Funvic Taubaté – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Fronckowiak vê acomodação nos atletas brasileiros http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/03/23/fronckowiak-ve-acomodacao-nos-atletas-brasileiros/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/03/23/fronckowiak-ve-acomodacao-nos-atletas-brasileiros/#respond Fri, 23 Mar 2018 09:00:47 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12478

Atualmente na Itália, Marcelo Fronckowiak já trabalhou na França e na Rússia (foto: Divulgação/Vibo Valentia)

Aos 50 anos, Marcelo Fronckowiak tenta construir um novo capítulo na sua já rica história no voleibol. Dono de três títulos da Superliga como jogador e dois como treinador – foi o último a derrotar o Sada Cruzeiro numa final do campeonato nacional, com o extinto RJX na temporada 2012/2013 –, no ano passado foi convidado a integrar a comissão técnica na seleção brasileira masculina, como assistente de Renan Dal Zotto. Dispensado do Canoas antes do início da atual temporada, assumiu em janeiro passado o modesto Vibo Valentia, tendo assim a chance de vivenciar aquela que é, em suas palavras, a liga mais forte do mundo: a italiana.

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Trabalhar na Europa não é novidade para o gaúcho Fronckowiak, que na carreira de treinador atuou por seis anos na França e meia temporada na Rússia. “Sempre mantive contato com a Europa após a minha passagem na França e na Rússia. Recebi outras sondagens, mas acreditei que trabalhar na Itália, nesse que é o melhor campeonato de clubes do mundo, iria acrescentar muito na minha carreira”, disse ao Saída de Rede.

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Ele considera que a experiência no exterior é essencial para o desenvolvimento dos atletas brasileiros, mas crê que nem todos pensam em atuar fora por questões relacionadas a uma cultura de trabalho diferente, à necessidade de apresentar resultados rapidamente e a barreira da língua. “Acaba sendo cômodo ficar no Brasil, principalmente para atletas que possuem um bom nome”, afirmou.

Confira a entrevista que o técnico concedeu ao SdR:

O treinador orienta o time durante um pedido de tempo (Divulgação/Vibo Valentia)

Saída de Rede – Como surgiu a proposta para treinar o Vibo Valentia? Você teve outras sondagens?
Marcelo Fronckowiak –
Sempre mantive contato com a Europa após a minha passagem na França e na Rússia. Já havia recebido contatos em outros anos para trabalhar novamente por aqui. Com uma situação delicada na classificação, o Vibo Valentia me procurou por intermédio de um agente europeu e tudo aconteceu muito rapidamente. O período de final de ano acaba promovendo mudanças em muitas equipes e recebi também outras sondagens, mas acreditei que trabalhar na Itália, nesse que é o melhor campeonato de clubes do mundo, iria acrescentar muito na minha carreira. Creio que o fato de estar trabalhando na seleção brasileira também ajudou muito nesta transferência.

Saída de Rede – Por que teve de deixar o Brasil? Tendo sido campeão da Superliga como treinador e sendo assistente na seleção, não havia espaço para você no mercado?
Marcelo Fronckowiak –
Eu acreditei, confiei e trabalhei durante a pré-temporada por um projeto onde estava inserido (no Canoas) e que havia produzido um grande resultado com poucas condições financeiras. Existia um novo modelo sendo construído onde 13 de 16 atletas e eu estudávamos em cursos superiores. A produção científica, por meio do Guilherme Berriel (preparador físico), era de reconhecimento internacional, com artigos publicados em revistas de alto nível. Um trabalho com uma comissão técnica de altíssimo gabarito, que colocou vários jogadores coadjuvantes como protagonistas no voleibol brasileiro. Rejeitei propostas no Brasil e, quando o mercado estava fechado, fui informado da decisão do clube.

Queria continuar na região Sul também por questões familiares e pela situação de saúde do meu pai. Tenho uma forte identificação com o voleibol gaúcho, sou o único a ter participado de todas as quatro conquistas de Superliga deste estado. Nosso mercado no Brasil não é grande, alguns clubes preferem contar com treinadores que estejam livres desde o início do trabalho. Neste sentido, estar na seleção pode ter sido um pequeno entrave, embora eu não acredite nisso, pois contava com uma excelente comissão que tranquilamente poderia levar adiante o trabalho.

Temos excelentes profissionais no Brasil. Tem também uma questão relacionada ao sucesso do excelente trabalho do Marcelo Mendez (técnico do Sada Cruzeiro) e da promoção da escola argentina. Hoje, temos três treinadores argentinos entre as seis melhores equipes do país, duas delas com os maiores orçamentos. Mas creio, sim, que tenho mercado no Brasil.

Sobre a seleção: “Tivemos um primeiro ano bastante correto” (FIVB)

Saída de Rede – Que avaliação você faz da presença dos técnicos argentinos na Superliga? Por que o país vizinho, sem tanta tradição no voleibol, tem mais treinadores nos principais mercados do que o Brasil?
Marcelo Fronckowiak –
Em relação aos argentinos, eu conheço o trabalho do Mendez e do (Horacio) Dileo (técnico do Vôlei Renata), que considero muito bons. Não conheço o trabalho do (Daniel) Castellani (técnico do Funvic Taubaté), mas ouvi falar bem dele na Europa. Creio que os resultados dos anos 1980 (bronze no Mundial 1982 e na Olimpíada 1988) foram determinantes para formar uma geração de treinadores. O (Julio) Velasco (técnico da seleção masculina da Argentina) abriu muitas portas na Europa para seus conterrâneos. Além disso, a escola argentina produz uma formação muito boa. Também creio que os treinadores argentinos, por terem menos mercado no país de origem, acabam se aventurando mais.

Saída de Rede – Quais as principais diferenças na estrutura da liga italiana e da Superliga?
Marcelo Fronckowiak –
O profissionalismo, a tradição dos clubes e das cidades que fazem o voleibol. O campeonato italiano volta a ser o mais competitivo do mundo sem sombra de dúvida. O nível dos confrontos é muito alto e não é incomum que os times menos fortes e com investimento menor consigam resultados importantes e vitórias contra os favoritos. Há anos a estrutura se profissionaliza mais e mais a cada temporada. Em 2018/2019, por exemplo, haverá quatro divisões profissionais na Itália. Várias equipes da A2 têm orçamentos até maiores do que alguns times da A1.

Comissão técnica da seleção durante execução do hino nacional na Liga Mundial 2017 (FIVB)

Saída de Rede – Você chegou à Itália com o campeonato em andamento, numa equipe que estava na parte de baixo da tabela. Que tipo de cobrança os dirigentes fizeram?
Marcelo Fronckowiak –
A situação este ano é difícil, ficamos de fora dos playoffs (12º lugar entre 14 equipes) e continuamos agora na luta por uma vaga na Challenge Cup (terceira divisão do torneio continental), uma disputa que envolve do quinto ao décimo quarto colocado na liga italiana. A cobrança foi no sentido de fazer o time mostrar uma nova cara e preparar algo para o próximo ano. Com certeza, as condições oferecidas por aqui pressupõem um resultado melhor no futuro.

Saída de Rede – Quais os seus compromissos na Itália agora, além de tentar uma vaga na Challenge Cup?
Marcelo Fronckowiak –
Espero que a gente continue na briga pela vaga na Challenge, uma disputa eliminatória que pode durar até o final de abril. Se sairmos antes, pretendo observar os playoffs pelo título, definir meu futuro profissional e prestar serviços de informação ao Renan e à seleção brasileira.

Saída de Rede – Você vai permanecer no Vibo Valentia na próxima temporada?
Marcelo Fronckowiak –
Existe essa possibilidade, mas ainda não defini nada.

Fronckowiak conversa com seus atletas durante treino (Divulgação/Vibo Valentia)

Saída de Rede – Que avaliação você faz do seu primeiro ano na comissão técnica da seleção brasileira?
Marcelo Fronckowiak –
Sou muito grato ao Renan e a CBV pela oportunidade. Temos uma responsabilidade muito grande pela dimensão da seleção brasileira na história esportiva recente, e pelo comando e liderança inquestionáveis que o Bernardinho exerceu na modalidade. Imagina, que herança temos… O grupo comandado pelo Renan está muito imbuído de fazer bem e buscar o melhor possível. Tivemos um primeiro ano bastante correto, com três pódios em três competições, sendo dois ouros. Eu espero ajudar, estudar, participar como fiel escudeiro daquilo que sempre foi para mim um sonho, representar meu país.

Saída de Rede – Há algum aspecto em que a seleção brasileira esteja em desvantagem em relação aos principais adversários?
Marcelo Fronckowiak –
Creio que na temporada nacional os europeus estão em vantagem pelo nível de paridade dos principais campeonatos no continente. Uma característica da seleção mais espetacular de todos os tempos, a do ouro olímpico em Atenas 2004, era a participação de todos aqueles ícones brasileiros no campeonato italiano. Temos um excelente nível na Superliga brasileira, mas existe um abismo de investimento e de performance entre as equipes de cima da tabela e da parte de baixo. Veja os americanos. Da atual equipe dos Estados Unidos, apenas o oposto (Matt) Anderson não está na Itália, mas joga um campeonato também muito duro na Rússia. Claro que eles ainda não têm a chance de atuar no país deles, mas escolhem com cuidado aonde vão jogar.

Saída de Rede – O atleta brasileiro é mal assessorado ou simplesmente se contenta em disputar apenas a Superliga?
Marcelo Fronckowiak –
Temos um excelente mercado para os brasileiros fora do país, temos bons procuradores que inclusive trabalham em sociedade com procuradores europeus, mas acredito que nem todos os atletas brasileiros pensam em jogar fora em função de questões relacionadas à pressão, a uma cultura de trabalho diferente, à necessidade de apresentar resultados rapidamente e a barreira da língua. O estrangeiro sempre terá a obrigação de apresentar resultados imediatos. Acaba sendo cômodo ficar no Brasil, principalmente para atletas que possuem um bom nome.

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1ª pesquisa da Superliga masculina: Taubaté é tão favorito quanto o Sada http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/10/24/1a-pesquisa-da-superliga-masculina-taubate-e-tao-favorito-quanto-o-sada/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/10/24/1a-pesquisa-da-superliga-masculina-taubate-e-tao-favorito-quanto-o-sada/#respond Tue, 24 Oct 2017 08:00:57 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=9907

Além do favoritismo, Taubaté tem o jogador mais cobiçado da Superliga: Wallace (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CBV)

Tricampeão mundial e finalista das sete últimas Superligas, com cinco títulos (quatro consecutivos): os números são mais que suficientes para colocar o Sada Cruzeiro entre os favoritos ao título da edição 2017/2018 da competição nacional, mas não fazem do time mineiro uma unanimidade. Na verdade, pesquisa realizada pela equipe do Saída de Rede com técnicos e capitães de todos os times da disputa mostra que, ao menos nos bastidores, o EMS Taubaté Funvic é tão bem visto quanto os comandados de Marcelo Mendez na luta pelo título.

A equipe paulista atingiu o mesmo percentual dos rivais quando a pergunta foi “qual equipe tem mais chances de se sagrar campeã?”: 38,9%. Também pudera: ao invés de desanimar com o vice-campeonato da última temporada, Taubaté abriu ainda mais os cofres e, além de ter mantido o quarteto formado por Wallace, Lucarelli, Otávio e Rapha, contratou o sérvio Ivovic, o argentino Solé, o campeão olímpico Dante e o líbero Thales. Para comandar esse timaço, veio o técnico argentino Daniel Castellani.

Todos (de novo) contra o Sada Cruzeiro: nossa análise da Superliga masculina

Depoimento: “O dia em que pude participar de um treino da seleção brasileira masculina”

Da mesma forma que ocorreu com a Superliga feminina, a enquete feita pelo SdR encaminhou as perguntas aos clubes via assessoria de imprensa desde o dia 4 de outubro – a inspiração foi a pesquisa anualmente feita pela NBA com todos os general managers da liga de basquete americana. Assim como lá, nenhuma resposta foi individualizada.

Não bastasse a disputa coletiva, Sada e Taubaté também travaram um embate quando o assunto foi o jogador mais cobiçado. A vitória aqui foi de Wallace, oposto da equipe do Vale do Paraíba, mas os cubanos Yoandy Leal e Robertlandy Simón dividiram a segunda colocação – curiosamente, aliás, os três foram os únicos que tiveram os nomes citados neste aspecto.

Simón e Leal: a força cubana do Sada Cruzeiro (Foto: Divulgação/CBV)

O retrato da Superliga masculina também mostrou um enorme desejo dos participantes pelo vídeo check, recurso que permite a análise de marcações polêmicas da arbitragem através da filmagem das partidas. Tal aspecto sequer foi citado entre as pessoas consultadas no torneio feminino, refletindo como a velocidade maior imposta no jogo entre homens leva a prioridades diferentes. Destaque ainda para o grande número de possíveis revelações apontadas, categoria vencida pelo minastenista Felipe Roque, e os candidatos a zebra, onde nada menos que seis equipes foram apontadas. Confira a pesquisa abaixo:

Serginho não se ilude com bom começo do Corinthians: “Superliga é outra coisa”

1) Entre seus adversários, que equipe tem mais chances de se sagrar campeã da edição 2017/2018 da Superliga (mais de uma resposta foi permitida)?

EMS Taubaté Funvic – 38,9%
Sada Cruzeiro – 38,9 %
Sesi-SP – 11,1 %
Sesc RJ – 5,5 %
Vôlei Renata – 5,5%

2) Se você tivesse a oportunidade e os recursos para contratar qualquer atleta inscrito no torneio, quem seria?

Wallace (EMS Taubaté Funvic) – 33,3%
Leal  (Sada Cruzeiro) – 25%
Simón (Sada Cruzeiro) – 25%
“Meus atletas” / “Estou feliz com os jogadores que tenho” – 16,7%

3) Em quem você apostaria como a revelação desta edição do torneio?

Felipe Roque (Minas) – 27,8%
Alisson Bastos (Copel/Telecom/Maringá) – 18,1%
Leozinho (JF Vôlei) – 18,1%
Alan (Sesi) – 9%
Gabriel Bertolini (Sesi) – 9%
Davi (Minas) –  9%
Não sei – 9%

Canhoto Felipe Roque é apontado como a grande promessa do vôlei nacional (Foto: Reprodução/Instagram)

4) Fora das quadras, qual a principal mudança que a Superliga deve ter?

Vídeo check – 33,3%
Fim do ranking – 16,7%
Nenhuma – 16,7%
Mudança de formato (final em 3 jogos) – 8,3%
“Devia ser disputada em todo o país” – 8,3%
Maior espaço da mídia – 8,3%
Maior incentivo financeiro para os times – 8,3%

5) Na sua opinião, qual time é o mais subestimado, aquele que tem maior potencial para derrubar favoritos e ser a grande zebra do torneio?

Lebes/Canoas – 23,1%
Sesc RJ – 23,1%
Copel/Telecom/Maringá – 15,4%
Minas – 15,4%
Corinthians-Guarulhos – 7,7%
Nenhuma time está sendo subestimado – 7,7%
Vôlei Renata – 7,7%

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Muda o levantador, mas não o desfecho: Sada Cruzeiro levanta mais um troféu http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/10/11/muda-o-levantador-mas-nao-o-desfecho-sada-cruzeiro-levanta-mais-um-trofeu/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/10/11/muda-o-levantador-mas-nao-o-desfecho-sada-cruzeiro-levanta-mais-um-trofeu/#respond Thu, 12 Oct 2017 01:30:41 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=9692

Leal ignora bloqueio do Taubaté: cubano segue como grande arma ofensiva do Sada (Fotos: Jarbas Oliveira/MPIX/CBV)

A temporada é nova, mas nada mudou. Grande força do voleibol brasileiro nos últimos anos, o Sada Cruzeiro deu mais uma prova de que continuará a ser o time a ser batido ao derrotar o EMS Taubaté Funvic por 3 sets a 1 (25-27, 25-22, 25-20 e 25-22) na noite desta quarta-feira (11) e faturar a Supercopa de vôlei pela terceira vez consecutiva. Comandada por Marcelo Mendez, a equipe celeste já havia levantado a taça do Campeonato Mineiro no último fim de semana.

A verdade é que, mesmo perdendo uma de suas peças mais importantes, o levantador William Arjona (agora no Sesi), o Sada continua uma máquina de jogar voleibol. Novo titular na armação, o argentino Nico Uriarte pode não possuir o mesmo entrosamento do antigo dono da posição com o restante do elenco, mas, quando se tem Leal, Simón e Evandro à disposição, basta um “arroz com feijão” bem feito. E isto o estrangeiro conseguiu, além de ter sido uma importante arma de defesa.

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Não se pode dizer que Taubaté não tentou. Na luta por acabar com a hegemonia mineira no cenário nacional, o time do interior paulista investiu alto em contratações. A linha de passe, por exemplo, tem dois jogadores de seleção brasileira, o líbero Thales e o ponteiro Ricardo Lucarelli, além de Dante, exímio talento do vôlei que, com 37 anos recém-completados, mostra um voleibol para lá de digno. Wallace, um dos principais opostos do planeta na atualidade, é o desafogo na saída, enquanto o experiente Rapha segue na armação, onde também pode acionar os centrais Solé e Otávio.

Festa constante: temporada mal começou e o Cruzeiro já soma dois títulos

Ainda assim, o Cruzeiro é um Everest. E não foi desta vez que a montanha foi finalmente superada. A despeito do vacilo no final no primeiro set, encerrado em um raro toco tomado por Leal, o Sada Cruzeiro segue com a constância como seu principal triunfo. Os potentes saques também continuam lá, minando pouco a pouco a confiança do adversário. Por mais que Taubaté tentasse devolver na mesma moeda, lá estavam Serginho e Filipe para facilitar o trabalho de Uriarte. Diante do Sada, é preciso estar a 100% o tempo inteiro.

A temporada é longa e outubro nem chegou à sua metade, mas a principal dúvida deixada pela abertura da última janela do mercado já está sanada: o Sada Cruzeiro pouco sente a falta de William. O Mago, por sua vez, tem trabalhado duro em seu novo clube, mas a derrota na semifinal do Paulista diante do próprio Taubaté já mostrou a ele que a realidade agora é outra. Nada é impossível no esporte, mas bater o Sada segue sendo uma tarefa improvável para quem quer que esteja do outro lado da quadra.

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Reforço do Taubaté, sérvio Ivovic quer dar título inédito ao clube http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/07/11/reforco-do-taubate-servio-ivovic-quer-dar-titulo-inedito-ao-clube/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/07/11/reforco-do-taubate-servio-ivovic-quer-dar-titulo-inedito-ao-clube/#respond Tue, 11 Jul 2017 09:00:58 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=8243

Atacante de força, Ivovic virá para ajudar o Funvic Taubaté a tentar chegar ao topo do pódio (fotos: FIVB)

Ele foi definido uma vez na Europa como um ponta sérvio que não joga como um deles. É que Marko Ivovic, 26 anos, 1,94m, foge às características do vôlei do seu país, que já teve na entrada de rede nomes como Vlad Grbic, Goran Vujevic e conta com Uros Kovacevic, entre diversos exemplos de refinado controle de bola – o primeiro conjugava habilidade e potência. Mas não se engane, Ivovic faz de seu voleibol calcado na força um caminho para a eficiência. Não à toa foi escolhido o MVP da Liga Mundial 2016, quando a Sérvia faturou o título. Na próxima temporada de clubes, ele vai jogar pelo Funvic Taubaté, atual vice-campeão da Superliga. “Eu soube que ganhar o campeonato nacional seria um título inédito para o time e quero ajudá-lo a chegar lá, quero fazer parte dessa conquista”, disse ao Saída de Rede.

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Ivovic é o tipo de atacante com o qual qualquer técnico gostaria de contar, em que pese sua fragilidade como passador. Sua atitude em quadra lembra a de outros grandes ponteiros, como o cubano Leonel Marshall (ainda em atividade aos 37 anos) ou o búlgaro naturalizado italiano Hristo Zlatanov. Apesar da deficiência na recepção, esses jogadores, caracterizados pelo alcance e potência no ataque, exalavam confiança quando estavam na linha de passe, sem se abater com eventuais erros.

Time forte
“Quando me procuraram e eu ouvi falar do time, do técnico (o argentino Daniel Castellani), dos jogadores e que é um dos clubes mais fortes do Brasil, eu quis fazer parte. Pelo que me informei a respeito da Superliga, nós vamos brigar pelo título, temos condições de vencer”, afirmou o sérvio, que além do ataque destaca-se pelo saque devastador.

Ele já jogou nas ligas francesa, russa e polonesa – seu clube anterior era o Resovia Rzeszow, da Polônia. O atacante foi uma das três opções entre os estrangeiros que o Funvic Taubaté avaliou para contratar para a entrada de rede – os outros eram o argentino Facundo Conte e o americano Taylor Sander, ambos considerados do mesmo nível de Ivovic pela diretoria do clube do Vale do Paraíba, mas descartados por serem mais caros.

O ponta no aquecimento antes de uma partida da Liga Mundial 2017

Passe irregular
“Já conheço alguns jogadores do Taubaté por enfrentá-los na seleção, como Lucarelli, Wallace, Raphael e Thales. O argentino Solé é outro muito bom. Ainda vamos ter alguém que fez história no vôlei como o Dante. Veja quanta gente boa, esses caras estão entre os melhores do mundo nas suas posições. Será ótimo poder fazer parte dessa equipe, treinar e jogar com eles”, elogiou, caprichando na pronúncia dos nomes.

Marko Ivovic não quis comentar uma provável dificuldade extra para o levantador Raphael, em razão de uma linha de recepção que contará com ele e Lucarelli, ambos irregulares no passe, em tese sobrecarregando o líbero Thales. Por outro lado, na parte ofensiva, o Taubaté terá, além dos dois ponteiros, o oposto Wallace completando o trio de atacantes de bolas altas. Sem dúvida, artilharia pesada. É esperar para ver se essa formação funcionará.

Apresentação
O ponta se apresentará ao Funvic Taubaté dias depois do Campeonato Europeu, que será realizado de 24 de agosto a 3 de setembro, na Polônia. “Ainda não há uma data definida para a minha chegada, mas devo estar no Brasil na primeira quinzena de setembro”.

A Superliga já contou, na sua versão feminina, com a presença de quatro sérvias – Brankica Mihajlovic, que jogou pelo antigo Rexona (atual Sesc RJ), e Sanja Malagurski, Tijana Malesevic e Ana Bjelica no Vôlei Nestlé. Entre os homens, o campeão olímpico Vlad Grbic foi do extinto Suzano, na temporada 1997/1998, antes de se consagrar com sua seleção em Sydney 2000. Outro jogador sérvio que esteve na Superliga foi Novica Bjelica, no Minas Tênis Clube.

Marko Ivovic comemora um ponto ao lado do oposto Aleksandar Atanasijevic

Liga Mundial 2017
O ponta Marko Ivovic não escondeu sua tristeza por sair mais cedo das finais da Liga Mundial, em Curitiba. Chorava bastante antes e mesmo durante a entrevista, concedida logo após a derrota por 2-3 para a França, na quinta-feira (6). “Fiquei muito frustrado com a eliminação. Quando começamos a nos preparar, em maio, tínhamos a expectativa de pelo menos ir à decisão. Conseguimos nos classificar para as finais, chegamos aqui confiantes, mas nosso jogo não encaixou, não mostramos nosso melhor voleibol, sacamos mal”.

Ele demonstrou surpresa pelo fato de a seleção sérvia, marcada pela regularidade, ter disputado duas partidas consecutivas jogando abaixo do seu potencial. “Quando perdemos para os Estados Unidos, pensamos ‘OK, foi um dia ruim’, mas aí enfrentamos a França e só conseguimos jogar bem durante dois sets e já estávamos fora quando melhoramos. Não entendo como pudemos cair tanto. Eu me sinto muito mal porque sei que o nosso desempenho ficou abaixo do que poderíamos fazer”.

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Novato na seleção principal, Thales diz que oportunidade veio mais cedo do que esperava http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/06/15/novato-na-selecao-principal-thales-diz-que-oportunidade-veio-mais-cedo-do-que-esperava/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/06/15/novato-na-selecao-principal-thales-diz-que-oportunidade-veio-mais-cedo-do-que-esperava/#respond Thu, 15 Jun 2017 09:00:20 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7696

Líbero Thales Hoss, no dia da sua estreia, 3 de junho, conversa com o ponteiro Ricardo Lucarelli (fotos: FIVB)

Destaque quando passou pelas categorias de base da seleção e nos clubes da Superliga, o líbero Thales Hoss recebe, aos 28 anos, sua primeira chance no selecionado principal. “Esperava ter uma oportunidade de jogar, mas não tão cedo”, afirmou ao Saída de Rede o gaúcho da cidade de São Leopoldo. Pode parecer estranho alguém dessa idade achar “cedo” para ter espaço na seleção adulta. É que a maioria dos líberos, assim como grande parte dos levantadores, leva mais tempo do que os atacantes para atingir seu auge. A função de especialista em passe e defesa exige uma leitura apurada de cada aspecto do jogo, algo que vai sendo aperfeiçoado paulatinamente.

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Thales tem agradado à comissão técnica. Com presença em cinco das seis partidas do Brasil até aqui na Liga Mundial 2017, ele lidera as estatísticas de passe da competição, tendo 62,3% de eficiência – seguido de outro brasileiro, o ponta Maurício Borges, com índice de 59,8%. A estreia de Thales foi no segundo jogo da seleção, a vitória por 3-1 sobre o Irã. O novato vinha recebendo elogios do técnico Renan Dal Zotto por seu empenho desde a fase inicial de treinamento, em Saquarema (RJ). “Na partida contra os iranianos, quando fiquei o tempo inteiro, acredito que tenha conseguido corresponder às expectativas do Renan e da comissão técnica. A partir dali, acho que eles ganharam confiança para me colocar no passe. No jogo seguinte, começaram a alternar os líberos e essa dobradinha com o (Tiago) Brendle está funcionando bem”, comentou.

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Desde a terceira partida, Thales Hoss tem permanecido em quadra na hora de receber o saque, enquanto Brendle, 31 anos, entra na virada de bola do adversário. O próprio Tiago Brendle teve que esperar até os 29 anos para finalmente ganhar uma chance para valer na seleção principal, que durante os quatro últimos ciclos olímpicos, com breves interrupções, teve Serginho absoluto na posição.

Thales e outros jogadores da seleção brasileira observam telão e aguardam resultado do desafio em vídeo

Experiência e equilíbrio
“O Thales é um líbero jovem, porém já experiente no cenário nacional por ter jogado várias edições da Superliga. Na mais recente, teve um bom rendimento que o credenciou a estar na seleção. Agora o passo mais importante é que vá adquirindo cada vez mais vivência internacional”, disse Brendle ao SdR sobre o colega.

Assistente técnico na seleção e treinador de Thales no Lebes/Gedore/Canoas na última edição da Superliga, Marcelo Fronckowiak ressaltou as qualidade do atleta, mas fez uma ressalva. “Ele teve uma temporada muito boa em Canoas e o que está fazendo aqui na seleção é reflexo disso. Mas ele precisa manter os pés no chão porque os desafios a partir de agora são muito maiores, são níveis diferentes. Ele está enfrentando saques agressivos e mais regulares, mais pressão de jogo”.

Fronckowiak, que tem em seu currículo de técnico dois títulos de Superliga e seis temporadas e meia no concorrido mercado europeu, apontou ainda ao Saída de Rede um aspecto importante com o qual tanto Thales quanto Brendle estão tendo que lidar. “Eles convivem com a lembrança dessa figura mítica que acabou de deixar a seleção brasileira que é o Serginho. Qualquer um que passar por esse posto vai sofrer comparação. Espero que ele e o Tiago Brendle sejam suficientemente fortes para suportar isso e colocar em quadra o que têm feito nos treinamentos”.

Thales entra na frente de Lucarelli para receber um saque durante partida da Liga Mundial 2017

Estudo e apoio
O pouco conhecimento sobre os adversários tem sido, conforme Thales Hoss, seu maior obstáculo até agora. “Preciso conhecer os adversários de forma mais profunda. Este (a Liga Mundial) é o meu primeiro campeonato internacional adulto e é necessário saber bem como jogam os atletas das outras seleções para enfrentá-los da melhor forma. Para minimizar isso, tenho me dedicado muito ao estudo, assistido vários vídeos e tenho contado com a ajuda de toda a comissão técnica”.

O nível de um torneio internacional entre seleções de ponta o obriga a estar ainda mais alerta. “O padrão aqui é bem alto, não tem jogo fácil. Mesmo a equipe que está mais abaixo na classificação pode fazer uma partida difícil. Na Superliga, de vez em quando, encontramos um jogo um pouco mais fácil. Aqui realmente não há essa possibilidade”, ponderou o líbero, que na próxima temporada de clubes irá jogar no Funvic Taubaté.

Confrontos na Argentina
A partir desta sexta-feira até domingo, em Córdoba, na Argentina, a seleção brasileira enfrentará, respectivamente, a Bulgária (às 18h10, no horário local, que é o mesmo de Brasília), depois o time da casa (às 19h10) e finalmente a Sérvia (às 16h10), na terceira e última etapa da fase preliminar da Liga Mundial. Os três jogos terão transmissão do SporTV. O Brasil está classificado para as finais como país-sede, uma vez que a competição será decidida em Curitiba, na Arena da Baixada, de 4 a 8 de julho. Seis equipes disputarão as finais. Além da seleção brasileira, a França, única invicta após seis partidas, também já garantiu a classificação.

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Superliga masculina: quem decepcionou e quem foi além do esperado? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/09/superliga-masculina-quem-decepcionou-e-quem-foi-alem-do-esperado/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/09/superliga-masculina-quem-decepcionou-e-quem-foi-alem-do-esperado/#respond Tue, 09 May 2017 18:00:53 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7080

Mineirinho lotado com 14 mil torcedores para a final entre Sada Cruzeiro e Funvic Taubaté (foto: Inovafoto/CBV)

Com o fim da edição 2016/2017 da Superliga masculina, chega a hora daquele balanço que nós, do Saída de Rede, fazemos sobre o desempenho das 12 equipes que disputaram a primeira divisão. Quem cumpriu o que projetou? Quem decepcionou? Quem foi além do esperado? Vejam as nossas conclusões.

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Encerram a Superliga em alta:

Sada Cruzeiro
Precisa explicar? O agora pentacampeão nacional triturou seus oponentes e só perdeu um jogo nas suas 29 partidas porque, com o primeiro lugar da fase de classificação já assegurado, o técnico Marcelo Mendez decidiu colocar os reservas em quadra no final do returno. O time mineiro, que é tricampeão mundial e tetracampeão sul-americano, sobrou na competição. Como observamos aqui outras vezes, quando o Sada Cruzeiro entra em alta rotação as chances do adversário são mínimas.

Funvic Taubaté
Depois de parar duas vezes na semifinal da competição, o time do Vale do Paraíba finalmente chegou a uma decisão da Superliga. Até resistiu bem ao Sada Cruzeiro na final, mas é tarefa ingrata encarar o sexteto liderado por William Arjona, ainda mais diante de 14 mil torcedores no ginásio Mineirinho. O Taubaté contou com os campeões olímpicos Wallace, Éder e Lucarelli, além dos selecionáveis Rapha e Otávio. Teve seus maus momentos no torneio, mas terminou em alta com o vice-campeonato.

Minas Tênis Clube
Apesar do desempenho ruim nas quartas de final – chegou a estar vencendo o Sesi por 2-0, fora de casa, no primeiro confronto, mas desabou e perdeu não só a partida, mas a série sem ganhar um jogo –, o tradicional time de Belo Horizonte teve um saldo positivo: o técnico Nery Tambeiro botou gente nova na roda e mostrou serviço no turno e no returno. O sexto lugar foi de bom tamanho para o Minas, onde se destacaram o central Flávio e o líbero Rogerinho, além do juvenil Felipe Roque, um canhoto prestes a completar 20 anos que surge como uma das maiores promessas do voleibol brasileiro.

JF Vôlei
Pegue a molecada emprestada pelo Sada Cruzeiro e some aí o voleibol de Renan Buiatti, numa de suas melhores temporadas, a ponto de voltar a ser convocado para a seleção. O sétimo lugar foi um resultado modesto, mas até se despedir da Superliga o time de Juiz de Fora exibiu um bom voleibol e certamente foi além de suas pretensões.

Permanecem no mesmo patamar:

Brasil Kirin montou um bom time após correr o risco de acabar (foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Brasil Kirin
Você, leitor, talvez questione: como um clube que no ano anterior havia chegado à decisão e neste caiu na semifinal pode ter permanecido no mesmo patamar? Ora, considere que esse time esteve ameaçado de desmanche, perdeu peças importantes e, ainda que tenha segurado algumas, como o central Maurício Souza e o líbero Tiago Brendle, teve que se recompor com uma estrutura mais simples. Missão cumprida pela equipe de Campinas, sob o comando do competente técnico argentino Horacio Dileo.

Montes Claros Vôlei
O time do norte de Minas Gerais teve uma arrancada muito boa na competição, mas a Superliga é uma maratona, não uma corrida de 100 metros rasos. A equipe foi caindo… Parou nas quartas de final, quando, em tese, poderia ao menos ter incomodado mais o Brasil Kirin – perdeu três jogos em sequência nos playoffs, ganhando apenas um set do oponente. O quinto lugar, resultado obtido ao final do returno, foi um prêmio pelo bom começo no torneio.

Lebes Gedore Canoas
O time treinado por Marcelo Fronckowiak avançou às quartas de final, atingiu sua meta. Dali não tinha como passar, fosse pelo elenco na maioria inexperiente, fosse pela má sorte de ter pela frente o Sada Cruzeiro. Menção honrosa aos dois jogos em que o Canoas arrancou um set, por seus méritos, do adversário multicampeão – resultado dos ajustes promovidos por Fronckowiak, um dos poucos a vencer a Superliga como atleta e como técnico, além de ser um nome respeitado no concorrido mercado europeu, onde trabalhou por seis temporadas e meia.

Copel Telecom Maringá Vôlei
Para quem não lembra, a equipe presidida pelo seu capitão, o genial levantador Ricardo Garcia, quase ficou fora da Superliga por falta de verba. Segurou o patrocinador na última hora e sobreviveu, mas, com poucos recursos, queria apenas evitar o rebaixamento. Deu certo.

Gostinho de frustração:

Contratações de peso e resultados pouco expressivos na equipe do Sesi (foto: Divulgação/Sesi)

Sesi
Numa boa, fizeram aquele auê todo e ficaram nisso? O time investiu bastante, contratou gente de peso, até repatriou dois campeões olímpicos titulares da seleção e… não ganhou nada – nem mesmo o Campeonato Paulista. OK, estamos falando de Superliga, mas o que foi que o Sesi fez digno de nota na competição? Deve ter sido o terceiro lugar mais sensaborão da história do torneio.

Bento Vôlei Isabela
A equipe gaúcha veio para esta edição da Superliga com o mesmo objetivo do Canoas: chegar aos playoffs. No entanto, ficou em nono lugar e saiu mais cedo.

São Bernardo Vôlei
Ginásio vazio, derrotas em série, rebaixamento… O time do ABC paulista já viveu dias bem melhores.

Caramuru Vôlei/Castro
É importante que se aplauda o empenho de um clube sem tradição na modalidade, numa pequena cidade do interior (Castro-PR), que conseguiu chegar à elite do voleibol brasileiro. Mas não podemos esquecer as exibições, algumas bisonhas, do Caramuru. A equipe só ganhou seus primeiros sets na quinta rodada, justamente contra o também fraco São Bernardo, que venceu a partida por 3-2. Rebaixado, despediu-se da Superliga com apenas uma vitória em 22 jogos – diante do adversário do ABC paulista, por 3-1, no returno.

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Evandro comemora título: “O gosto é ainda melhor do que imaginei” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/07/evandro-comemora-titulo-o-gosto-e-ainda-melhor-do-que-imaginei/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/07/evandro-comemora-titulo-o-gosto-e-ainda-melhor-do-que-imaginei/#respond Sun, 07 May 2017 20:00:23 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7028

Evandro se destacou na final da Superliga (fotos: Guilherme Cirino/Instagram @guilhermectx)

Quase sempre visto como coadjuvante em meio a constelação do Sada Cruzeiro, o oposto Evandro Guerra espantou, mais uma vez, a desconfiança daqueles que não superaram a saída de Wallace Souza. Na manhã deste domingo (7), diante de 14 mil torcedores no ginásio Mineirinho, o atacante campeão olímpico na Rio 2016 como reserva de Wallace foi o nome na vitória do Sada sobre o Funvic Taubaté, na final da Superliga 2016/2017. Nas palavras do seu técnico, Marcelo Mendez, “sempre que esteve sob pressão na partida, correspondeu”. Evandro foi o maior pontuador do jogo – marcou 19 vezes. Além de ser escolhido o melhor jogador da decisão, levou ainda o prêmio de melhor saque do torneio.

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Para o oposto, na sua primeira temporada com o Sada Cruzeiro, vencer a Superliga diante do Mineirinho lotado é ainda melhor do que ele pensava. “O momento é maravilhoso, disputar essa final aqui, o gosto é ainda melhor do que imaginei. É maravilhoso jogar com esse ginásio lotado, essa torcida incrível. Esperava algo muito bom, mas foi ainda melhor”, disse ao Saída de Rede após a final. Foi o primeiro título dele na Superliga como titular – era reserva na extinta Cimed na conquista da temporada 2007/2008.

O oposto do Sada Cruzeiro recebendo o prêmio de melhor saque da Superliga 2016/2017

Sob pressão
Ninguém duvida que Wallace é o principal oposto do país (e um dos melhores do mundo). Depois de sete temporadas no Sada Cruzeiro, ele se transferiu no ano passado para o Funvic Taubaté. Na partida deste domingo, Wallace também se destacou, mas a pressão estava do outro lado: era o time mineiro, multicampeão, quem carregava o peso da obrigação de vencer diante de seus apaixonados torcedores e adicionar mais um troféu para sua extensa coleção, que inclui, além do pentacampeonato da Superliga alcançado hoje, três mundiais e quatro sul-americanos.

Com o ponta cubano naturalizado brasileiro Yoandry Leal tendo um dia de pouco brilho e Filipe Ferraz, o outro ponteiro, fazendo seu papel de apoiar o líbero Serginho na linha de passe, coube a Evandro descascar os maiores abacaxis – dever de ofício de quem joga na saída de rede, diga-se. Quando o passe ou a situação de contra-ataque não permitiam que o levantador William Arjona, outro que deu show na final, acionasse os centrais Robertlandy Simón ou Isac Santos, ambos bastante inspirados, lá estava o oposto de 35 anos e 2,08m.

Mendez sobre Evandro: “Sempre que esteve sob pressão, correspondeu” (Inovafoto/CBV)

Força do grupo
“Eu não me surpreendo quando eu ou qualquer outro jogador do time se destaca. Essa equipe é feita de grandes atletas, por isso que ganha quase tudo que disputa. É um esporte coletivo, todo mundo precisa fazer sua parte. A comissão técnica sabe fazer desse grupo uma grande equipe”, observou Evandro ao SdR.

O técnico do Sada, o argentino Marcelo Mendez, também falou com o Saída de Rede e fez questão de elogiar seu oposto. “O Evandro fez uma temporada fantástica, teve muita regularidade. Jogou demais tanto na final do Mundial quanto na final da Superliga. Quanto esteve sob pressão na partida, com bolas difíceis para atacar, Evandro correspondeu. Estou muito feliz com ele”.

O oposto destacou um dos momentos do jogo, quando no final do segundo set, recebendo um levantamento feito pelo líbero Serginho desde o fundo da quadra, atacou uma diagonal diante de um bloqueio duplo. “Coisa linda aquela bola no final do segundo set. Eu quero aquela bola pra mim”, afirmou, às gargalhadas.

William Arjona em tom de despedida
Após a vitória, em entrevista ao SporTV, o levantador William Arjona confirmou que tem proposta do Sesi e falou ainda que tem sido sondado por outros times. O tom foi de despedida. “Eu tenho um orgulho enorme de vestir essa camisa. Foram anos maravilhosos, minha família foi tratada muito bem aqui. Isso é o que importa para mim”, afirmou. Os demais jogadores da equipe se despediam de William. O SdR, conforme publicado na semana passada, obteve a informação de que o armador já assinou contrato com o Sesi.

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Sada Cruzeiro x Funvic/Taubaté: papa-títulos e estreante em finais decidem a Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/06/sada-cruzeiro-x-funvictaubate-papa-titulos-e-estreante-em-finais-decidem-a-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/06/sada-cruzeiro-x-funvictaubate-papa-titulos-e-estreante-em-finais-decidem-a-superliga/#respond Sat, 06 May 2017 18:45:25 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7010

Cruzeiro e Taubaté tiveram as melhores campanhas da fase classificatória (Montagem sobre fotos de Washington Alves/CBV e Wander Roberto/CBV)

De um lado, o time mais vitorioso do voleibol mundial nos últimos anos. Do outro, um rival que investiu alto para incomodar e finalmente conquistar a primeira Superliga de sua história. É com este panorama que Sada Cruzeiro e Funvic/Taubaté entram na quadra do ginásio do Mineirinho neste domingo (7), às 10 horas (horário de Brasília), para definir o dono da principal taça dada aos clubes brasileiros.

Campeão de quatro das últimas cinco Superligas e de três dos últimos quatro Mundiais, o Sada Cruzeiro tem um favoritismo evidente e comprovado pelos números da atual edição do torneio: em 28 jogos, sofreu apenas uma derrota, justamente para Taubaté. Porém, é preciso ressaltar que essa partida não serve como parâmetro para a decisão porque o técnico Marcelo Mendez optou pelo elenco reserva, visto que já havia assegurado a classificação para os playoffs em primeiro lugar.

Por que a RedeTV! ficou à margem nas finais da Superliga?

Substituído por William Arjona, Bruno deixa Sesi rumo à Itália

 

Wallace tentará o título contra o time que impulsionou sua carreira (Fotos: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Derrota mesmo o Sada teve apenas uma ao longo desta temporada. Foi por 3 a 2 contra o Sesi na semifinal da Copa Brasil. Curiosamente, na time da Vila Leopoldina acabou sendo derrotado na decisão justamente por Taubaté – a freguesia foi expandida semanas mais tarde, quando o time do interior paulista também eliminou o Sesi na semi da Superliga em quatro partidas. Ou seja: apesar da missão ser difícil, a Funvic possui qualidade suficiente para sair vitoriosa do jogo único deste domingo (veja aqui uma comparação jogador a jogador).

Quais são os pontos-chave que definirão se o Sada vai ganhar mais um troféu para sua lotada galeria ou se Taubaté vai ganhar a primeira final que disputa? Listamos abaixo:

1) Haverá alternativa a Wallace?
Oposto titular na campanha que levou o Brasil ao ouro olímpico na Rio 2016, Wallace vem fazendo uma temporada magnífica com a Funvic Taubaté. Na final contra seu ex-time (de onde só saiu por exigência do ranking de atletas), ele certamente será a bola de segurança do levantador Rapha, mas contra um time com a qualidade do Sada Cruzeiro não dá pra basear o jogo em somente uma opção ofensiva, por melhor que ela seja. O principal nome que surge neste aspecto é o de Ricardo Lucarelli, mas, como o ponteiro deve ser castigado no saque, Lucas Loh e os centrais Éder e Otávio também terão que chamar a responsabilidade

Levantadores serão peças-chave na decisão

2) Duelo de levantadores
Quem acompanhar a final da Superliga 2016/2017 pode esperar um embate especial no saque. O fundamento, que é uma das grandes qualidades do Sada Cruzeiro, é também a principal maneira de evitar que William Arjona jogue tão à vontade com as opções ofensivas que tem à disposição. Diante disto, a maneira com que tanto ele quanto o também consagrado Rapha vão trabalhar em termos de distribuição e precisão tem tudo para fazer a diferença no duelo. Como ambos possuem qualidade de sobra, espera-se uma disputa de alto nível…

Olho nele – Residente no país desde 2012, o cubano Yoandy Leal fará no Mineirinho sua primeira partida como atleta “liberado” para defender a seleção brasileira masculina. As aspas aí são propositais, já que, apesar de a autorização ter saído, o atacante ainda precisa cumprir um período de carência e só poderá vestir efetivamente a camisa amarela em março de 2019. Ídolo da torcida celeste, ele possui o ataque mais eficiente e é o segundo melhor sacador da competição

O dia em que Carlão jogou (e ganhou) uma final de Superliga com o pé quebrado

Leal será reforço para a seleção brasileira em 2019

Curiosidades em números

– Sada e Taubaté já se enfrentaram dez vezes na história da Superliga, com oito vitórias dos mineiros e duas dos paulistas;
– Detalhe: o Cruzeiro nunca perdeu na competição para os próximos adversários jogando em Minas Gerais;
– A final deste domingo terá o recorde de público da Superliga 16/17: a expectativa é de 14.400 pessoas lotando o Mineirinho – até o momento, o recorde da edição são as 7450 pessoas que viram de perto Brasil Kirin x Sesi pela fase classificatória em Belém (PA);
– Cinco campeões olímpicos estarão em quadra: William e Evandro, pelo Sada, e Wallace, Lucarelli e Éder pela Funvic/Taubaté;
– Três cubanos defendem os finalistas: além de Leal, o time mineiro conta com o central Robertlandy Simón, mesma posição de Isbel Mesa, reserva no time do interior paulista;
– O novo recordista de títulos da Superliga também será definido com a final: tanto o líbero Serginho, do Sada, quanto o central Éder, de Taubaté, já levantaram a taça da competição sete vezes cada.

A final da Superliga masculina de vôlei será às 10 horas (horário de Brasília) deste domingo (7), com transmissão ao vivo da TV Globo e do SporTv. No mesmo horário, o duelo também poderá ser visto no site da RedeTv!, que exibirá um compacto com os melhores momentos na TV às 16 horas.

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Jogador por jogador, quem tem mais time: Sada Cruzeiro ou Funvic/Taubaté? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/05/jogador-por-jogador-quem-tem-mais-time-sada-cruzeiro-ou-funvictaubate/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/05/jogador-por-jogador-quem-tem-mais-time-sada-cruzeiro-ou-funvictaubate/#respond Fri, 05 May 2017 09:00:09 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6991

Marcelo Mendez e Cezar Douglas: técnicos com elencos de alto nível à disposição (Fotos: FIVB e CBV)

O maior papa-títulos do voleibol brasileiro contra uma equipe sedenta por sua primeira Superliga. No próximo domingo (7), às 10 horas (horário de Brasília), Sada Cruzeiro e Funvic Taubaté estarão frente a frente no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte, para decidir quem fica com o título da edição 2016/2017 da competição.

Ambos os finalistas possuem um elenco de alto nível e, não por acaso, protagonizaram as melhores campanhas da competição. Além do apoio da torcida, o Cruzeiro contará com um grupo mais coeso, que joga junto há mais tempo, enquanto Taubaté chegou à sua primeira final justamente após contratar dois jogadores que se destacaram no rival, o oposto Wallace e o central Éder. Não espere nada menos que um jogão, como foi a decisão feminina.
Mas, na teoria, no “nome por nome”, quem será que tem mais chances de levantar a taça? O Saída de Rede se arriscou nesta difícil análise:

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Levantador: William x Rapha
Logo de cara, temos dois jogadores de características semelhantes: rápidos, experientes, com boa visão de jogo e uma carreira consolidada no exterior antes de estourar dentro do próprio país, William Arjona e Raphael Oliveira representam o que há de melhor no mundo na posição. Não por acaso, disputaram uma vaga na seleção brasileira para a Olimpíada do Rio, com vitória para o jogador do Sada Cruzeiro. De saída para o Sesi, o “Mago” costuma ser um pouco mais preciso que o colega de profissão, desvantagem tirada na análise de outros aspectos técnicos, como saque, bloqueio e defesa. A escolha por um ou outro costuma ser questão de gosto, então aqui o resultado é empate

William e Rapha possuem características e histórias semelhantes (Fotos: CBV)

Oposto: Evandro x Wallace
Depois de um ciclo olímpico instável para todos os opostos brasileiros, Evandro e Wallace surgiram como as escolhas de Bernardinho para a Rio 2016. A aposta do técnico não poderia ter sido mais certeira: Wallace foi o grande destaque da campanha verde-amarela e Evandro entrou bem quando acionado. O ouro olímpico teve um efeito positivo no voleibol de ambos, mas especialmente de Wallace, que se encheu de confiança e virou um jogador mais atento, que toma menos bloqueios. Não por acaso, é o maior pontuador desta Superliga. Vitória, portanto, pra Wallace

Ponteiro de força: Leal x Lucarelli
Lucarelli venceria o duelo contra quase qualquer outro ponteiro do mundo. É um atleta inteligente, com potência e boa variedade de golpes, além de apresentar um bom passe. Um dos poucos que ele não consegue superar é justamente Leal. Naturalizado brasileiro e liberado para defender a seleção em Tóquio 2020, o cubano é um fenômeno, capaz de unir força e técnica próximo da perfeição. Como bônus, ainda possui um saque dificílimo de defender e se vira razoavelmente bem quando ele é o alvo do serviço adversário. Não há como não escolher Leal

Ponteiro de preparação: Filipe x Lucas Loh
Taí dois atletas geralmente subestimados por não serem exímios viradores de bola, especialmente se comparados com outros atacantes de suas equipes. Ainda assim, Filipe e Lucas Loh são importantes na estruturação tática dos dois finalistas devido à fundamental ajudam que dão aos líberos no fundo de quadra. Eventualmente, ainda servem de desafogo no ataque para confundir o bloqueio rival. Resultado: empate

Central 1: Simón x Éder
Pense em um paredão do outro lado da rede: pois este é Simón. Do alto de seus 2,08 m, o cubano tem a velocidade de deslocamento vista geralmente em atletas mais baixos e muito tempo de bola, o que o torna em uma barreira complicada de superar. Forte fisicamente, ainda manda torpedos no saque, fundamento no qual Éder também é muito bom. Por mais que o central brasileiro também esbanje qualidade, ele não é do mesmo nível do jogador do Sada Cruzeiro. Ponto para Simón, portanto

Bolas possuem logotipos especiais para a final

Central 2: Isac x Otávio
Integrantes da geração que ganhará espaço no ciclo olímpico de Tóquio 2020, Isac e Otávio ainda sofrem com altos e baixos. O meio de rede do Sada, por exemplo, tem uma carreira mais consolidada, mas o jogador da Funvic Taubaté fez uma Superliga um pouco melhor, especialmente no ataque. Por todo o potencial já mostrado e maior experiência em decisões, a vitória aqui fica com Isac

Líbero: Serginho x Mario Jr
Um dos grandes mistérios do vôlei brasileiro é: por que Serginho nunca teve chances reais na seleção? Mesmo quando seu xará do Sesi – cuja capacidade é inquestionável – esteve de fora do time nacional, o jogador do Sada Cruzeiro foi ignorado nas convocações, o que é uma pena. Técnica ele tem de sobra e não é de hoje que o líbero se destaca na Superliga. Em alguns anos, inclusive, Serginho foi preterido justamente por Mario Jr., que volta e meia se atrapalha em momentos de pressão. É verdade que Mario tem feito em 2016/2017 sua melhor temporada nos últimos anos, mas ele ainda não passa para a torcida a mesma confiança que o oponente. A vitória, então, fica com Serginho

Resultado final: Cruzeiro 4, Funvic 1 e empate 2. O favoritismo mineiro, do qual falamos toda a semana, fica evidentemente também no comparativo dos elencos, mas isso não quer dizer que o time paulista não tenha chances de ficar com a taça. Pelo contrário: capacidade para isso existe em Taubaté. Como sempre, fiquem à vontade também para opinar (e, inclusive, discordar) de nossas escolhas. A caixa de comentários está aberta para vocês, leitores.

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Sada Cruzeiro: como evitar que o favoritismo tire o foco da decisão? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/02/sada-cruzeiro-como-evitar-que-o-favoritismo-tire-o-foco-da-decisao/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/02/sada-cruzeiro-como-evitar-que-o-favoritismo-tire-o-foco-da-decisao/#respond Tue, 02 May 2017 09:00:20 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6868

Equipe mineira chega à sétima final seguida da Superliga (foto: Pedro Vilela/Inovafoto/CBV)

O cartel do Sada Cruzeiro não deixa margem para dúvida sobre quem é o favorito na decisão da Superliga 2016/2017: tetracampeão da competição (2011/2012, 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016), tetracampeão sul-americano (2012, 2014, 2016 e 2017), além do tricampeonato mundial de clubes (2013, 2015 e 2016). Dizer que a equipe mineira é uma máquina de colecionar títulos já virou clichê. Seu ataque, saque, sistema de bloqueio e defesa a colocam um patamar acima das demais.

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O fato é que, se o favoritismo do Cruzeiro é escancarado, ninguém pode negar que eles lidam muito bem com isso. Neste domingo (7), pela sétima vez seguida, o Sada decide a Superliga. O adversário da vez é o Funvic Taubaté, estreante na final do torneio mais importante do País. Mas como é que a equipe multicampeã comandada pelo técnico argentino Marcelo Mendez mantém o foco? O Saída de Rede conversou com o treinador, cinco titulares e conta para você.

Cruzeiro derrotou o Brasil Kirin na semifinal (foto: Washington Alves/Inovafoto/CBV)

Curtir cada momento
“Depois de ganhar tantos títulos, somos cada vez mais candidatos ao próximo. Sabemos que vai ser um jogo muito difícil. O melhor jeito de disputar essa final é só pensar em jogar, fazer isso da melhor forma possível, aproveitar cada oportunidade que criarmos e aquelas que nosso adversário nos der. Também temos que curtir cada momento”, disse Mendez ao SdR.

O ponta Yoandry Leal admite o favoritismo, mas o atribui ao fator casa. “O time de Taubaté é muito forte, cresceu muito na segunda fase da Superliga. Temos o favoritismo por jogar diante da nossa torcida, que vai lotar o Mineirinho, o que vai ser muito bom para a gente. Carregamos esse histórico de sempre chegar às finais e vencer muito, mas teremos que mostrar isso em quadra no domingo”, afirmou o atacante cubano naturalizado brasileiro ao blog.

Time de Marcelo Mendez durante treino no Mineirinho (foto: Renato Araújo/Sada Cruzeiro)

Concentração
Para o central cubano Robertlandy Simón, a chave para evitar cair na armadilha do favoritismo e não se perder em quadra é a concentração. “Temos que entrar bem concentrados para fazer o nosso melhor jogo. Pode ser que tenhamos um mau dia e eles joguem muito bem. Final em jogo único é complicada porque nem sempre demonstra quem é o melhor time”.

Presente em todas as grandes conquistas do Cruzeiro, William Arjona, levantador e capitão, aponta a força do adversário. “Taubaté é uma baita equipe, a final é entre os dois melhores times do campeonato. A torcida no Mineirinho é a única vantagem que a gente tem, é uma energia diferente, temos que aproveitar isso”. Ele destaca a tranquilidade do Sada. “O time está bem, todo mundo gosta de jogar final de campeonato”, completou.

Cruzeiro e Taubaté decidem a Superliga neste domingo (foto: Washington Alves/Inovafoto/CBV)

Time calejado
O veterano ponta Filipe Ferraz lembrou que essa é uma situação que o Cruzeiro viveu diversas vezes. “Todo mundo coloca a gente como favorito, como o time a ser batido, a gente já está calejado. Estamos cansados de escutar isso, mas no bom sentido. Conseguimos levar isso numa boa, encaramos isso dentro de quadra fazendo o jogo fluir”, falou ao SdR.

Outro jogador experiente, o líbero Serginho, disse ao Saída de Rede que o favoritismo não o incomoda. “Pode ser dito o que quiser antes da partida, mas nós não podemos pensar dessa forma porque isso atrapalha. A gente vem jogando muitas finais ao longo dos anos e conseguimos conviver bem com isso, é uma coisa que particularmente não me incomoda. Na verdade, é um respeito que o adversário tem por tudo que a gente fez ao longo desses anos, tudo que a gente conquistou”. O que mais preocupa Serginho é a final numa única partida. “Se você errar, não vai ter a oportunidade de corrigir noutro dia, pois é uma decisão em jogo único, o que às vezes é ingrato porque nem sempre premia o melhor time durante a temporada”, acrescentou.

Treino do Sada no Mineirinho (foto: Renato Araújo/Sada Cruzeiro)

Liderança com folga
O Sada Cruzeiro chega à final tendo somado 27 vitórias em 28 partidas na competição, com apenas 13 sets perdidos. A única derrota foi com os reservas em quadra, no final da fase classificatória, com a liderança assegurada, diante do Taubaté. No primeiro turno, com os titulares, a equipe mineira venceu o time do Vale do Paraíba em sets diretos.

A final será disputada neste domingo (7), a partir das 10h, no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte, com transmissão da Globo e do SporTV.

WILLIAM ASSINA COM O SESI PARA A TEMPORADA 2017/2018

O levantador, na equipe mineira desde 2010, é tricampeão mundial de clubes (foto: FIVB)

William Arjona jogará no Sesi na próxima temporada. Várias vezes campeão pelo Sada Cruzeiro, onde está desde 2010, o levantador de 37 anos e 1,85m assinou com a equipe da capital paulista, após a eliminação do Sesi na semifinal da Superliga pelo Funvic Taubaté. Com o time mineiro, entre outros títulos, William foi tricampeão mundial e poderá, neste domingo, conquistar o pentacampeonato nacional. A partida diante do Taubaté será sua despedida do Sada Cruzeiro. Na seleção brasileira, ele foi campeão olímpico na Rio 2016.

Aos 41 anos, Valeskinha quer continuar jogando
Juciely desafia o tempo e segue como referência no esporte

Considerado um dos levantadores mais habilidosos do mundo, William Arjona participou da sua primeira Superliga, ainda como infantojuvenil, na temporada 1996/1997, pela extinta equipe de Suzano. Mas foi no período 2006-2010 que ele viu sua popularidade crescer, quando atuava pelo Bolívar, da Argentina, tendo vencido a liga local nas quatro vezes que a disputou. Ganhou dos hermanos o apelido de El Mago. O treinador do Bolívar, à época também técnico da seleção argentina, Javier Weber, chegou a sugerir que ele se naturalizasse para defender o país.

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