Lucarelli pede cautela: "Que essa vitória não sirva de armadilha"
Janaína Faustino
28/04/2019 06h00
Com a vitória sobre o Sesi-SP, Taubaté quebrou uma invencibilidade de 18 jogos do rival na Superliga (Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/CBV)
Em um grande confronto da série melhor-de-cinco que definirá o campeão da Superliga masculina nesta temporada 2018/2019, o EMS Taubaté Funvic devolveu, neste sábado (27), a derrota sofrida no primeiro jogo por 3 a 0 para o Sesi-SP, empatando a decisão em 1 a 1.
Com parciais de 25-23, 25-22 e 25-20, os comandados de Renan Dal Zotto empolgaram a torcida que lotou o ginásio do Abaeté, em Taubaté (SP), com uma performance agressiva e consistente. Com o triunfo, Taubaté quebrou uma invencibilidade de 18 jogos da equipe do técnico Rubinho.
Se na primeira decisão o conjunto da capital paulista pouco foi incomodado pelo saque e pelo sideout do adversário, neste jogo foram justamente estes fundamentos que fizeram a diferença a favor de Taubaté. Para o ponteiro Lucarelli, que teve ótima atuação e foi o maior pontuador (16 acertos), o time mostrou evolução.
"Nossa proposta de jogo deu certo. A gente foi muito mal na virada de bola no primeiro jogo e o saque também não foi dos melhores. Mas essas duas coisas foram o diferencial aqui. A equipe teve uma postura bem melhor e uma agressividade maior no bloqueio, na defesa. Isso contribuiu para a vitória. Estou feliz e agora temos que descansar porque terça-feira já tem a outra partida", destacou o atleta, fazendo referência ao jogo 3 da série, que será disputado na próxima terça-feira (30), na Arena Suzano, em Suzano (SP).
Em relação ao convincente placar de 3 a 0, Lucarelli se mostrou cauteloso. "Não importa. O que a gente queria era sair com a vitória. O 3 a 0 foi melhor ainda porque saímos menos cansados, e isso deu uma confiança maior. Mas que isso não sirva de armadilha também para a gente achar que está muito bem, pois a gente sabe que tem coisa para melhorar. Está no finalzinho [da competição], mas dá para evoluir ainda", ressaltou.
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Para o ponta argentino Facundo Conte, outra peça fundamental na engrenagem taubateana, a mudança de postura foi determinante para o empate na série.
"Acho que a diferença entre esse e o primeiro jogo foi a emoção. No primeiro não jogamos nos 110% que jogamos aqui. Entramos agressivos porque sentimos essa diferença. E foi importantíssimo porque conseguimos reagir diante de um rival muito bom. Tomamos 3 a 0 em uma partida difícil, mas mostramos que podemos jogar emocionalmente lá em cima. Temos muitos jogadores e eles também. Me sinto contente porque o time mudou completamente", salientou o jogador que colocou 11 bolas no chão.
Pelo lado do Sesi-SP, o armador William lamentou as escolhas equivocadas da equipe nos momentos decisivos do confronto.
"Final é final. Os dois times são competentes. A gente fez um bom jogo em casa. Aqui fizemos duas parciais razoáveis, buscamos o primeiro set, abrimos o segundo… Mas acredito que tomamos decisões erradas em alguns momentos da partida. Já eles decidiram certo, a favor deles e ganharam o jogo. A série é longa", concluiu.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
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