Brasil confirma favoritismo e se garante no Mundial feminino de vôlei
Carolina Canossa
19/08/2017 19h01
Com brasileiro de técnico, Colômbia surpreendeu no Sul-americano, mas não foi capaz de ganhar um set do Brasil (foto: Nelson Rios/CSV)
O mês de agosto nem terminou, mas as jogadoras da seleção brasileira feminina de vôlei já podem dizer que a missão da temporada 2017 foi cumprida. Neste sábado (19), a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães assegurou o título sul-americano e a consequente vaga direta no Mundial 2018 ao bater a Colômbia por 3 sets a 0, parciais de 25-23, 25-19 e 25-17.
O resultado significa não apenas o terceiro título da seleção no novo ciclo olímpico – o time já havia vencido o Montreux Volley Masters e o Grand Prix –, mas também a manutenção da hegemonia continental: agora, são 20 taças sul-americanas levantadas, sendo 12 seguidas. Outro motivo de comemoração é a vaga antecipada para o Mundial do Japão, o que evitará o desgaste desnecessário da disputa de outro qualificatório.
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Diante das donas da casa, a seleção brasileira feminina teve seu jogo mais complicado. Dirigidas por Antonio Rizola, cujo currículo aponta passagens pelo Minas, São Caetano e seleções de base verde-amarelas, as colombianas apresentaram um nível bastante razoável de jogo e surgem como a segunda força regional, ultrapassando a tradicional seleção peruana e a Argentina, que sonhava com um crescimento maior após a inédita classificação olímpica, no ano passado. Não por acaso, o grupo cafetero chegou invicto ao duelo contra o Brasil.
Profundo conhecedor dos defeitos e qualidades do Brasil, já que foi gerente de seleções da CBV até recentemente, Rizola fez a camisa amarela suar. Por muito pouco, por exemplo, não conseguiu tirar um set das brasileiras, algo que não acontece em Sul-americanos desde 1999. Teve 23-22 no placar, mas uma boa sequência de saques de Roberta e o poder ofensivo de Tandara e Natália compensaram o excesso de erros e garantiram a vitória brasileira na primeira parcial.
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Na segunda etapa, o saque brasileiro entrou e as favoritas confirmaram sua condição em pouco tempo. Ainda assim, Zé Roberto manteve-se concentrado o tempo inteiro, manifestando inclusive irritação com as falhas cometidas por suas jogadoras. Sabia que um vacilo poderia fazer a torcida colombiana crescer, na onda da levantadora María Alejandra Marín, que mostrou talento e gosto por jogadas rápidas. O esforço deu a tônica das tentativas colombianas no primeira metade do terceiro set, mas não foi possível resistir ao ritmo e superioridade apresentada pela equipe que estava do outro lado da quadra.
Destaque ofensivo do Brasil no jogo, com 16 pontos, Tandara teve o bom momento reconhecido pela organização do torneio e foi eleita a MVP do Sul-americano.
Após mais uma conquista, a seleção brasileira feminina de vôlei ganha alguns dias de folga antes do último torneio do ano, a Copa dos Campeões, entre 5 e 10 de setembro.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.