Após 4 etapas, Ágatha/Duda e Ana Patrícia/Rebecca dominam corrida olímpica
Carolina Canossa
02/06/2019 21h15
Brasileiras dividiram o pódio em Ostrava com as holandesas Keizer e Meppelink, que ficaram com o bronze (Foto: Divulgação/FIVB)
A definição das duas duplas de vôlei de praia feminino que representarão o Brasil na Olimpíada de Tóquio ainda está no começo, mas duas parceiras já se sobressaem: Ana Patrícia/Rebecca e Ágatha/Duda. Finalistas da etapa quatro estrelas de Ostrava (República Tcheca) do Circuito Mundial, elas estão disparadas à frente das demais concorrentes depois de quatro torneios realizados.
Campeãs do Circuito Mundial em 2018, Ágatha e Duda bateram neste domingo (2) as compatriotas na decisão no Leste Europeu por 2 sets a 0, parciais de 21-19 e 21-17. Assim, somaram 800 pontos na corrida olímpica, chegando a 2.240, contra 2.560 de Ana Patrícia e Rebecca, que ganharam 720 pontos. Em terceiro lugar, com 1.760, está Talita e Taiana, que foram mal na etapa, conseguindo apenas o 17º lugar (320 pontos).
"No ano passado eu vi as meninas da casa vencerem e ficarem com o troféu que eu achei tão bonito, e agora estamos com ele em nossas mãos. Para chegar neste título precisamos redobrar nossa atenção, principalmente depois que perdemos um jogo na fase de grupos. Tivemos um caminho árduo até chegarmos nessa decisão, tivemos times fortes da Austrália, dos Estados Unidos e agora um grande time do Brasil pela frente, tivemos que dar o nosso máximo para chegar nessa medalha", comentou Ágatha.
BRASILEIROS FICAM SEM MEDALHA NO MASCULINO
Depois de um bom desempenho em Jinjiang (China) na semana passada, as duplas masculinas brasileiras voltaram a ficar com um resultado abaixo do esperado no Circuito Mundial. Em Ostrava, o melhor desempenho foi de Evandro/Bruno Schmidt e de Alison/Álvaro Filho, que foram eliminados nas quartas-de-final.
Assim, cada uma destas duplas somou 480 pontos na corrida olímpica entre os homens, que contém, neste momento, uma etapa a mais que a das mulheres (a disputa em Doha (Catar) em março foi exclusivamente masculina). Com 2.240 pontos, Evandro e Bruno lideram a lista, seguidos por André Stein/George, que, com o nono lugar em Ostrava, chegaram a 1.840.
Em terceiro lugar aparece Pedro Solberg/Vitor Felipe, que ficaram em nono esta semana e agora somam 1.680 pontos, pouco à frente de Alison e Álvaro Filho, que tem 1.600. Bem atrás, com 960, aparece Guto/Saymon.
Na República Tcheca, o título, mais uma vez, ficou com os noruegueses Mol e Sorum: grande sensação da temporada, eles bateram os donos da casa Perusic e Schweiner na decisão (17-21, 21-15 e 15-10) na final.
PRÓXIMOS PASSOS
Depois de um período intenso, com três torneios disputados em três semanas consecutivas, as duplas brasileira terão uma rápida folga esta semana antes de voltarem à ativa entre 12 e 16 de junho, na etapa quatro estrelas de Varsóvia (Polônia).
Na corrida brasileira rumo a Tóquio 2020 contam apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, com pontos correspondentes de acordo com a colocação e a importância de cada torneio. Até fevereiro de 2020, cada dupla contabilizará seus dez melhores resultados. Segundo as regras da FIVB (Federação Internacional de Vôlei), cada país pode ter, no máximo, duas duplas em cada naipe na Olimpíada de Tóquio.
Veja como está a corrida olímpica brasileira para o vôlei de praia em Tóquio 2020:
FEMININO
Ana Patrícia/Rebecca – 2.560 pontos
Ágatha/Duda – 2.240 pontos
Talita/Taiana – 1.760 pontos
Carol Solberg/Maria Elisa – 1.600
Fernanda Berti/Bárbara Seixas – 1.520 pontos
MASCULINO
Evandro/Bruno Schmidt – 2.240 pontos
André Stein/George – 1.840 pontos
Pedro Solberg/Vitor Felipe – 1.680 pontos
Alison/Álvaro Filho – 1.600 pontos
Guto/Saymon – 960 pontos
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.