À frente na semifinal, Sesi e Taubaté tentam conter a euforia na Superliga
Carolina Canossa
07/04/2019 12h02
Com atuações consistentes, os dois representantes paulistas ainda vivos na Superliga masculina de vôlei saíram na frente na série melhor-de-cinco que define as semifinais da competição. Jogando em casa, o Sesi bateu o Sesc-RJ por 3 sets a 0, parciais de 25-23, 25-23 e 25-19, enquanto o EMS Taubaté Funvic conquistou um ótimo resultado ao derrotar o atual campeão Sada Cruzeiro em Contagem (MG) por 3 a 1 (30/28, 25/19, 22/25 e 26/24).
Apesar da vantagem conquistada, ambos os vencedores adotaram um discurso cauteloso ao comentar o resultado. "Acho que erramos muito no começo, mas a equipe deles também não estava num bom dia. No fim dos sets a gente conseguiu manter a regularidade. Na terceira parcial, neutralizamos o Wallace, que é um dos principais jogadores do Sesc e fomos um pouco melhor", comentou o oposto Alan, responsável por 12 pontos.
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Eleito o melhor em quadra, o ponteiro Lucas Lóh admitiu que não acreditava um resultado tão bom na noite deste sábado (6). "Me surpreendeu esse 3 a 0, a gente esperava jogar cinco sets, pois o Sesc-RJ tem grandes nomes, é um time muito bom. Mas o fator casa ajudou muito, a torcida ajudou muito. Não tem nada ganho, é uma série longa, podemos ter até cinco jogos", apontou.
Destaque do Taubaté com 21 pontos diante do Sada, Ricardo Lucarelli definiu o confronto contra os mineiros como "um jogo de xadrez".
"Sabíamos que ia ser um jogo duro. O Sada tem um time muito bom e nunca será fácil contra eles. Nossa equipe como um todo jogou bem demais. Nós suportamos bem a pressão do saque deles, e isso foi um ponto importante para nós. Jogos de semifinal são como um jogo de xadrez: o que você puder neutralizar das qualidades do adversário, melhor. Em alguns momentos conseguimos fazer isso, a nossa pressão no saque sobre eles também ajudou a tirar o passe da mão do levantador deles", analisou.
DE OLHO NA RECUPERAÇÃO
Do lado dos times derrotados, o foco é deixar de lado o resultado adverso no passado e pensar na segunda partida da série, na terça-feira (9).
"Difícil falar depois de um jogo como esse. Vamos rever o jogo, ver que erramos e estudar mais para tentar mudar isso em casa. Jogar no Tijuca vai ser importante, nosso time joga muito junto com a torcida e vamos buscar um bom resultado na próxima partida", comentou Maurício Borges, ponteiro do Sesc-RJ.
Já Rodriguinho, ponteiro do Sada Cruzeiro, aproveitou para lembrar a torcida que as séries que definem os classificados à semifinal são longas.
"Ninguém esperava um jogo fácil, uma série tranquila. A gente sabe da qualidade da equipe de Taubaté, mas não tem nada ganho antes do juiz apitar, da bola cair no chão na última partida. Hoje eles foram mais constantes, sacaram melhor que a gente e isso em alguns momentos fez diferença. O próximo jogo será difícil de novo e vamos nos preparar para ir com tudo", destacou.
Isac também destacou a força da equipe, que vai buscar o resultado positivo na segunda rodada. "O Taubaté é um time com jogadores experientes e em alguns momentos eles sacaram melhor que a gente. E com o passe na mão do Rapha fica muito fácil. Tivemos bons momentos na partida, estivemos na frente e por alguns erros deixamos escapar. Vamos trabalhar isso para o próximo jogo. Agora é manter o foco, pois temos todas as condições para fazer o resultado lá. O que nos interessa é o próximo jogo, que para nós será como uma final", afirmou.
Sesi e Sesc-RJ voltam a jogar às 19 horas de terça (9) no ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio. No mesmo dia, só que às 21h30, o Taubaté recebe o Sada no Abaeté, em Taubaté.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.