Brasil permite virada dos Estados Unidos e perde terceiro amistoso
Carolina Canossa
16/08/2018 22h54
A seleção brasileira feminina saiu derrotada no terceiro encontro com as norte-americanas (Crédito: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
Por Daniel Rodrigues
Assim como nos dois primeiros amistosos, de uma série do quatro, a seleção brasileira feminina saiu derrotada no terceiro encontro com as norte-americanas. Após as derrotas por 3 sets 1, em Brasília (DF), e 3 sets a 0, em Uberaba (MG), as comandadas de José Roberto Guimarães melhoraram, mas, novamente atuando no Centro Olímpico – UFMT, em Uberaba, não impediram a vitória dos Estados Unidos por 3 sets a 2 (15-25, 23-25, 25-21, 25-23 e 17-15), na noite desta quinta-feira (16).
Ainda sem poder contar com a líbero Suelen e as ponteiras Natália e Fernanda Garay, o técnico brasileiro escalou pela primeira vez a central Thaisa no time titular. Completaram a equipe Dani Lins, Tandara, Gabi, Rosamaria, Adenizia e Gabiru. A nova formação pareceu surtir efeito e as anfitriãs entraram em quadra com outra postura em relação às partidas anteriores.
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Os sets iniciais foram marcados pelo predomínio do Brasil. Sempre a frente no placar, as bicampeãs olímpicas apresentaram um bloqueio muito pesado, com destaque para a central Adenizia, além do sistema defensivo bem posicionado. Agressivas no saque, as donas da casa forçavam suas adversárias ao erro e demonstravam se encaminhar para um triunfo em parciais diretas.
Porém, sem conseguir sustentar o padrão de jogo imposto no começo do duelo, as brasileiras viram as comandadas de Karch Kiraly crescerem e ganharem confiança. Atuais campeãs mundiais, as norte-americanas, mesmo desfalcadas das titulares Lloyd, Akinradewo, Larson, Hill e Murphy, se aproveitaram dos lapsos do Brasil e conquistaram a terceira vitória consecutiva na série.
Apesar do revés, vale destacar como ponto positivo a participação de Thaisa em todos os sets. Mesmo ainda sem contar com a explosão e agilidade de antes, a jogadora mostrou que vem ganhando ritmo e tem muito a crescer até o início do Campeonato Mundial, programado para dia 29 de setembro. Assim como ela, a ponteira Gabi também esteve em quadra durante toda a disputa e atuou com muita convicção, tanto no ataque, como no fundo de quadra. Ambas são peças importantes na busca pelo primeiro título brasileiro da competição mais importante da temporada.
O resultando também não pode apagar a evolução da equipe do Brasil. A melhora em relação ao último amistoso merece e precisa ser destacada, pois mostra que o caminho pela frente pode ser positivo. No entanto, as oscilações e a inconstância ainda preocupam demais e devem ser analisadas a fundo pela comissão técnica, para que não sejam o maior adversário brasileiro no Mundial, como vem ocorrendo durante todo a temporada.
O último encontro entre Brasil e Estados Unidos será no próximo sábado (18), no Maracanãzinho (RJ), às 19h30.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
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