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Com foco e reeducação alimentar, Carol Albuquerque segue jogando aos 41

Carolina Canossa

20/02/2019 06h00

Carol: diferença nas duas imagens são os músculos, não o peso (Fotos: Arquivo Pessoal)

Olhe as duas fotos acima: pode não parecer, mas Carol Albuquerque garante que tinha o mesmo peso em ambas as imagens, tiradas com cinco meses de diferença (agosto/2018 e janeiro/2019). "Perdi muita gordura e ganhei músculo, que pesa mais. Consequentemente, meu gasto calórico é maior", comenta a atleta de 41 anos, em entrevista ao Saída de Rede.

A visível mudança da levantadora do Vôlei Osasco-Audax é parte da estratégia da campeã olímpica para se manter na ativa por "mais alguns anos".

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"Eu sabia que se quisesse estender a minha carreira e jogar por mais anos, teria que emagrecer e ganhar músculos, estar muito bem condicionada. Faço um trabalho individualizado com o nosso preparador físico (Marcelo Vitorino), pois não vou pegar o mesmo peso que uma menina de 20 anos. Então, minha série na musculação é específica e com muito pilates. Isso me ajuda muito", explica.

Para prolongar a carreira, levantadora investiu em exercícios individualizados e reeducação alimentar

Controlar sempre o que coloca no prato em cada refeição também é importante, continua Carol.

"Procurei fora um acampamento de um médico endócrino e nutrólogo (Dr. Vinicius Mustafa). Foi excelente, ele me ajuda bastante. Estamos sempre em contato, pois no início do campeonato ele me passa alguns suplementos e cardápio. Quando falo que estou em período de playoffs e finais, e que estou precisando reforçar a minha recuperação, ele me passa outra dieta e suplementos para que eu possa estar o mais rápido recuperada. Todos esses detalhes fazem a diferença na quadra. Sinto muito a diferença", conta.

Carol, porém, faz questão de avisar: nada vem fácil. "Você tem que querer e gostar muito", ressalta. "Tenho consciência do que faz bem e o que me prejudica. Há alguns anos, a relação treino, alimentação e repouso, pra mim, é o grande segredo. É muita dedicação, foco e conscientização", complementa.

"Todos esses detalhes fazem a diferença na quadra", afirma a jogadora (Foto: João Pires/Fotojump)

Apesar de todo sacrifício, ela não se arrepende: "Só tenho gratidão por estar, aos 41 anos, em uma equipe forte e tradicional e jogar em alto nível, dividindo a quadra com meninas de 20 anos. Isso é motivo de orgulho".

A levantadora e o Osasco entram em quadra na próxima sexta-feira, às 21h30, para enfrentar em casa o Sesc-RJ no mais tradicional clássico do voleibol brasileiro. Atualmente, o time paulista ocupa a quinta posição na tabela.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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