seleção feminina inicia temporada com grupo renovado
– Base feminina de vôlei: por que não estão surgindo novos talentos?
Do outro lado, a ponteira Kim Koung Yeon, uma das melhores do mundo que, aliás, será novamente companheira de Natália no turco Eczacibasi (as duas já tinham jogado juntas no Fenerbhaçe sob o comando de José Roberto Guimarães), teve uma atuação abaixo do esperado – com apenas 3 pontos – em um conjunto em que quase nada funcionou. Com isso, acabou substituída.
A imensa vulnerabilidade sul-coreana foi escancarada no sideout – ao total, foram 50 a 32 a favor do Brasil. Na segunda parcial, já sem Natália, poupada, a seleção brasileira voltou a dominar com bom volume de jogo e um saque mais contundente. O time verde-amarelo ainda mostrou mais qualidade no bloqueio que, quando não se converteu em pontos diretos, amorteceu bolas que geraram contra-ataques bem aproveitados pelo conjunto.
Diferentemente das outras partidas, a equipe manteve o nível de atuação na terceira e última parcial, não permitindo a reação oriental. A vantagem chegou a ser de 10 pontos neste set (15-5) e o técnico Zé Roberto aproveitou para dar ritmo às demais jogadoras, lançando as centrais Lara e Mayany, a líbero Natinha e a oposta Lorenne.
A ponteira Gabi foi a maior pontuadora do Brasil com 14 acertos, seguida da central Bia, que fez 8. Pelo lado asiático, a passadora Sohwi Kang anotou 10.
O próximo compromisso será contra as donas da casa nesta quinta-feira (6), às 21h30. A seleção de Karch Kiraly, mesmo mesclada como a do Brasil, já aparece como uma das candidatas ao título do torneio em função da fartura de boas peças e por ter mostrado um voleibol bastante azeitado nestas etapas iniciais. O time soma 6 vitórias em 7 jogos. A partida terá transmissão do SporTV2.
Confira o Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede!
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.