Depois de Canadá e Brasil, cubano Simon agora tenta jogar pela Bulgária
Carolina Canossa
06/10/2018 11h26
Apesar do sucesso em quadra, Simon deixou o Sada Cruzeiro pela "porta dos fundos" (Foto: Divulgação/Sada Cruzeiro)
O central Robertlandy Simon iniciou uma nova tentativa de realizar o sonho de jogar uma Olimpíada: após cogitar, sem sucesso, naturalizar-se canadense ou brasileiro, o jogador cubano agora investe na seleção búlgara.
A informação foi confirmada por Lubo Ganev, ex-jogador e atual presidente da Federação de Vôlei da Bulgária. "Já enviamos todos os papéis necessários para mudar a cidadania esportiva de Simon. Uma vez que os documentos fiquem ativos, faremos um acordo com a Federação Cubana e ele irá esperar o prazo de dois anos que lhe dará condições de defender a seleção búlgara", comentou o dirigente, em entrevista ao site "sportal.bg".
Simon é bastante conhecido do público brasileiro após defender o Sada Cruzeiro nas últimas duas temporadas. Apesar do alto nível apresentado em quadra, com importantes participações nas conquistas de uma Superliga, dois Sul-americanos e um Mundial, o jogador deixou Minas Gerais pela "porta dos fundos" após forçar a quebra do contrato em vigência, em caso ainda a ser definido pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB). Nesta temporada, o meio-de-rede jogará pelo Lube Civitanova, da Itália.
Por seleções, Simon fez parte do time cubano vice-campeão do Mundial 2010, cuja final foi disputada justamente contra o Brasil. Porém, ao decidir fazer carreira por clubes estrangeiros, ele precisou abdicar da seleção de seu país e cumprir um período de dois anos sem jogar, uma determinação da Federação local. Ainda que o acordo com a Bulgária seja bem sucedido, não haverá tempo hábil para que ele esteja à disposição para a Olimpíada de Tóquio, tornando factível apenas os Jogos seguintes, quando ele já terá 37 anos.
Apesar da tradição no vôlei, com direito a uma prata olímpica e cinco medalhas em Mundiais, a Bulgária vive má fase e atualmente não integra o grupo que reúne os melhores times da modalidade. No último Mundial, por exemplo, terminou apenas em 11o lugar, apesar de ser uma das sedes do torneio ao lado da Itália.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
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