Destaque da Superliga, Carol Gattaz faz exame para avaliar lesão no joelho
Sidrônio Henrique
03/04/2018 11h00
A central Carol Gattaz foi uma das melhores jogadoras desta edição da Superliga (foto: Orlando Bento/MTC)
Um dos principais nomes da Superliga 2017/2018, destaque do Camponesa/Minas há algumas temporadas, a veterana central Carol Gattaz se submete nesta terça-feira (3) a um exame para avaliar a extensão de uma tendinite patelar no joelho esquerdo. "Farei uma ressonância para saber qual é o estado da lesão, aí o Dr. Rodrigo Vaz, médico do Minas, vai definir o que será feito. Mas se o quadro tiver se mantido, vamos utilizar ondas de choque*, além de um tratamento conservador de fisioterapia e fortalecimento", contou a atleta ao Saída de Rede.
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Gattaz, 36 anos, 1,92m, convive com essa lesão desde o primeiro turno da Superliga e tentava se manter à base de medicamentos. Esperava resistir até o final da competição, mas as dores aumentaram e ela foi substituída durante a primeira partida da série semifinal contra o Sesc-RJ, que avançou à final. Jogou o segundo confronto no sacrifício e pouco atuou no terceiro. A meio de rede não quer nem ouvir falar numa intervenção cirúrgica. "A cirurgia não é uma opção no momento, e para mim será a última", completou.
O problema de Carol Gattaz é o mesmo que a ponteira Gabriela Guimarães, do Sesc, enfrentou no ano passado, porém no joelho direito. Gabi tentou as ondas de choque, no entanto, por causa da gravidade da lesão, acabou tendo que passar por uma cirurgia, o que a deixou 86 dias longe das quadras.
Seleção
Em meados de fevereiro, numa entrevista ao SdR, Gattaz havia dito que a seleção não era prioridade, mas que jamais diria "não" e que disputaria o Mundial, caso o técnico José Roberto Guimarães a convocasse.
"A seleção não é a prioridade por causa do joelho, agora não tenho condições de ir. Terei que ficar no mínimo três meses parada para o tratamento, que será o meu período de férias. Mas, quem sabe, se o Zé Roberto me convocar para disputar o Mundial, mais para o final do ano, isso pode ser repensado. Hoje eu penso primeiro em me recuperar, porque quero estar 100% para a temporada de clubes", afirmou a central na noite desta segunda-feira (2) ao blog.
Zé Roberto anunciará a lista de convocadas este mês. A Liga das Nações (antigo Grand Prix) começa no dia 15 de maio e segue até 1º de julho. O Mundial, no Japão, será disputado de 29 de setembro a 20 de outubro.
Gattaz, duas vezes vice-campeã mundial (2006 e 2010), foi convocada pela última vez em 2013 – para a Copa dos Campeões, repetindo o ouro que havia conquistado em 2005.
Renovação com o Minas?
Questionada sobre uma possível renovação com o Camponesa/Minas, onde joga desde a temporada 2014/2015, Carol Gattaz disse que não se decidiu. "Ainda não sei se irei renovar. Tenho algumas propostas e estou avaliando qual será a melhor pra mim". Entre as ofertas, segundo a central, uma é de um clube japonês, que ela não descartou.
A experiente meio de rede, que fez sua estreia na Superliga no período 1998/1999, lamentou o fato de ter ficado de fora em boa parte dos confrontos da semifinal este ano – o Minas perdeu por 0-3 a série melhor de cinco diante do Sesc. "Estou triste por não ter conseguido ajudar o meu time na fase mais importante do campeonato", comentou.
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*A terapia de ondas de choque consiste no uso de ondas mecânicas (pulsos sônicos) produzidas por um equipamento de pequenas dimensões. A intensidade das ondas é aumentada gradualmente, de acordo com a tolerância do paciente. Os efeitos são baseados na produção do óxido nítrico – substância que estimula o surgimento de vasos sanguíneos – e também no estímulo das células-tronco e outras células que regeneram os tecidos.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.