Vitória sobre Canadá veio graças a brilhos esparsos da seleção brasileira
Carolina Canossa
04/07/2017 17h12
Quem pôde acompanhar a abertura da fase final da Liga Mundial, entre Brasil e Canadá, percebeu: a seleção de Renan Dal Zotto até pode chegar ao décimo título da competição, mas a torcida deve se preparar para sofrer. É algo que ficou claro no primeiro ato da caminhada do time em Curitiba, encerrada com uma vitória por 3 a 1.
O resultado positivo nesta terça-feira (4), por exemplo, se deu majoritariamente graças a brilhos esparsos. No primeiro set, em que os canadenses ficaram perigosamente à frente quase até o segundo tempo técnico, uma sequência de ataques e saques de Wallace colocou os donos da casa no jogo. Na terceira etapa, em situação semelhante, esse papel coube ao então apagado Lucarelli, que finalmente passou a virar bolas e a ajudar o assustado Thales na recepção.
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Do segundo set, nem se fala. Dos 25 pontos feitos pelos estrangeiros, nada menos que 12 se deram em decorrência de falhas brasileiras. É algo grave, especialmente quando lembramos que esse time é bem parecido com o que conquistou a medalha de ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro. Entrosamento não é problema.
Contra o Canadá, foi o suficiente, mas será que podemos dizer o mesmo contra uma seleção como a França ou a Sérvia? Pelo o que vimos hoje, só se o set a ser repetido for o quarto, o único em que a seleção apresentou um bom padrão de jogo.
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Por fim, aquecedores portáteis e bolsas de água quente deixaram claro que a vida dos atletas também será dificultada por conta do inverno curitibano. Se durante uma tarde já foi assim, imagine como não estará o clima na final, programada para 23 h de sábado (8). Trata-se de uma infração às regras da própria FIVB, que impede a disputa de partidas com menos de 16°C, justamente a temperatura que a entidade alega ter feito na Arena da Baixada durante Brasil e Canadá. Acredita quem quiser.
A seleção brasileira agora volta à quadra na quinta (6), contra a Rússia. Dependendo dos resultados até lá, a equipe pode até perder que mesmo assim assegurará uma vaga na semifinal.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.