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Anúncio dos grupos confirma percurso do vôlei do Brasil rumo a Tóquio 2020

Carolina Canossa

09/01/2019 13h06

Em tese, seleções brasileiras não deverão enfrentar grandes problemas para alcançar a classificação em seus respectivos grupos (Foto: Divulgação/FIVB)

A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) confirmou oficialmente nesta quarta-feira (9) os grupos dos Pré-Olímpicos que definirão, a partir de agosto, as primeiras vagas nos Jogos de Tóquio, em 2020. Conforme o esperado, a distribuição foi baseada na última atualização do ranking mundial, ocorrida em outubro.

Na disputa feminina, entre os dias 2 e 4 de agosto, o Brasil entrará na chave D com República Dominicana, Camarões e Azerbaijão. Entre os homens, o Brasil enfrentará, no grupo A, Egito, Bulgária e Porto Rico. As partidas serão realizadas entre os dias 9 e 11. As sedes serão divulgadas nos próximos dias.

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De acordo com o regulamento, 12 seleções de cada naipe (exceto o Japão, já classificado por ser o país-sede) – totalizando 24 – foram divididas em 6 grupos de 4 cada um. O vencedor de cada chave carimbará o passaporte para o 2020. Quem não passar terá ainda uma última chance nos Pré-Olímpicos continentais, que distribuirão as vagas restantes em janeiro do ano que vem.

Em relação ao Brasil, tratam-se de grupos bastante acessíveis em ambos os casos, apesar de a Bulgária de Sokolov e Penchev requerer uma atenção especial do time comandado pelo técnico Renan Dal Zotto.  "O Pré-Olímpico é extremamente importante e perigoso. É uma competição de tiro curto, onde não podemos cometer falhas. Todo jogo vale a classificação. Sabemos que a Bulgária, até pela tradição, é a seleção mais perigosa, mas Egito e Porto Rico, claro, também exigem muito cuidado. Nosso foco vai estar total neste torneio, que consideramos o mais importante do ano", comentou o treinador.

No feminino, a seleção é ainda mais favorita a se classificar, mas convém ter cuidado com surpresas que possam vir das dominicanas, dirigida por Marcos Kwiek, ex-assistente de José Roberto Guimarães na seleção e que conta com Brenda Castillo, considerada uma das melhores líberos do mundo.

"É um grupo forte, com seleções que têm se desenvolvido nos últimos anos. As três equipes participaram do último Mundial e mostraram uma melhora significativa. A República Dominicana tem no comando um brasileiro, o Marquinhos, e muito potencial de ataque. O Azerbaijão joga com bolas altas e tem jogadoras experientes que participam dos grandes campeonatos da Europa. Já Camarões tem melhorado a cada competição. Sabemos que será um ano de muito trabalho e vamos em busca dos melhores resultados possíveis", avaliou Zé Roberto.

Nas demais chaves, chama a atenção o grupo C masculino, onde Itália e Sérvia duelarão diretamente por uma vaga, com a Austrália à espreita, esperando para aprontar uma zebra. Vencedora dos dois últimos Mundiais, a Polônia também deve ter problemas, pois está no mesmo grupo, o D, da forte França – nos últimos anos, ambas as equipes se caracterizaram por uma montanha-russa de resultados, alternando ótimos torneios com eliminações precoces.

No feminino, a atual campeã olímpica China precisará superar a ascendente e perigosa Turquia, além da razoável Alemanha no grupo B. Já na chave F, a vice-campeã mundial Itália deve fazer uma interessante batalha contra a Holanda, semifinalista na Rio 2016, para garantir a vaga olímpica por antecipação.

Confira os grupos nos dois naipes:

Masculino
Grupo A: Brasil, Egito, Bulgária e Porto Rico
Grupo B: EUA, Bélgica, Holanda e Coreia do Sul
Grupo C: Itália, Sérvia, Austrália e Camarões
Grupo D: Polônia, França, Eslovênia e Tunísia
Grupo E: Rússia, Irã, Cuba e México
Grupo F: Canadá, Argentina, Finlândia e China

Feminino
Grupo A: Sérvia, Porto Rico, Tailândia e Polônia
Grupo B: China, Turquia, Alemanha e República Tcheca
Grupo C: EUA, Argentina, Bulgária e Cazaquistão
Grupo D: Brasil, República Dominicana, Camarões e Azerbaijão
Grupo E: Rússia, Coreia do Sul, Canadá e México
Grupo F: Holanda, Itália, Bélgica e Quênia

Observação: Cuba tinha ranking para participar do Pré-Olímpico feminino, mas não confirmou presença e foi substituída pela Polônia.

*Colaborou Janaína Faustino

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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