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Ranking deve acabar na Superliga masculina; feminino decide na terça

Carolina Canossa

02/03/2018 10h41

Ranking foi criado para dar equilíbrio entre equipes, mas já não agradava os atletas (Foto: Inovafoto/Divulgação/CBV)

Alvo recorrente de reclamação dos atletas e fãs, o ranqueamento de jogadores de acordo com o nível técnico tem tudo para ser extinto na próxima temporada da Superliga masculina. A informação foi divulgada pelo jornal mineiro "O Tempo" e confirmada pelo Saída de Rede.

A única possibilidade de a mudança não acontecer é de uma alteração de última hora – a decisão foi tomada após reunião entre os dez primeiros colocados da competição com a comissão dos atletas e deve ser oficializada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) após a definição do top 10 da disputa. Isso porque os dois últimos colocados não possuem direito a voto, uma vez que são "rebaixados" para a Superliga B. O problema é que eles ainda não estão definidos: com respectivamente sete e oitos pontos e quatro partidas a disputar, Copel/Telecom/Maringá e JF Vôlei matematicamente possuem chances de ultrapassar Montes Claros (13) e Ponta Grossa/Caramuru (16), ambos ainda com três jogos pela frente.

Na votação dos times masculinos, três propostas foram colocadas em pauta pela CBV: a continuidade do ranking nos moldes atuais (todos os jogadores classificados com uma nota entre 0 e 7, com limitação de pontuação para cada equipe), a repetição do que já ocorre na Superliga feminina (apenas os melhores atletas, classificados com sete pontos, são ranqueados e uma limitação da quantidade deles por clube) e o fim do ranking. Por seis votos contra cinco da alternativa de ranquear apenas os melhores jogadores, o ranking foi extinto.

MULHERES

A aprovação do fim do ranking no masculino empolgou os opositores da medida entre os times femininos. A decisão do torneio das mulheres, porém, só deve ser tomada em uma reunião programada para a próxima terça-feira (6). Apesar de Sesi (que se unirá ao Vôlei Bauru na próxima temporada) e Renata Valinhos/Country não terem mais como deixar as duas últimas posições da tabela, o encontro só ocorrerá depois do encerramento da fase classificatória, o que acontece na noite desta sexta (3).

Aprovada no ano passado, a medida de só ranquear as jogadoras sete pontos desagradou as próprias atletas afetadas, que manifestaram sua irritação publicamente e, inclusive, entraram com um mandado de segurança para tentar derrubar o ranking, sem sucesso.

TRANSMISSÕES WEB

Outro desejo antigo de jogadores foi atendido pela CBV: na noite de quinta-feira (1), a entidade que rege o vôlei brasileiro anunciou a criação do canal Vôlei Brasil, que, em parceria com a NSports, irá disponibilizar a transmissão via web, a princípio, de 60 jogos da Superliga masculina e feminina 2017/2018 e também da temporada 18/19. A estreia do canal será já nesta sexta-feira (2) com a partida entre Hinode Barueri e Dentil/Praia Clube, às 21h30, no ginásio José Correa, em Barueri.

A iniciativa de passar os jogos no site da CBV foi devido à baixa procura dos clubes da Superliga por viabilizarem as transmissões online, um desejo manifestado por eles próprios há mais de um ano. Antes do início da temporada, a entidade passou essa premissa aos participantes e, no entanto, apenas Minas Tênis Clube e Copel/Telecom/Maringá se valeram deste direito.

"A CBV deu liberdade a todos os clubes de fazerem as transmissões, conforme reivindicação deles próprios. Ao notarmos que existia uma dificuldade, buscamos viabilizar, através de uma parceria, uma forma de transmitir os jogos, dando, assim, visibilidade ao vôlei e aos nossos torcedores a chance de ver o maior número de jogos possível", comentou Radamés Lattari, diretor executivo da CBV.

O diretor da NSports, Guilherme Figueiredo, também destacou a criação do canal: "Estudamos vários modelos de canais OTT no mundo para montar a TV NSports, com o objetivo de democratizar as transmissões ao vivo e gerar conteúdo de qualidade para os fãs do esporte. Para nós é uma enorme honra trabalhar com a CBV na criação do Canal Vôlei Brasil e poder levar mais jogos da Superliga, a melhor liga de vôlei do mundo, a apaixonados pelo vôlei em todo o Brasil".

Dentro dos jogos contemplados para esta reta final de temporada, a Superliga feminina terá somente um jogo no Canal Vôlei Brasil, já que as TVs parceiras (SporTv, RedeTV! e Globo) cobrirão 100% dos jogos a partir da fase de playoffs.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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